sexta-feira, novembro 30, 2007
 

:: Bebêsta (ô dó...)

Alice no trocador sorrindo pra mamãe um sorriso de gengivas, os bracinhos se agitando no ar naquela alegria incontida dos bebês, sabe como? Num puxão brusco das mãos ela acerta uma muqueta no próprio nariz. E chora, chora, chora.

Desconfio que era o orgulho, e não o nariz, que estava ferido.



segunda-feira, novembro 26, 2007
 
Foi com muita surpresa que eu soube que NINGUÉM entendeu a foto de Jesus lá embaixo.

Ok, Jesus foi um certo exagero. Foi pra causar mais impacto e ornar com a historia da santa, mas a verdade verdadeira é que na primeira vez que bati os olhos no copo eu vi Dom Pedro II.

É um cabeção de perfil, gente. Fiz um esquema explicativo pra vocês entenderem melhor, ó:




quarta-feira, novembro 21, 2007
 
:: Jesuiscristo Super(na minha sala de)star!


Santa na janela já virou clichê.



Foda mesmo é quando Jesus Cristo, J.C. HIMSELF!, aparece no fundo do copo.





Já posso antever as romarias que virão à porta da minha casa se a notícia se espalhar...


segunda-feira, novembro 19, 2007
 
:: Mãe Coruja



Porque laçarotes só são cafonas nos filhos dos outros.


sexta-feira, novembro 16, 2007
 

:: Do instinto materno e outros mitos

A primeira vez que eu saí pra passear com Alice, me senti uma impostora. Era como se algo estivesse fora do contexto, como se eu andasse pela rua empurrando um carrinho de supermercado ou coisa do tipo. Uma má atriz interpretando um papel que não combina, sabe? Alguma coisa fora de lugar. A verdade é que o papel de mãe demorou um pouco pra servir pra mim.

Porque eu achava que não tinha vocação pra coisa. Eu cresci entre moleques, brinquei como um moleque e a única Barbie que tive na vida perdeu os braços no dia em que saiu da caixa. Brinquedo pra mim era Comandos em Ação e Escrete. Quem podia imaginar que eu seria a primeirona da turma a ter um filho – e de propósito? Mais ainda: quem podia imaginar que eu viraria uma supermãe convicta, dessas que fazem propaganda e campanha pras amigas engravidarem logo? Pois eu virei.

As pessoa me dizem que, como mãe, estou sendo uma bela surpresa. Acho que sim. Dois meses e meio e eu ainda não bati com a cabeça da Alice, não deixei a cara dela cair dentro da água do banho nem tirei um naco de pele na hora de cortar as unhas. Ela está crescendo gordota, saudável e simpática e todos se apaixonam por ela instantaneamente - como haveriam de não se apaixonar, fofa que ela é? Então, por incrível que pareça, estou cumprindo a missão direitinho.

Mas confesso que ainda é um pouco esquisito. Às vezes ter uma filha me pega de surpresa. Eu olho pra ela e acho surreal aquela pessoinha deitada na minha cama, batendo as perninhas e rindo banguela pra mim. Como pode, meu bom Deus?, essa perfeição toda (ha-ha!) saiu de mim? Fui eu que fiz? Porque o pai tudo bem, o pai dela é o mais incrível de todos os tempos. Mas EU??? Eu e minha inadequação, eu e minha imaturidade, eu e minhas pernas tortas? Como posso ter tido uma filha? Uma boneca adorável de olhos azuis, ainda por cima? Até a palavra filha ainda soa estranha na minha boca. Minha filha. Céus! É quase inconcebível.


Sabe aquele papo de que quando nasce um bebê nasce também uma mãe? Falta dizer que ambos, mãe e bebê, não estão de forma alguma prontos quando nascem. É depois de uns bons meses e muito choro de ambas as partes que a coisa começa a funcionar direitinho. Isso derruba aquele mito do instinto materno no sentido de que somos mães prontinhas, infalíveis e incondicionalmente amorosas no instante em que nasce o filho. O instinto existe sim no sentido de proteção, de você de alguma maneira saber garantir a sobrevivência daquele ser tão pequenininho. Mas aquela aura de mãe , aquele amor instantâneo que eu achava que ia me arrebatar no instante em que olhasse pra Alice, esse não foi bem assim.

O primeiro sentimento, pelo menos pra mim, foi assombro. Eu estava revendo o vídeo do parto e a minha cara na hora em que ela nasce é impagável. Eu olho pro Carlos com os olhos arregalados e um sorriso que diz “Ai cacilda!”. Aí o médico põe ela no meu colo e eu mando única frase possível naquele momento: mas eu não sei pegar! Como se não tivesse sido patético o suficiente, ainda emendo um Ai, ela tá molhada! Falta de jeito total. Passei a primeira semana em pânico, olhando pra cara da Alice e pensando: E agora? O que se faz com um bebê desse tamanho? E agora tô aqui, trocando fraldas como uma profissional e achando minha filha a coisa mais incrível desse mundo.

Enfim, tudo isso pra dizer que ser mãe é coisa que se aprende. Ser e gostar de ser. A gente chora, se descabela e bate cabeça, até que um belo dia se dá conta, sem dúvida nenhuma, que nasceu pra isso.



segunda-feira, novembro 12, 2007
 

:: Por trás de um homem triste há sempre uma mulher feliz

Se Chico Buarque falou, eu obedeço.

Portanto, poucas coisas me fazem mais feliz do que pedir pro Carlos trocar as fraldas da Alice às 4 da manhã.



quinta-feira, novembro 08, 2007
 
:: Baby Fat

Deixando a modéstia um pouco de lado: eu era uma grávida-espetáculo. Sério mesmo. Poucas vezes eu me senti tão gostosa na vida. Gostosa, macia e cheirosa. E paparicadíssima, ainda por cima. Voltar ao normal já seria difícil. Que dizer então de voltar nesse estado tão... pós-parto?

Passado aquele triste espetáculo do pós-parto imediato, com todas as dores e olheiras e cheiro de leite azedo, sobraram a barriga e 5kg a mais.

Os 5kg são administráveis e devem ir embora assim que eu me convencer que não devo mais comer como uma grávida louca, o que deve acontecer depois do Reveillon - porque antes disso eu me recuso. Regime no Natal? Sem chance. Aproveitarei a desculpa estou amamentando para me jogar na ceia e a desculpa pari há pouco (4 meses = pouco???) para dourar minhas carnes excedentes nas areias do Rio sem nenhum pudor.

A barriga é que complica. Porque não é só uma questão de gordura. O problema são os músculos, que esticam horrores na gravidez e ficam molegos quando o barrigão vai embora. Então você tenta fazer um mísero abdominal e acha dificílimo, os músculos tremendo como se nunca tivessem sido usados na vida. Resultado: barriga de borracha. Que é feia e causa risos debochados nos mais íntimos, mas por outro lado é ótima de apertar, como aquelas bolinhas que as pessoas apertam pra relaxar, sabe? Várias noites dormi embalada por mim mesma só beliscando a pancinha, tóim-tóim. Uma delícia.

Foi divertido, mas agora chega. Um Projeto Verão se faz necessário.

Ou eu desencano e trato de encomendar o segundo herdeiro logo, aproveitando o corpinho já adaptado. Porque emagrecer 5 kg e conquistar uma barriga respeitável pra engravidar logo depois não dá.

Comentário do Carlos diante desse meu comentário: "Então você quer engravidar por preguiça de emagrecer. Sua cara mesmo."

Pior que é.


segunda-feira, novembro 05, 2007
 
:: Atendendo a pedidos

A Lu pediu e eu obedeço.

!


domingo, novembro 04, 2007
 

:: Big Boobs?

Estou me sentindo um pouco enganada.

Pô, cadê o peitão?

Ninguém me avisou que o visual voluptuoso duraria tão pouco. É assim: primeiro os peitos ficam enormes e descontrolados, o que é ruim (leite esguichando sem aviso prévio) mas é bom (peitões de atriz pornô). Com um mês e pouco de amamentação vem a ordem e vão-se os peitos: o corpo aprende a produzir a quantidade exata para o apetite do bebê e a produção diminui bastante. O que é bom (você se livra dos desmoralizantes absorventes de seios e pára de manchar de leite blusas queridas) mas é ruim (adeus decotes abusados). Como tudo na vida, é apenas uma questão de perspectiva.

Então meus dias de moça peituda foram poucos, mas bons. Porque quem me conhece sabe que me faltam certos predicados. Se juntar duas de mim não dá meia Pamela Anderson, peitoralmente falando.

Não que isso seja um problema. Já foi, mas está superado há muito tempo. Porque trauma de peito é coisa de adolescente: à medida que a gente cresce cresce também a bunda, a barriga, o culote a sabedoria, e aí o peito se torna, literamente, o menor dos problemas. E depois, Carolina Ferraz fez por mim o que anos de análise não fariam, de forma que eu e meus dois pequenos peitos nos gostamos muito e somos felizes juntos.

Mas que eu estava gostando da idéia de ter peitões, isso eu estava. Pra variar um pouco, sabe? Fazer o gênero boazuda uma vez na vida. Foi divertido e deu pra ter idéia de como seria a vida com silicone.

Caso silicone vazasse de hora em hora, claro.