quarta-feira, julho 30, 2003
 
::Fiquei tímida

(ao som de "Ask me", dos Smiths - "shyness is nice, and shyness can stop you from doing all the things in life you'd like to!")

Sim, meus amigos, agora o no-scrubs aparece nos sites de busca, fui lá no google experimentar e batata! ("...e batata!", eis uma expressão que não faz o menor sentido!)
Confesso que isso me deixou um pouco nervosa, talvez agora nós até tenhamos leitores, o meu botãozinho da auto-censura foi ligado irremediavelmente, ainda bem que ele não funciona direito!


sábado, julho 26, 2003
 
:: estéticas
(ao som de algum filme do tarantino)

o andré luiz, um cara que trabalha lá na escola, me disse que as minhas coisas são muito bonitinhas, muito calminhas. no fundo é bem verdade... por que não fazer algo mais violento, mais avassalador, mais trágicas? gosto muito desse gênero mais nunca arrisquei nada assim. foi tentar algo meio tarantino... mari, prepara a trilha.


 
:: encontros casuais
(ao som de barulhinhos de cidade)

eu estava no metrô vila madalena com a renata quando encontro o derek, um americano que vive na holanda que conheci no festival de mídia tática em março. pensei: são paulo é uma cidade "muito" pequena. fala sério.


 
::Eu não sou paga pra ouvir isso

Olha o que eu tive que escutar na festa que toquei ontem, dito por uma mocinha num tom de quem fala com uma criança de 5 anos:

- Escuta... por que você não toca um pouco de black?

Detalhe: no exato instante da pergunta estava tocando "Dance across the floor", do Jimmy Bo Horne. E antes tinha tocado Aretha Franklin. E Jacksons 5. E Curtis Mayfield...

Pois é. Olha que descoberta incrível: black music não é Jimmy Bo Horne, black music é Jennifer Lopez, Nelly e Jamiroquai. Black music é Thalía cantando com o Fat Joe. Black music é, no máximo, Jay-Z - mas só se for aquela música que ele canta com a Mariah Carey, porque senão fica muito pesado e aí não é mais black, é rap, essa coisa marginal, argh!

Céus! O mundo está perdido, definitivamente.

(Última coisa: eu tive que pagar 25 reais pra entrar na festa. Eu agora pago pra trabalhar, não é ótimo? Devia mudar o título do post para ::eu paguei para ouvir isso, hahaha!)



sexta-feira, julho 25, 2003
 
::Falta de assunto pouca é bobagem

Eureka! Descobri o segredo da Anti-Caloria!

Vocês provavelmente já ouviram falar do conceito de Calorias Negativas (ou Anti-Calorias, denominação que tem um quê de ficção científica e por isso é a minha preferida), que se aplica para alimentos cuja digestão consome mais calorias do que as que ele fornece. Mas tratava-se de um conceito apenas hipotético, até onde eu sei o abacaxi chegava perto, mas não a ponto de conter anti-calorias.
Pois ontem eu tive uma revelação: o abacaxi possui as tais calorias negativas, DESDE QUE VOCÊ TENHA O TRABALHO DE DESCASCÁ-LO!!! Considerando a diferença entre energia fornecida e energia gasta, uma fatia de abacaxi descascado por terceiros tem, digamos, umas 40 calorias, e uma fatia de abacaxi descascado por você tem -20. Eu passei pela experiência de descascar meu próprio abacaxi (notem que não estou usando o sentido figurado da expressão) e posso afirmar, sem medo de errar, que estou no mínimo 1,200 kg mais leve após tal empreitada. Sem exercícios, sem dieta, apenas gastando uns 8 minutos do meu tempo lutando contra a casca espinhuda.

Não é incrível?

(Pensando bem, tal descoberta pode me render inimigos... espero que a milionária indústria do emagrecimento não venha atrás de mim!)


quinta-feira, julho 24, 2003
 
::Eu sou um cubo feliz! II

E eu tenho Speedy!!! Hip-hip-hurra!



 
::Eu sou um cubo feliz!

Eu tenho um gravador de CD, trá-lá-lá-lá-lá-lááá!



domingo, julho 20, 2003

 
:: deprês
(ao som de algum do shelby lynne)

sim, galera. estou deprê. coisa muito comum. "de novo! larga dessa vida menino!". falando com a mari, tentamos descobrir o que está causando esse estado. claro que não chegamos a lugar nenhum... imagina, a mari e eu numa tentativa de psicólogos! a teoria mais consistente foi que eu ouço muita música triste, muito radiohead, mto portishead. me pareceu sensato mas não me convenceu.

aí ela vem me ensinar um tantra (sic) que invenção da nívão. segunda a mari, a nívea inventa muitos tantras para poder seguir a vida: "o passado não tem poder sobre mim, o passado não tem poder sobre mim, o passado não tem poder sobre mim". aí eu pergunto:"mas mari, deu certo?". ela:"não". para você o naipe que são as minhas conversas com a mari.

estar deprimido pode ser engraçado. a mão esquerda treme muito. se você quiser dar um tchau, é só levantar a esquerda que ela balança sozinho. e para mexer no pudim no foo para que não queime o fundo, é uma maravilha.

as insônias também podem render dinheiro. você responder alguns questionários e pesquisas sobre glutanaceo e aspargos. você também pode fazer um serviço de gravar filmes que só passam de madrugada. rendo muito mais de madrugada, mas minha mãe sempre diz que isso é desculpa de vadio. difícil explicar.

acho que a melhor sensaçao porém é de estar no fundo poço e se sentir um merda. pelo menos é a que você pode fazer mais piadas de si mesmo. sabe aquelas piadas de gente mal-humorada? sei que muita gente não gosta muito disso, mas eu me divirto.

vou assistir ao dolls de novo. para quê? ora, por causa da mina.

fui.


 
:: o lado de lá



será que um dia vou ter coragem, como a mariana zanotto, de viver o lado de lá?


quinta-feira, julho 17, 2003
 
::Ah é

(ao som de Jimmy “Bo” Horne)

Deixa eu contar a novidade: dei mais um passinho rumo à minha futura brilhante carreira de DJ! Num esquema bem mais profissional dessa vez, numa festa lá no Central das Artes. Foi bacana porque eram 2 Djs – eu tocando black e um outro tocando anos 80 – e uma banda, então a responsabilidade ficou dividida e deu tempo pra curtir a festa. Apesar do cagaço (sonhei 3 noites com essa festa, pesadelos horríveis, num deles eu simplesmente esquecia de levar os cds – pior que isso me é familiar...) acho que eu mandei bem, bastante gente elogiou, devo ter sido convincente porque o dono do bar até pediu meu cartão, hahaha, eu e meus blefes... mal sabia ele que antes da festa começar eu tava pedindo pro DJ do bar me ensinar a usar o mixer dele! Enfim, foi muito legal e me animou a investir de verdade nisso. (Viu, Lu? Na próxima você tem que estar sem falta!)
Aproveito pra registrar meus sinceros agredecimentos aos amigos que foram lá dar uma força, encher a pista, dançar espetaculosamente e dizer que o som tava bacana... especialmente pros lutadores que ficaram lá até o fim, juro que se um dia eu começar a ganhar uma grana com isso vai rolar uma comissão pra vocês!



 
:: De volta!!!

(ao som dos acordes iniciais de Staying Alive - para uma entrada bombástica!)

IUPIII!!!
Estou de volta!
Após um período de reclusão, amadurecimento espiritual e pensamentos muito profundos, retorno à vida mundana!

Lu e Marcio, peço desculpas pelo abandono súbito. Meu computador sofreu uma morte inesperada e violenta que abalou a todos aqui em casa, mas, incrível, ele voltou tal qual uma fênix ressurgindo das cinzas, não teve sujeito saindo do coma depois de 19 anos?, foi mais ou menos isso que aconteceu, praticamente um caso de catalepsia, ele num minuto estava irremediavelmente morto e no minuto seguinte ressucitava como por um milagre, e agora cá está sobre a escrivaninha sem maiores sequelas, meu pobre pentium II é ou não um lutador?

Bom, o que importa é que tudo voltou ao normal, a ausência foi longa mas cá estou novamente, ainda a mesma pessoa besta e sem pudores – mas os meus cabelos, quanta diferença!


 
:: dolls
(ao som de time machine de chara)

a partir de hoje, vou colocar minhas resenhas sem naipe sobre filmes e cd's aqui no blog. tentarei fugir da falta de noção da galera acadêmica e ser mais sem noção. o primeiro filme de que vou falar chama-se "dolls".



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assisti com a re a este filme do takeshi kitano. era importante que eu estivesse acompanhado porque eu sempre dou vexame quando assisto algo do kitano. choro pacas, um ridículo. agradecimentos a renata.

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a história é baseada em peças do tradicional teatro de bonecos japonês. a primeira fala de um casal de mendigos que vagueia pela cidade amarrados por uma corda. a segunda é sobre um chefão da yakuza que relembra seu antigo amor. a terceira é sobre um fã de uma cantora pop. histórias de amor trágicas basicamente para fuder o que resta disso em mim. hehehehe

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o povo japonês é muito estranho. na real, em sociedade, não se vê tanto desespero. mas sua ficção é extremamamente dramática. é muito próprio desse civilização como diria bazin. tudo é muito contido, mas tudo é muito grande. apesar de não ser usual ou visível no dia-a-dia do japonês, o amor é tão presente e forte quanto em qualquer outro lugar. essa contenção cria outras formas de representar o amor. eu me identifico bastante com isso. tenho uma dificuldade enorme de falar para as pessoas o quanto as amo. mas sempre tento representar isso de outras formas.

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o kitano roubou de mim a personagem principal de um livro que penso em escrever. a mendiga é a minha persongem!!! morra, kitano!!!

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o que nào gostei no filme é a forma como foi editado. achei umas partes muito lentas. e existem metáforas feitas com transições muito esquisitas. desnecessárias até. não acho bom que o roteirista dirija o próprio roteiro, acho ainda pior o mesmo cara montar. há umas "falhinhas" no roteiro, mas compensado com cenas muito geniais. a impressão que tive é que ao contrário dos outros filmes, esse ele teve tempo e dinheiro. as soluções que ele dava pros outros filmes é muito simples. aqui há um experimentalismo de excesso. mas ainda sim cruel.

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a metáfora da corda parece muito boba, mas representa bem as nuances de um relacionamento. assim como ela atrapalha em determinados momentos (quando ambos querem ir para direções diferentes), ela tambem salva (quando ela caí e se não fosse estar amarrada, morreria). a cena final é ainda mais representativa.

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há um personagem cego mas ao contrário do ditado, sua cegueira foi uma escolha. o amor pode ser cego, mas fatalmente quando se está apaixonado é preciso fazer escolhas doloridas.

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uma outra questão muito boa é a espera. sempre achamos que esperamos o quanto for quando estamos apaixonado. há no filme um personagem que espera também. pensamos que é uma idiotice, mas percebemos a loucura em que se entra quando estamos apaixonados. o fato é que o personagem desmente isso e decide continuar. reparte com outro o que gostaria de ter repartido com seu amor. é um momento sereno dentro da tragédia do filme.

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o momento mais lindo do filme para mim é um expectativa que o enredo cria durante seu desenvolvimento. estamos frente a um desencontro entre os mendigos. estão juntos mas não estão. a cena em que se reconhecem como amantes é a coisa mais linda que eu já vi!!! se eu chorei? puta que o pariu!!! disfarçadamente para não passar vergonha. o foda é que o kitano fez de um jeito que fudeu ainda mais. ele colocou um elemento diferente, uma transição de sentimentos dentro das personagens que é revelado no rosto. foi foda.

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é isso. amei o filme, apesar dos problemas. entendo que os japoneses tem outra leitura desse filme. imagine que no começo do filme é mostrado mesmo um teatro de bonecos. a galera do cinema acho que não viu graça, mas eu sei por exemplo que meu pai veria muito.

o filme também me fez pensar no final do livro que ando escrevendo. não tem final ainda basicamente. não sei muito o que fazer. gosto das tragédias pelo seu poder de revelação, mas também não gostaria de dar um final desses para esses personagens que estão me tornando queridos. vejo neles muito dos meus amigos. o que farei?


quarta-feira, julho 16, 2003
 
:: esquisofrenia
(ao som de moby)

acho que anda enlouquecendo. no termo médico da palavra. imagine que eu estava digitando um texto e quando acabei simplesmente faltavam pedaços!!! tenho perdido a noção de algumas coisas e me falta atenção. estranho, né?
pensei em tomar uns remédios ou voltar a beber coca-cola com vodka, mas acho que não ajudaria tanto. esses dias levei um tombo de maduro. ralei um joelho e torci um tornozelo, fora a minha mão direita arranhada que fode muito o ato de comer e escrever nao necessariamente nessa ordem.

bom, é isso.

onde anda a mari, aquela menina estranha? vou até lá e já volto.


terça-feira, julho 08, 2003
 
:: festa 11.07



diz a lenda que a mariana bara zanotto irá fazer o som... =)


quinta-feira, julho 03, 2003
 
:: justificativas
(ao som de tension is passion note do sixpence)

estou voltando! vai esquentando o feijão e descongela o suco! =)

depois de muito matutar e ver que minha vida não faz sentido mesmo, voltei pra escrever coisas sem naipe nesse blog naipudo como diria a fernanda frasca cujo pilequinho sempre me comove e me inspira. e mesmo que os assuntos se percam -- porque tudo vai se perdendo e encontrando, ufa! -- vou tentar ser pelo mais freqüênte (viu, dona fecarotta?)

estou de malas para são carlos ou como dizem os íntimos, sanca. assim poderei fazer crônicas citadinas também!!! o que sanca tem que belô e coxa não têm? saberão os que acompanham o blog. e se sanca não tiver nada, invento, oras!

quero comentar, por fim, a ausência da nossa querida colunista mariana bara zanotto, aquela que ainda não se formou em rádio e tv e não a menina-bailiarina-que-voa. onde estará a mari que foi ao cinema e não voltou? diz a lenda que ela foi ver um filme romântico e tal.... heheheheheheeh... a vida é engraçada! e menina que voa, boa sorte aí em sao petersburgo!!! voe voe voe!!!

volto com mais notícias... e a nossa festa? ops, o suco já descongelou!