segunda-feira, março 31, 2008
 

Agora eu já posso falar: apaixonei-me loucamente pela minha filha.

Porque nos primeiros meses a gente ama. Ama quase por obrigação, ama porque a natureza quis assim, mas verdade seja dita, o bebê não faz lá muito esforço pra ser amado. Muito pelo contrário.

Mas agora, o que é isso, gente? Agora veio essa paixão louca e arrebatadora que me faz querer morder as bochechas dela a cada 3 minutos, e querer afundar o nariz no cangote dela, e abraçar com força até ela resmungar - porque ainda tem isso: ela agora é abraçável, coisa inconcebível há alguns meses, quando ela mal tinha volume, tadinha. Agora ela ganhou corpo, costas, dá pra dar uns abraços muito bem dados, é uma delícia! Tenho que me controlar muito pra não deixá-la roxa de tanto apertão.

Aconteceu que ela desabrochou. De repente deixou de ser um bebezinho frágil e virou a criaturinha mais adorável e interativa da face da terra, que senta, mostra a língua, gargalha, bufa de raiva, conversa dá-dá-dá. E o melhor: se atira nos meus braços quando me vê. Porque ela também acaba de se apaixonar loucamente por mim! Timing perfeito, a natureza é sabia ou não é?

(foto tirada pelo Marcio - amigo do peito, companheiro de blog e autor do vídeo incrível aí embaixo)


sexta-feira, março 28, 2008
 
:: Alice acenando pra mamãe na velocidade da luz


(Post picareta, admito. Mas é que ando meio sem tempo de atualizar isso aqui. Criança dá trabalho, gente!)


quarta-feira, março 19, 2008
 
::Funchiquem?

Como soube que algumas futuras mamães andam passando os olhos por aqui, resolvi tornar esse blog um cadinho educativo. Vou aproveitar o espaço para contar alguns truquezinho que a vida me ensinou. Sendo "a vida", no caso: mãe, tias, cunhadas, Tainah, Dani, os médicos, os livros, o fórum dos bebês e, por que não?, a própria Alice (esqueci de alguém, aposto).

É claro que nada me credencia a dar dicas a não ser o fato de ser mãe há pouco mais de 6 meses. Uma palpiteira é sempre uma palpiteira, então sempre ouça um médico primeiro, ok? Advertência de segurança colocada, vamos falar a verdade: o que é ser mãe se não palpitar e ser palpitada, gente? Taí a imensa e universal Confraria das Mães pra provar. Outro dia falo disso, pois já estou divagando demais nesse post e as pessoas vão ter preguiça de ler (sei bem como são essas grávidas sonolentas...)

Enfim, a dica do dia:

Se eu precisasse dar um conselho para novas mamães em apenas uma palavra, ela seria: Funchicórea. Não se impressionem com o nome esdrúxulo. Funchicórea, meninas, é a prova definitiva de que Deus existe!

Funchicórea é um pozinho cor-de-rosa numa embalagem de antigamente. O rótulo diz que é um fitocomposto à base de chicória, funcho e ruibarbo, natural e sem contra-indicações, mas há quem diga se tratar de um composto de Valium, Prozac e Dormonid, o que pra mim faz muito mais sentido. O gosto é de açúcar - e se açúcar funciona com você, amiga mulher, nas horas do aperto, pense no que não pode fazer por um recém-nascido histérico em termos de conforto, controle da ansiedade e delicinha. É tipo chocolate na TPM. Ou aquele velho truque do melzinho na chupeta, sem o melzinho, que é proibido para bebês, atenção! - consulte seu pediatra para saber mais.

Funchicórea funciona assim:

Bebê chorando --> Mãe chorando --> Chupeta à milanesa coberta de funchicórea (aliás, pra mim "chupeta" é a segunda palavra vital da maternidade. Há controvérsias, eu sei, mas com Alice funciona que é uma beleza) --> Bebê quietinho e de olhos arregalado, chup-chup-que-delícia --> Mãe feliz --> Bebê dormindo --> Mãe dormindo (por 1 ou 2 horas) até ser acordada por...

Bebê chorando.

(Continua forever and ever, por um mês inteirinho, ou mais.)

2 horas de sono ininterrupto parecem pouco agora, mas vão ser um luxo quando for a hora, acredite. Por essas 2 horinhas eu ajoelhava no chão duro e agradecia à Funchicórea todo dia de manhã (manhã, noite, que diferença faz quando se tem um recém-nascido, eu pergunto?).

Então a gente comprou muitos potinhos e espalhou pela casa, carrinho, sacola do bebê, casa de parentes - outra ação que eu recomendo fortemente, porque encontrar a Funchicórea é bem difícil durante um ataque de fúria do seu bebezinho. E assim sobrevivemos felizes aos primeiros meses de Alice, que agora já é grandona e madura e só vai voltar a recorrer a coisas docinhas pra se acalmar quando fizer uns 13 ou 14 anos.

Fim.

(Ah é: já ouvi relatos de bebês que eram completamente imunes à Funchicórea. Se esse for o caso, pelo menos você aprendeu um nome bem feio pra praguejar nas horas de raiva.)


quarta-feira, março 12, 2008
 
:: a véspera de alice



terça-feira, março 11, 2008
 
:: Madrinha

O maior presente na vida de uma grávida de primeira viagem é outra grávida. De preferência um tantinho adiantada na gravidez. Uma que esteja sempre um passo à frente, e disposta a entregar o mapa da mina.

A Tainah é uma aquisição recente na minha vida. Sabe a família que vem de brinde com o casamento? Então. A minha família-brinde é incrível e ainda veio com a Tatá, gravidíssima na época e generosíssima sempre. Tecnicamente ela devia ser minha sobrinha, mas é um pouco humilhante pra mim chamar de sobrinha um mulherão daqueles, quase da minha idade e bem maior do que eu. Então ela ficou sendo prima. E, de quebra, madrinha de gravidez. Com quase 6 meses de vantagem, ela me entrega todo o serviço. Entregou na gravidez e continua entregando agora, com as experiências que acumula com a deliciosa Nina, filhota dela. O triste é que elas moram no Rio, então o contato não é tão freqüente quanto eu gostaria. Mesmo assim, ela fez TODA a diferença na minha gravidez e nesses primeiros meses como mãe.

A Tainah me deu o livro salva-vidas das grávidas. Ela sabe quais brinquedos fazem sucesso com bebês, e por idade. Me ensinou a lidar com engasgos. Emprestou a bombinha de tirar leite. Salvou a amamentação da Alice, me dizendo o que fazer quando o bebê ameaça largar o peito.

E o mais importante de tudo: ela me tranqüilizou. Ver o prazer que ela tem em ser mãe me acalmou muito no final da gravidez. Porque eu vi que é possível ser mãe e continuar “igual”, no bom sentido. A Tainah é uma menina novinha, moderna, baladeira, cervejeira. E que não perdeu o jeito de garota com a maternidade. Não vi nela, em nenhum momento, aquela coisa de mãe chata, careta, culpada ou sofredora. E mesmo assim é completamente mãezona, ver ela e a Nina juntas é das coisas mais lindas do mundo. E o que é a Nina, meu Deus? Nina tem o mais incrível repertório de truques, trejeitos e fofices que eu já vi numa criança. Eu fico só olhando e torcendo pra Alice ficar adorável e bem-humorada feito ela.

(E como se não bastasse, ainda tem o seguinte: a Tatá é figurinista. O que torna a Nina a criança mais descolada e bem vestida do Leblon e a Alice, herdeira de estilo. Sacolas com roupas incríveis chegam por sedex de tempos em tempos. Até hoje não precisei comprar roupa pra Alice, graças às doações da Tainah...)





Enfim, essa falação toda é pra agradecer, muito e sempre, à Tainah. E pra desejar feliz aniversário (com um tantinho de atraso, como é do meu feitio) pra Nina, que acaba de fazer um ano – com direito a passinhos e dentinhos novos! Ficamos tristes de não termos podido ir pro Rio dar um beijo nessas bochechas, então vai mais um beijão virtual por aqui... Parabéns, princesa!







(Por fim: você, leitora que quer engravidar, trate de arrumar uma madrinha de gravidez agora, já! E para as minhas amigas de saco cheio da minha campanha "Engravide em 2008": tem alguém aqui doida pra amadrinhar alguém. Fica a dica.)