terça-feira, agosto 28, 2007
 
:: Barriga 0 X 1 Lua

**A BZ mandou avisar que foi ali parir e já volta.

Ela esta aliviada porque a Alice vai nascer antes do capitulo mais importante da novela, em que a gemea ma vai morrer no gas. E ela diz do celular, la da maternidade: "imagina se a Alice resolvesse nascer justo na quinta, que é o dia mais importante da novela e ninguem viesse me visitar?"
Foi tudo engracado, como costuma ser mesmo, porque hoje eu acordei bem cedinho com a noticia super em primeira mao, de que ela ja estava na maternidade. Ai, passaram umas horas e meu telefone toca e simplesmente é ela. Sim, ela me ligou da mesa de parto (é assim que chama?) pra me encomendar esse post (na verdade, so a primeira parte com **). E, claro, se ela gravida ja comovia todo mundo, imagina diretamente do hospital, com Alice quase la (ou aqui)? E tem mais: esta toda feliz porque ainda nao tiraram o esmalte rosa pink dela (e eu pensei, ufa!), mas um pouco tensa porque ainda nao deixou o intestino como ela realmente pretende.
Esta toda glamurosa como sempre, nao se abalou a minima. Eu pensei que quando esse momento chegasse talvez ela ficasse um pouco mais normal, mas nao. Nada. Esta ainda pior.
E agora a gente esta com um pouco de medo pensando o que sera que ela vai fazer daqui pra frente com esse sexto sentido de mae. Antes era, "ai, to gravida". Agora vai ser, "atencao, sexto sentido". E todo mundo vai ficar assustado. Porque essa de ela chutar o dia da Alice assim, sem mais nem menos (ela nunca foi boa em matematica) e acertar. Ui. Isso é sexto sentido de mae, e funciona.
Bom, pessoas, recado dado. Todo mundo concentrando as energias positivas (como se ela precisasse). Vamos nos concentrar na Lua (rarara). Depois disso, ela voltara com aquela pequena no colo para escrever as historias pos-parto enquanto Alice dorme. Ela ha de aproveitar esses dias que os bebes so dormem e mamam. E ainda vai ficar no maior topete com o peitao. Segura!

(isso aqui foi escrito por mim luiza fecarotta e nao pela BZ, mas faz tanto tempo que nao entro que esqueci a minha senha e ela la da maternidade, teve de me falar a dela. aquela situacao toda que so acontece no parto da alice mesmo)


segunda-feira, agosto 27, 2007
 
::Barriga X Lua

Amanhã é a data prevista pro nascimento da Alice, mas eu bem que tô tentando segurar a bichinha até o fim de semana.

Pra dar tempo do meu irmão voltar de viagem (o picareta adiou a passagem de volta covardemente quando eu falei que queria uma ajudinha yogue na hora do parto...). Pra ir na festa de aniversário do meu sobrinho-dançante-rockstar. Pra manter minhas unhas coloridas mais um pouquinho. Pra curtir o restinho do barrigão, agora que ele impressiona tanto os transeuntes. Pra tentar me preparar psicologicamente. Por cagaço, of course.

Mas olha só: essa madrugada a lua fica cheia, e quando eu menciono isso as pessoas olham pra mim com um olhar todo cheio de significados e fazem "hum...".

E aí eu descubro que ainda vai ter eclipse total da lua.

E aí eu recebo um spam dizendo que ocorrerá nessa madrugada o raríssimo fenômeno das "2 luas" - na verdade, não são 2 luas mas marte, que estará muito perto parecendo uma segunda lua cheia (deve ser mentira, mas vai saber...).

Caramba!

Eu não dou muita bola pra esse papo e me recuso a permitir que a lua seja mais influente que eu na decisão do dia do parto, mas pombas!, justo agora ela tinha que estar tão saliente?

Pois eu não tô nem aí pra lua, ok? A barriga é minha e Alice fica aqui guardadinha aqui dentro até segunda ordem, não tem mané lua pra atrapalhar minha agenda!

Amanhã eu conto quem ganhou a disputa.
(Ou não - e nesse caso, provavelmente ela ganhou. Ui!)


quinta-feira, agosto 23, 2007
 
::Parir, verbo defectivo

Tenho uma dificuldade tremenda com o verbo parir. Sendo ou não defectivo (cada dicionário diz uma coisa, como pode?), o fato é que ele não funciona como deveria pra grávidas em primeira pessoa.

- Não venha me estressar, olha que eu PARO, hein?

Certo ou errado, é indiscutivelmente horrível.

Deve ser pra evitar que a mulherada use o verbo em tom de ameaça. Grávidas precisam mesmo de limites.

:: Da série Sempre a última a saber

Na manicure, eu felicíssima com minha unhas impecáveis, recém pintadas de rosa-choque.

Não sou uma grande entusiasta do rosa nas unhas, mas foi pra fazer a linha mamãe-glamour, e achei combinaria com as camisolinhas azuis do hospital.

Ficou um luxo! Pronto, pode vir, Alice! Agora sim mamãe tá pronta pra te conhecer!

A manicure termina. Olha pras minhas mão, orgulhosa do trabalho bem feito, e manda essa:

- Prontinho! Só não pode dar à luz agora, hein?, que eles te tiram todo o esmalte no hospital!



segunda-feira, agosto 20, 2007
 

:: O Efeito Supermercado

Eu me dei conta de que vou parir em breve por causa de um iogurte.


No começo da gravidez, o dia 28 era tão, mas tão remoto que era quase inconcebível. Uma abstração, apenas. A gravidez parecia que ia durar pra sempre.

Pra reforçar essa sensação reconfortante, passei a sofrer do Efeito Supermercado, que consiste em usar as validades das compras pra se tranqüilizar quanto à passagem de tempo. O Efeito Supermercado segue 2 princípios básicos:
1- coisas que duram muito vão durar um bocado após o nascimento.
2- coisas que duram pouco ainda serão muito consumidas até chegar o dia D.
Em um caso ou em outro, o raciocínio é: ainda falta muito tempo, ufa!

Complicado? Tomemos dois exemplos ilustrativos:

1- Ando pelo supermercado caçando produtos que sobreviverão, com folga, ao dia 28. Leite condensado, açúcar, sabão em pó. Olho as datas de validade e penso: quando minha filha tiver 2 anos isso ainda vai estar bom... ou que interessante, usarei este mesmo pacote para cozinhar a comida da Alice em 2010! As coisas que duram muito têm um efeito tranqüilizador. Sabe aquele futuro hipotético que nunca chega? Começo de gravidez é assim, como produtos não perecíveis: parece que a gente nunca vai alcançar a data limite.

2- Adapta-se o mesmo raciocínio reconfortante ("Tenho tempo, tenho tempo!") aos produtos frescos. Um queijo branco, por exemplo. Eu vou comprar e comer uns 24 queijos iguais a esse e Alice não vai ter nascido ainda! O produto fresco tem vida curta. Ele implica num imediatismo que nós grávidas não temos, o que é um alívio tremendo.


O Efeito Supermercado funcionou perfeitamente pra mim até recentemente, quando reparei que o iogurte aqui de casa é válido até 6 de setembro. Setembro! Quer dizer, o iogurte que está na geladeira vai mais longe que a minha gravidez.

Foi o fim do Efeito Supermercado tal como eu o havia elaborado. Chegou o momento da inevitável inversão, o dia mágico em que você percebe que a barriga passará mas o iogurte ficará. Isso, meus amigos, é o começo do fim – fim tanto do efeito supermercado quanto da própria gravidez.

E então hei de ser mamãe antes da bandeja de Danone estragar. Céus! Torçam por mim, ok?



quinta-feira, agosto 16, 2007
 

:: Alguém me explica, por favor?

Tá, eu não entendo picas de direito civil, contratos nupciais ou coisa do tipo. Mas que certas coisas nesse campo cheiram muito mal, isso cheiram.

Por exemplo: a ex-mulher do filho do Maluf pede, E GANHA, 217 mil reais por mês de pensão. O valor estipulado tinha sido 80 mil, mas foi pouco para a tal senhora, que recorreu ao Tribunal de Justiça e conseguiu quase triplicar o montante.

Agora me diz: que tipo de argumento será que ela usou para conseguir uma pensão de 217 mil? Me refiro aos argumentos que podem ser dito às claras, em público, no tribunal - porque, por baixo do pano, a negociação com certeza fede, e muito. Ex-mulher sabe demais e tem um poder de barganha enorme, ainda mais no clã Maluf. Que essa argumentação não dita regula o acordo é até muito fácil de entender. O que realmente me intriga é a encenação toda: O QUÊ, meu Deus, essa senhora declara, na frente de um juíz, para convencê-lo que merece ganhar 217 mil por mês?

Será que ela diz “o safado pode pagar” e pronto, é simples assim?

Será que diz que a titica de 80 mil/mês não é suficiente para cobrir as despesas dos 2 filhos deles?

Será que ela apela para a lógica da indenização moral, "eu fiquei anos casada com esse mané, eu mereço", ou "217 mil é meu preço por ter meu nome vinculado aos Maluf"? (Não sei... não me parece muito convincente e ela corre o risco do tiro sair pela culatra, "você casou com um Maluf e vem me falar em merecimento, minha senhora?, faça-me o favor!")

Será que ela consegue dizer que vale 217 mil SEM CORAR?

São coisas para se pensar.

(Em tempo: não estou defendendo o filho do Maluf e não me importo nem um pouco que ele perca as botas por causa da ex - coisa que, convenhamos, não vai acontecer com ele por causa de 217 mil por mês. O distinto ex-casal que se mate. O que ME mata é o absurdo da coisa, entre tantos outros absurdos nessa história. DUZENTOS E DEZESSETE MIL POR MÊS, CACETE! É muita cara de pau!)




quarta-feira, agosto 15, 2007
 

:: O Dia D

Um dia, lá atrás, você é uma feliz gestante recém-descoberta e faz sua primeira consulta pré-natal. Desse dia em diante um número passa a reger sua vida: a data provável do parto.

Você não precisa e nem vai acreditar nela, por várias razões. Primeiro porque um bebê não é um relógio suíço e, estando mais ou menos pronto, pode decidir cair fora a hora que bem entender. Segundo, porque a contagem do tempo de gestação não conta de fato o tempo de gestação. Seu médico vai pegar a data da sua última menstruação, contar 40 semanas e voilá!, você tem a data provável do parto. Só que, veja bem: você não estava grávida no dia da sua última menstruação, certo? Você engravidou pelo menos 2 semanas depois, e isso se for reguladinha como nos livro de biologia. Se seu ciclo é irregular (e qual não é?), esquece. Impossível saber a idade real da gestação. O ultra-som pode até dar uma dica, mas mesmo os padrões medidos por ele são variáveis: no mesmo exame seu filho pode ter um coração de 12 semanas, fêmur de 11, cérebro de 13, peso de 10, e por aí vai. Um pequeno Frankenstein em formação.

Frente a todas essas dificuldades, seu médico vai simplesmente fazer a continha descrita acima e chutar a tal data provável do parto, não sem antes avisar que a margem de erro é de 2 semanas pra cima ou pra baixo - o que é muito cruel porque significa que você vai ficar um mês inteirinho achando que vai parir a qualquer momento.

Mas nada disso importa. Importa que você tem uma data pra chamar de sua. Pra marcar na agenda. Pra dizer pros amigos quando eles perguntarem quando nasce. Por mais imprecisa que ela seja, a data provável do parto vai virar uma grande referência na sua vida.

A minha é 28 de agosto (que além de tudo é dia de lua cheia, e as pessoas amam dizer que lua cheia é sinal de partos, muito partos, oh God!). Eu sei que a chance da Alice nascer justamente no dia 28 é mínima, mas mesmo assim esse dia passou a reger minha existência. Me preparo pra ele desde janeiro, quando fiz meu primeiro exame pré-natal.

Agora faltam só 13 dias.

O enxoval tá pronto. A malinha do hospital, idem. O quarto, quase.

Eu? Acho que eu não ficaria pronta em mil anos.

Ainda bem que filho não espera.



terça-feira, agosto 14, 2007
 

:: Momento de carência

Pessoas queridas: quando forem mandar "um beijo pra Alice", lembrem de mandar um pra mim também, tá?



quinta-feira, agosto 09, 2007
 

:: Uma verdade inconveniente

Neném na barriga é como pão na torradeira: só pula quando não tem ninguém olhando.



terça-feira, agosto 07, 2007
 

:: Como eu virei mamãe em apenas 8 horas

(ou: Mãe Louca – você ainda vai ser uma)


20h30. Baladinha na casa de amigos. Minha barriga pula e todos se divertem muito. A amiga médica vem pra tentar definir a posição do bebê. Aperta aqui, cutuca ali, crava os dedos lá embaixo da barriga e abre um sorriso: achei a cabeça!, diz enquanto mexe com a bolinha de um lado pro outro. Excitação geral.

20h31. Outra amiga, horrorizada: pára de chacoalhar a Alice, coitada! Todos riem há-há-há, inclusive eu.

20h32. Alice tem um ataque de soluço. Longo. Mãos na minha barriga, todos riem há-há-há, inclusive eu – mas é um riso meio tenso, confesso. Será que ela assustou? Será que soluços podem ser efeito (contrário) do susto???

23h15. Voltando pra casa, no carro. Comentários gerais sobre a noite, lembramos do episódio. Coitada, levou um susto, há-há – risinho amarelo.

4h30. Meu sono é interrompido por um ataque de pânico. Pulo da cama e fico ligadíssima em 2 segundo. E se aconteceu alguma coisa? E se minha amiga apertou a moleira da Alice sem querer e espremeu o cérebro da minha filha? E se o dedo furou um olho dela? E se o nariz quebrou? E se aquele ataque de soluços foi na verdade uma reação agoniada de dor? Como eu deixei isso acontecer, como??? Que espécie de mãe eu sou??? Mea culpa, mea culpa, mea culpa!!!

Parabéns, Mariana! Você agora é oficialmente uma mamãe!
Bem-vinda ao clube das desvairadas!

(E enquanto isso Alice dorme, serena e despreocupada...)



sexta-feira, agosto 03, 2007
 
:: ALI(c)EN, a oitava passageira.

Então minha filha fez as malas, mandou um tchau-tchau pra quem fica (meu coração?, meu baço?), e se mudou pro lado direito da minha barriga. Fugindo da vizinhança barulhenta, talvez. O fato é que ela se embolou toda à direita e lá ficou, na sua rotinazinha de mini-bailarina: piruetas, chutes e treino de step usando como degraus minhas costelas.

Isso aconteceu há uns 3 meses – naquela época ela pesava 450 gramas, vejam vocês. O tempo passou, ela foi se recheando toda e agora é um filézão de uns 2,300kg. O lado direito ficou pequeno pra tanta carne, de modo que:

A bunda da minha filha fez as malas, mandou um tchau-tchau pra quem fica (todo o resto do corpo?) e se mudou pro lado esquerdo da minha barriga. Buscando seu próprio espaço, provavelmente. O fato é que ela, a bunda, fez da esquerda sua morada e lá ficou, rebolandinho e dando pinotes.

Agora Alice vive dobradinha como um pretzel dentro de mim, crescendo vertiginosamente e tentando se acomodar como possível. Vez ou outra nota-se um calombinho (mãos?, pés?, joelhos?, seria o nariz???) andando por baixo da minha pele, o que apesar de aflitivo é muito bom pra impressionar as visitas.

E a pergunta que fica é: com um bebê ocupando todo o espaço disponível, onde diabos foram parar todos os meus órgãos?


quarta-feira, agosto 01, 2007
 
:: Pornopolítica


pra quem duvida que poder é afrodisíaco...





medo!