segunda-feira, junho 25, 2007
 
:: Ela voltou!



(Preciso dizer que eu tô aqui quase me acabando de alegria?)


terça-feira, junho 19, 2007
 

:: O que é, o que é


Um boneco de lama? Um docinho de coco queimado?


O monstrinho da fossa? Um detalhe de pintura renascentista?


O novo quadro do Vik Muniz?


.tic.
.tac.
.tic.
.tac.


Não! É a pequena e linda e tímida glamourosa Alice protestando contra os paparazzi intra-uterinos!



Alice desabafa: "leave me alone!"


(Pronto, editado. Agora tira o calcanhar das costelas da mamãe, tá?)


segunda-feira, junho 18, 2007
 
:: aniversário

para lembrar os anos desta pessoa querida cujos os dias tive ainda tão pouco.
bjs


sexta-feira, junho 15, 2007
 
Em tempo:

eu adoraria ter inventado o título do post abaixo, mas na verdade eu tirei desse livro, ó:


A bíblia da gestante. Recomendo!


 

:: How to have a babe and be a babe

Se me contassem, eu achava que era balela. Mas é sério, seríssimo! Mulherada, tratem de encomendar um herdeiro agora, já! - é o meu conselho.

A gente tá acostumado a pensar na gravidez como um grande sacrifício. Uma fase inchada e desconfortável que a mulher enfrenta pra ter como recompensa um bebê novinho em folha depois de 9 loooongos meses. Basicamente trata-se de deixar de ser mulher pra virar uma Mamãe, serena e assexuada. Na melhor das hipóteses você vira uma grávida-sem-sal com cara de beata, vestida de branco e acariciando a barriga em propaganda de hidratante. Na pior, você embucha. Pouquíssimo animador. Mas isso não é nada perto da magnitude de gerar um filho, e blá, blá, blá.

Eu ia então me preparando pro começo do fim. Comprei meus hidratantes e ensaiei meu melhor sorriso de Virgem Maria. Conformada e agradecida, como tinha que ser.

Mas aí, em vez de Virgem Maria, me baixou uma diva louca.

Eu acho que funciona assim: talvez você embuche. Acontece. Os hormônios ficam malucos e os resultados são imprevisíveis. Mas se você der a sorte de não embuchar, minha filha, então prepare-se pra uma das melhores fases da sua vida! A grávida que não embarangou adquire uma aura divina que vem com um monte de acessórios incríveis, tais como:

-Peitos exuberantes;

-Cabelos brilhantes e longuíssimos de Rapunzel (inclusive você vai ser acusada de ter colocado megahair);

-Pele de pêssego, bochechas rosadas, pernas macias e à prova de pêlos encravados;

-Unhas fortes crescendo numa velocidade assustadora;

-Uma lordose que, embora incômoda, valoriza a bunda que é uma beleza;

-E, claro, a barriga. Esse é um ponto polêmico: há quem ache barriga de grávida uma deformidade e há quem ame profundamente. Eu amo profundamente. Primeiro porque ela faz com que pessoas sorriam pra você na rua, cedam suas cadeiras, façam um carinho ou até mesmo beijem seu umbigo sem nenhuma cerimônia. Depois, porque ela pode ser exibida sem pudor. Mais do que pode, ela tem que ser exibida, já que blusa nenhuma consegue mantê-la coberta. Se antes a barriguinha era um problema a ser disfarçado, agora o barrigão é um trunfo a ser ostentado com orgulho!

Junte tudo e faça as contas: peitão-bundão-cabelão-barrigão(durinho, há!), e de repente você descobre que virou uma baita duma gostosa. Incrível! Aquela expressão serena das grávidas é só um truque pra disfarçar a Poderosa Afrodite, a Sex Goddess, a Rainha da Luxúria que baixou ali!

E se isso ainda parece pouco, olha o saldo da minha consulta médica de ontem:

Dr. (que eu amo e me faz feliz!) Roberto:

-Ok, tá tudo ótimo. E você engordou pouco. Então pode comer mais, tá? Coma muito, muitas vezes por dia. Coma o tempo todo. E de tudo. Você precisa de calorias, muitas, milhares de calorias. Malhar? Não, agora não é hora. Você precisa de reservas pra você e o bebê. Faz assim: come muito e não faz nada, tá? Ponha as pernas pra cima e descanse. Qualquer coisa me ligue. Até o mês que vem, tchau.

E assim eu descubro minha vocação de parideira e fico imaginando Carlos, eu e nossos 12 filhinhos, mas que linda familia feliz!


sexta-feira, junho 08, 2007
 

No princípio era o nada.

Você nada sente. Nada vê no ultrasom. Se concentra e tenta se conectar com a barriga: nada. A própria barriga ainda é o (quase) nada de sempre.

A única coisa que você tem é: de repente ficou chata, burra e incapaz de ir ao banheiro (a não ser pra vomitar). Parece que arranjou dois problemas sérios, um gástrico e um neurológico. É bom mesmo que haja uma outra coisa pra justificar, e se essa outra coisa envolver um bebê rosinha e bochechudo no fim de uns meses, melhor ainda. Gravidez, nos primeiros meses, é puramente uma questão de fé.

Com 3 ou 4 meses você não está mais chata, mas continua bem burra (aliás, a burrice acompanha o processo todo e é chamada de síndrome cerebral: o sangue do seu corpo esquece da cabeça e desce todo pro baixo ventre. Isso explica derrubar coisas, atravessar a rua perigosamente e esquecer o número do seu celular). A situação do banheiro se resolveu e as coisas entram e saem por onde deveriam, como Deus quis. A barriga já dá sinais, mas tem aquela cara de pancinha sem-vergonha de chopp e talvez você ainda receba uns olhares feios no ônibus quando sentar nas cadeiras reservadas. Mas, de novo, nem sinal de alguém lá dentro. Você fecha os olhos, põe as mãos e se esforça muito pra estabelecer uma comunicação, e a única coisa que percebe é o seu umbigo sendo ejetado dia após dia. Neste momento, tentar cantar para sua barriga ou desenhar nela uma carinha sorridente só vai te fazer sentir ridícula. Não recomendo.

A coisa vai ficando divertida lá pelos 6 meses, quando um belo dia sua barriga - que nesse ponto já é uma barriga de responsa e pode ser ostentada, principalmente no ônibus!, como um troféu - começa a quicar. Primeiro timidamente, ataquezinhos de soluço. Depois furiosamente, e você acredita que está gerando um polvo capaz de cutucar em-cima-à-esquerda e embaixo-à-direita e centralizadamente-ao-centro, tudo ao mesmo tempo agora, uma coisa enlouquecedora.

Então aí está. Existe mesmo uma pessoinha embutida dentro de você. Uma pessoinha que gosta de Piazolla (orgulho, orgulho!!), te acorda todo dia com um chacoalhão às 7h30 da manhã, reage ao sol e detesta quando você espirra. Que fica tímida com platéia e mata mamãe de vergonha toda vez que ela diz: venham, venham, está mexendo! e coloca as mãos das 8 pessoas ao redor na barriga e nada acontece por longuíssimos 2 minutos, estava pulando ainda agorinha, mas parou, que pena, ah, então tá, e aí as mãos todas saem e é o código para a pulação começar outra vez, e assim a brincadeira segue, e assim eu perco todo o crédito que outrora tive com meus amigos.

O legal de finalmente sentir que tem alguém aqui é que eu posso comer por 2 sem sentir um pingo de culpa (essa é uma picaretice ancestral das grávidas, mas só vale pra quem engordou pouquinho, ok meninas?). O chato é que eu ando culpada de falar tanto palavrão. Baixou a mãe em mim, quem diria?