sexta-feira, setembro 30, 2005
 
:: black rebel motorcycle club



a banda californiana "black rebel motorcycle club" lançou esse ano o disco "howl". lembro-me que havia ouvido algumas coisas anos atrás, mas como estava essa febre pelo novo rock -- encabeçada pelos strokes -- acho que deixei de lado essa banda para me concentrar em outras. não tenho essa manha de ouvir sempre o novo sem o mínimo de horas de apreciação.

mas eis que o disco novo cai na minha mão em um momento em que retorno para as guitarras distorcidas e o bom rock n roll. mas calma: se você espera algo meio strokes ou kings of leon ou killers vai se decepcionar. nesse disco o black rebel calca em seus timbres a boa canção norte-americana: o blues, o folk e aquele country de raiz. algumas vezes me lembra um pouco o spiritualized com sua temática de fé outras vezes me lembra o wilco, grande banda folk -- que estará no tim festival.

um grande disco, um dos melhores do ano. aliás que tal um top 5 de discos do ano, meninas?


quinta-feira, setembro 29, 2005
 
:: you can leave your hat on

top 5 músicas de sexo -- não propriamente falando de e não propriamente definitivo.

1. you can leave your hat on _ joe cocker
2. erotica _ madonna
3. suck my kiss _ red hot chilli peppers
4. anybody seen my baby _ rolling stones
5. i love you mary jane - cypress hill & sonic youth


 
:: flaming lips _ yoshimi battles the pink robots

quem me conhece sabe o quanto eu amo esse disco do flaming lips. e é a banda que mais quero ver no claro que é rock. a minha irmã bruna mara assistiu a um show deles em londres e disse que foi um dos melhores que ela já assistiu.

eu gosto muito dessa mistureba lúdica com guitarra distorcida. oh, yoshimi, they donï?½t believe me but you won't let those robots eat me. poemas insólitos, arranjos malucos. por muito tempo esses versos ficaram na minha cabeça, são da música "fight test", a que abre o disco:




i don't know where the sun beams end
and the star light begins
it's all a mystery
and i don't know how a man decides
what right for his own life
it's all a mystery


eu não sei o que vai ser da minha vida, baby. é tudo um mistério!



 
:: ética

nesses tempos de crise política no país (nem sei se a palavra crise é a mais adequada, gosto mais de enfrentamento) está passando nas madrugadas de segunda-feira a série "ética" na tv cultura. produzida no começo dos anos 90 pelo o2, a série tem um tratamente gráfico e sonoro muito sofisticado para a época e dá um ritmo dramático para os discursos filosóficos de grandes pensadores brasileiros.

mas não se trata de meramente "política", pelo menos, não a que conhecemos pela mídia em geral. ética nos deixa numa trama de pensamentos que vão desde a necessidade de ser feliz do homem até a tão conturbada democracia.

abro dois momentos que me emocionam: o primeiro é do professor antonio cândido questionando o simplório racicionio da maioria em geral que o que é ético é ultrapassado. ele menciona que conceitos que hoje são éticos foram muitas vezes anti-éticos em outros tempos. e nos alerta para a pratica da boa ética que muitas vezes é subversiva.

o segundo momento é a professora marílena chauí discorrendo sobre a busca do ser humano pela felicidade. sempre a vejo como uma professora muito séria no sentido humor. ela abre um sorriso para falar de felicidade. é uma das coisas mais emocionantes na tevê brasileira.

p.s. e faça-me o favor, revista veja. sugerir que a marílena chauí está gaga tirou qualquer crédito e consideração que tenho. a reportagem pode ter sua opinião, mas é tão criança, os argumentos tão simplórios que chego a pensar se esses jornalistas sabem o que é filosofia.


terça-feira, setembro 27, 2005
 
:: Climão
Me parece que a Lu ainda tá traumatizada, então eu termino de contar a nossa fatídica sexta-feira. (Lu, estou pensando em exagerar um pouco pra ficar mais interessante, não me desmente, tá?)

Fomos contratadas por um cara muito bacana que fazia 30 anos e queria boa música. Só que no mesmo dia e local duas gurias faziam uns 20 anos e queriam dance music, "tecnera" (argh)e flashback sem nenhuma classe. Sem falar, é claro, do já citado CHICRETECOMBANANA - pq elas e as amigas tinham essa cara de mina que vai em micareta, sabe como?, e queriam dançar com os bracinhos pra cima e fazendo u-hu! a cada troca de música. Pavor.

O aniversariante, coitado, que não sabia de nada disso, chamou a gente e pagou uma certa quantia por 4 horas de som. E as outras duas tinham se acertado com o dj da casa e não sabiam da nossa existência até então. Aconteceu o óbvio: no começo sorrisos e compreensão de ambas as partes, no meio rixa, no fim treta.

Não bastasse a diferença de estilos, ainda rolou que as meninas e sua amigas encanaram com 2 djs mulheres (e ainda por cima simpáticas, e ainda por cima dançarinas, e ainda por cima GATAS, haha) chamando a atenção na pista. Sendo assim, a cada entrada nossa elas vaiavam, se aglomeravam num canto de braços cruzados e ficavam encarando com ar de bravinhas e cochichando nos ouvidos uma da outra, tipo escola pré-primária, uma situação engraçada por uns minutos mas que começou a dar gastura e nervoso na gente, pq olhar urubuzento de mulher dá um azar desgraçado e tava rolando um clima "vamos pegar essas djéias de porrada lá fora" um pouco desagrádavel. E então, 3 da manhã, a aniversariante mais barraqueira vem colocar o dedinho na nossa cara e dizer que estamos EXPULSANDO da festa seus amiguinho de mau-gosto que não aguentam mais ouvir "a nossa música". E o cara, que nos contratou à parte e portanto estava pagando, não deixava a gente liberar pro outro dj. Sinuca de bico: o dinheiro ou nossas vidas/nosso dentes/nossas carinhas sem hematomas no dia seguinte? Enfim, a vida não tá fácil pra ninguém, então a gente tocou quase a festa toda e o mocinho e seu amigos legais ficaram muito felizes e dançaram loucamente. Foi bom também porque a tropa de choque não pôde com tanta sofisticação musical e foi-se embora cedo, provavelmente com suas cabeçinhas ocas doendo e pedindo por uma boa noitada no Santa Aldeia para voltarem ao seu estado-ameba-habitual.

Mas agora convivemos com a culpa de termos estragado a festa de duas jovens, ainda que elas fossem duas vadiazinhas recalcadas. Porque, no fundo, elas tinham alguma razão. Se o gosto musical era discutível...

(Parênteses: ok, eu estou nojenta com essa minha pretensãozinha "elite-cultural que sabe o que é bom". Eu sei que é feio mas não consigo evitar, gosto é gosto e o nosso é sempre melhor que o dos outros, ainda mais num caso evidente em que É MESMO como esse. Então perdoem o tonzinho superior, please, até porque minha autoestima foi muita abalada com essa história toda e eu preciso me recuperar destruindo alguém. Grata pela compreensão, fecha parênteses)

...Se o gosto músical era discutível, o indiscutível é que a festa também era delas e portanto elas podiam ouvir a porcaria que bem entendessem. Tá certo que elas foram PIRRACENTAS e MAL-EDUCADAS, mas aí já não é problema nosso, dj é pago também pra ser surdo-mudo e não brigar com ninguém, por mais que sempre tenha um, ou uns, que mereçam.

Enfim, o saldo foi: elas detestaram a festa, nós detestamos tocar na festa, o cara detestou tretar na festa e o dono do bar - o cretino desorganizado que causou toda a treta porque não soube negociar o espaço - encheu o cu de dinheiro às custas de todos.

(E o mais triste é que, no fim das contas, eu nem exagerei tanto.)


sábado, setembro 24, 2005
 
::Clímax?

Quando parecia que aquele "toca black" seria a coisa mais estranha que eu iria escutar numa festa me vem esse indivíduo e pergunta se temos Jorge Ben, isso no exato instante em que está tocando, adivinhem!, Jorge Ben.

Enfim, eu e Lu tocamos juntas numa festa sexta e fomos hostilizadas por uma horda de lolitas quer queriam ouvir Chiclete com Banana e foi tudo muito estranho, a Luiza vai contar com detalhes, né Lu?


sexta-feira, setembro 23, 2005
 
:: tempo tempo tempo tempo

fui num show da maria bethânia ontem. nunca tinha assistido a um. fiquei estarrecido. claro que não tenho experiência em shows de mpb, mas fiquei impressionado com essa mulher no palco. ela praticamente parou o tempo dentro do tom brasil. até os seus ruídos são mágicos. até seus erros são acertos. percebi ali a experiência de uma vida dedicada aos palcos.

em outro post comento momentos do show.


segunda-feira, setembro 19, 2005
 
:: caraaaaaaaaaaaaaaaalho!

flaming lips, 26 de novembro!!! a casa caiu...


quarta-feira, setembro 14, 2005
 
:: sobre ismael silva ainda e futebol

num desses documentários tendenciosos dos canais de esporte para já vender a copa de 2006, ouvi uma história do famoso jogador húngaro puskas. como não podiam receber altos salários, os esportistas de regimes comunistas tinham cargos políticos-militares em troca de representação por seu a país. um dia, vendo seu companheiro de time sofrer com uma tuberculose, puskas que quase nunca usava uniforme militar, vestiu-se adequadamente e foi até o gabinete do ministro da defesa. esperou ser recebido. impaciente, simplesmente entrou no escritório e pediu que seu companheiro recebesse tratamento urgente. no dia seguinte, o doente foi transferido no mais moderno hospital militar.

tudo isso para falar sobre "antonico", esse clássico no qual ismael pede para o tal que ajudasse seu amigo nestor, aquele que toca cuíca, surdo e tamborim. dentro das temáticas usuais do samba, essa música é preciosidade porque simplesmente desloca o drama da pobreza para a fala de um terceiro, um amigo, um companheiro de samba-futebol.

se tiverem paciência, baixem aqui.


 
:: teresa cristina e grupo semente


o samba pede passagem. que sandálias você usa, minha querida, para sambar?

nesses últimos dias estava procurando nas lojinhas de discos das rua augusta alguma coisa do ismael silva -- ô, antonico! -- e donga quando ouvi essa moça tocando no som ambiente de uma das lojas. estava passando a vista nos muitos cd´s e aos poucos ela foi me conquistando tal como o samba conquistou o meu gosto.

teresa cristina foi revelada nos bares da lapa carioca. tem uma simplicidade na voz e suas interpretações de paulinho da viola são muito boas.

recomendo.


terça-feira, setembro 13, 2005
 
:: trânsito

lembro-me da bz falando que adora essa música, trânsito, do ludov. pois bem, estou fazendo um videoclipe bacana. assim que a banda aprovar, passo o link.


segunda-feira, setembro 12, 2005
 
:: ironia.

é fazer campanha pra reviver o no-scrubs e acontece isso: a vida enlouquece e quando a gente vê tá trabalhando até 1h20 2h33 3h25 no domingo. acho que nunca mais na minha vida vou ter tempo pra isso aqui, inacreditável.



domingo, setembro 11, 2005
 
:: tim festival

eu vou. você vai?

acabei comprando para o único dia em são paulo. strokes, arcade fire, mundo livre e kings of leon -- tem a mia, mas eu não conheço. 23 de outubro. se estou empolgado? laaaaaaaaaaaast night, she saaaaaaaaaaaid...


quinta-feira, setembro 01, 2005
 
:: pato fu - toda cura para todo mal



o pato fu é uma das bandas mais divertidas do pop-rock nacional. confesso que numa primeira audição eu não tinha gostado do disco novo. mas como sou uma pessoa influenciável pacas, depois de conhecer a banda, confesso que parei para ouvir melhor.

o pato fu é uma banda que mergulha no universo pop, que vai desde snoopy até sepultura. adoram invencionices e é muito interessante acompanhar essa evolução. que banda nacional hoje tem o cacife de usar bateria eletrônica, guitarras distorcidas, ter uma voz doce, cantar em japonês e espanhol e ainda fazer baladas pop de alta nível?

no disco novo, atente-se ao pop radiofônico de "anormal" e a homenagem a série "peanuts" em "amendoim".

p.s. fernanda takai rules!