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sexta-feira, janeiro 02, 2009
:: um filme por dia #002 - Control ![]() o foda de cinebiografias é que você já sabe como acaba, principalmente quando o biografado já morreu. e a maior dificuldade de fazer uma cinebiografia de um artista é fazer com que o cinema também seja uma releitura de sua obra. uma outra questão de cinebiografias é a sua cota de realidade histórica: em um filme de ficção o quanto de realidade poética se pode ter para se manter a coerência a uma obra já conhecida? a invenção de partes da história é plausível? um dos filmes mais bacanas que já vi chama-se "de volta a terra do nunca" no qual é retratado a feitura de uma das histórias mais famosas do mundo "peter pan". a invenção é declarada. em control, todavia, a coisa não é tão bacana. ian curtis é uma figura emblemática do rock inglês pós-punk. o seu suícidio tem o lado romântico, um ser liberto que morre jovem e belo, encontrando assim sua imortalidade. personagem corriqueira na história do rock. eu particularmente curto bastante o joy division e muito o new order. rock simples e incisivo. mas o filme é mto lento para uma história que talvez não pedisse isso. é impossível não compará-lo a "24 hours party people", filme de 2002, que também conta a história do pessoal de Manchester mas através do olhar de tony wilson, um repórter famoso que tinha um programa que revela novas bandas. control é um filme denso e chato. só em alguns momentos temos cenas que revelam o que se passa na mente do personagem central. a música serve como cola para justificar algumas passagens como a doença, a infelidade, etc. mas é isso que soa: uma cola. somente a construção do suícidio é bastante interessante e faz o filme ter um fôlego no terço final. a melhor cena é a de ian curtis assistindo à tv enquanto espera sua esposa. na tv há um caminhão levando uma casa embora e deixando um espaço vazio. no fundo, uma música tosca quase um jingle. e corta para ian atônito a ponto de chorar. onde estão os demônios de ian curtis que o fizeram se matar? no filme a gente sabe que ele está deprimido, nos comove o ser humano sem saída. mas como se chegou a isso? apesar de tudo, o filme traz de novo aquela velha questão: onde estão os poetas do rock n roll? deixa a gente pensando enquanto ouvimos o que anda tocando no rádio... transmission! |
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