quinta-feira, junho 26, 2003
 
:: mandaram avisar
(ao som de you can leave your hat on do joe cocker)

a mari mandou avisar que ela foi no cinema e vai demorar pra voltar...





quarta-feira, junho 25, 2003
 
:: o lado masculino do blog
(ao som de the clash)

já que se iniciou uma procura pelo homem perfeito, gostaria de levantar questões sobre a mulher perfeita. estive pensando como poderia ser a mulher perfeita... alguma sugestão? heterolésbica? ou santa em pele de puta?

o foda é que quando se apaixona qualquer outra mulher nem é tão bonita assim...





 
:: nanuland é uma terra estranha...
(ao som de "i can't wait" de shelby lynne)

não tenho muito o que postar, então vou colocar os discos que tenho ouvido ultimamente:

1. divine discontent _ sixpence none the richer
2. a procura da batida perfeita _ marcelo d2
3. notas ao luc _ coletanea que fiz para a liza, uma amiga querida
4. ventura _ los hermanos
5. hail to the thief _ radiohead

é isso.


terça-feira, junho 24, 2003
 
Heterogays
(ou: a estranha e maravilhosa fauna de machos que rodeia a Luiza)


(ao som de "Killer Joe", versão do Q's Jook Joint)

Certa vez a Lu falou algo sobre o homem cafajeste-fiel. Depois ela veio com essa história dos heterogays. Quer dizer, ela está achando engraçado ler meus pensamentos e ficar divulgando por aí, e pior, atiçando a minha vontade de topar com um mocinho cafajeste-fiel & heterogay, tarefa das mais difíceis, já que muito pouco se conhece sobre o habitat natural de espécimes tão raros.

Pra terminar de materializar os meus desejos mais profundos, só falta ela vir contando que algum amigo dela inaugurou o Clube dos Cordeiros em Pele de Lobo.
Imaginem só: um cara macho pacas, barbudo e mau, desses que só de te olhar já te vira do avesso, mas que no fundo seja também extremamente fofo e protetor. (E sensível - mas só um pouquinho senão enche o saco.)

Exemplo máximo de CPL (com um baita dum pedigree, inclusive): Wolverine

(E a Jean Grey perdendo tempo com aquele juquinha do Ciclope... tem mulher que é cega.)


 
::Chocada

Fiz uma descoberta chocante esses dias.
Tem uma música que eu amo chamada “Am I the same girl”. Cantora com voz de negona, minas fazendo backing, metais, balanço, pegada, enfim, soul music da melhor qualidade – aliás, tenho essa música numa coletânea chamada Funk & Soul, digo isso só pra vcs verem que eu não sou uma completa sem noção. Aí eu vejo a propaganda de mais uma coletânea medonha da som livre e descubro que a banda, Swing Out Sisters, é formada por uma menininha risonha branquinha (a cara daquela Dani que foi VJ da MTV e apresentava o Revistinha na Cultura, alguém lembra?) e 2 caras meio juquinhas de mullets e terninho azul-royal com ombreiras, uma coisa anos 80 total, eles cantam aquela música “Breakout” que embalava os bailinhos da nossa adolescência, como pode?
Estou totalmente arrasada, é a mesma coisa que você amar uma música da Aretha Franklin e um belo dia descobrir que não é nem nunca foi a Aretha Franklin, tudo aquilo que você ama e canta e dança feliz da vida é na verdade obra da SANDY.


segunda-feira, junho 23, 2003
 
::esse espaço é pra todo mundo mandar beijos pra Luiza e dizer que ela é muito querida, não dá trabalho nenhum e vai sarar logo!


quinta-feira, junho 19, 2003
 
:: Parabéns! Parabéns!
("... hoje é o seu dia, que dia mais feliz!")

Vou revelar uma verdade chocante pra vocês: desde a mais tenra infância fomos levados a acreditar que esse lindo feriadão de sol tem uma razão muito nobre e bíblica, o Corpus Christi, ou “Corpo de Cristo”, seja lá o que isso signifique, fugi das aulas de catequese?/catecismo?/educação moral e cívica?, enfim, não sei onde se aprende esse tipo de coisa, mas sem mais delongas o fato é o seguinte: a verdade é que o dia de hoje é feriado porque é a média ponderada das datas mais importantes do ano: os aniversários dos fundadores do No-Scrubs! Ou seja: Hoje está ensanduichado por Ontem, aniversário da Lu, e Amanhã, aniversário do Marcio.

De um lado, completando 22 primaveras, temos a incrível Luiza, essa garotinha que eu praticamente vi nascer, que peguei no colo quando era desse tamaninho, ó!, que vi peladinha com farinha na cara correndo lépida pelas areias do Bonete como uma Tieta do Agreste recém-desmamada. Aí ela cresceu e virou essa mulher toda fodona, toda culta, amante de bons livros, boa música, bons filmes e bons vinhos – isso sem ficar chata ou pedante, e sem nunca perder o bom humor que lhe é peculiar (e bota peculiar nisso, quem já testemunhou seus ataques de riso ou já ouviu uma de suas piadas sabe do que eu estou falando). Confesso que às vezes eu olho pra ela com uma admiração meio paradoxal, “quando eu crescer eu quero ser igual a Lu”. Pô, ela é mais nova que eu mas é infinitamente mais adulta, no bom sentido, quando precisa. E até já dirige, hahaha, como eu pude deixar isso acontecer?

Do outro lado o Marcio, um quarto de século amanhã e cada vez mais sábio. Inteligentíssimo, intrigante, um pouco recluso (não confundir com distante) e excêntrico como os gênios costumam ser – ah é, ele fica bravo quando é chamado de gênio, então a gente não chama apesar de todos saberem que ele é. Certa vez ele escreveu que o que falta no mundo são leitores de Rubem Braga, ao que eu acrescento: leitores de Marcio Yonamine também! O Marcio é aquele cara que um dia a gente vai ver fazendo qualquer coisa totalmente revolucionária e vai encher a boca pra dizer: “pô, esse cara aí é meu amigo!” (percebeu o tempo do verbo, né, garotão? Se vc deixar de ser nosso amigo algum dia vai tomar uns cascudos!).

Então, meus dois amores, parabéns e muitas felicidades (assim mesmo, bem plural) pra vocês, e acho que eu vou parar por aqui antes que comece a chorar, ok?

Beijos, queridos!!!


quarta-feira, junho 18, 2003
 
:: luiza

parabéns, lu, pelo aniversário. mtas felicidades pra ti!!! nem pude te dar um abraço, nem pude te dizer por telefone. a vida nos toma como ocupados demais. mas planejemos no ano que vem, dias mais amenos. mtos bolos, mta sorte, mta esperança. bjs mil!!!

p.s. posto um texto mais descente depois. escreverei no ônibus, no inferno dessa cidade, um texto de céu.


terça-feira, junho 17, 2003
 
::hamburgo é uma cidade ...





bjs mari, a gente agradece o cartão e a lembrança!!!





segunda-feira, junho 16, 2003
 
Parabéns, Nivão!
(ao som de "Dancing Queen"!)

Hoje a minha grande amiga Nívea faz anos.
A Nívea não é uma pessoa, ela é uma mistura de personagem de mangá com drag queen. Branquinha, cabelão liso laranja, nariz de boneca, plumas, pelúcia, botas coloridas, sombra azul turquesa. E um pouco folgada, maluca e sem noção, aquele tipo de pessoa engraçada sem querer. A maioria dos meus ataques de riso histéricos, daqueles de chorar e ficar sem fôlego e com a barriga doendo e quase cair da cadeira foram causados pela Nívea.
Então, Nivão, parabéns, felicidades, tudo de bom, beijo, beijo, beijo! E espero quem vc esteja viva e bem depois da noitada de ontem n’A Lôca!


sábado, junho 14, 2003
 
:: inferno astral parte 2

infelizmente, lu, o meu inferno astral tem sido arrebatador. e o bom velhinho de barba ainda me fez com requintes de ironia. preparou dias bons e felizes ateh o dia dos namorados para bum! fuder com a minha vida. fala sério! espero que passe logo e tudo se resolva. mas confesso que nunca tive tanto medo dos meus dias... bjs a vcs duas, amo vcs.


sexta-feira, junho 13, 2003
 
Aproveito esse espaço pra mandar um beijão de feliz aniversário para a ilustríssima Rainha da CET Fernanda Frasca - a garota que literalmente pára o trânsito das ruas de Sampa.

Parabéns, mocinha!

(em tempo: o aniversário dela foi dia 8, mas como já foi amplamente discutido aqui, eu sou lerdinha del valle e comigo as coisas acontecem com uma semana de atraso...)


quinta-feira, junho 12, 2003
 
Aliás, pensando bem, eu sou solteira mas bem que topava encarar a dancinha sensual de algum rapazola... alguém se habilita? Hahahaha...


 
::Dia dos namorados
(ao som de “Let’s get it on”, do Marvin Gaye – pode ser também a versão do Jack Black, do “Alta Fidelidade”, que ficou bem legal)

Nesse dia tão singelo eu quero mandar um beijo de parabéns para todos os casaizinhos enamorados que lêem isso aqui (TODOS os 2 ou 3... hahaha). Sejam carinhosos, sejam fofos, façam cafuné um no outro, dividam uma banana-split, mocinho, faça uma serenata pra ela, mocinha, faça uma dancinha sensual pra ele – e vice versa, por que não?

E que haja sempre muita sacanagem!


quarta-feira, junho 11, 2003
 
NOSSANOSSANOSSANOSSANOSSA!!!!
meu pensamento foi tão forte que enquanto eu escrevia e postava ela se manifestou!!!
Transmimento de pensação!!!
(desculpem, é um trocadilho horrível mas eu estou tão feliz e embasbacada que não me ocorreu nada melhor)


 
:: Por onde anda Luiza Fecarotta, que saiu pra comprar cigarros e nunca mais voltou?
(ao som de "Apaga o fogo, Mané", do Adoniran)

Lu, volte!
Estamos definhando sem sua presença alegre e marota no nosso dia-a-dia!


domingo, junho 08, 2003
 
galera,

o zine da amorosa cia pneumática (http://www.amorosa.tk) está querendo fazer
uma edição especial para o dia dos namorados que foi reinventado para o dia
do amor e queremos a sua ajuda.

mande-nos uma declaração de amor para o seu amado (a)!!! para o email :

marcioyonamine@yahoo.com.br

pode colocar o nome do amado(a) ou não.

o zine sai na quinta!!! por favor, corram!!!



sábado, junho 07, 2003
 
:: tcc maldito dos infernos!!!
(ao som de such a rush do coldplay)

correria e correria. to finalizando o meu tcc e está muito no finzinho. vai vendo! sou uma pessoa quase formada. está dificil de postar aqui ultimamente. meu humor anda capenga. falta de tempo, sabe? quase não tenho falado com a lu (ela está de amor novo) e da mari também não sei mta coisa. semana que vem é pedreira federal. volto na outra para falar das novidades... e parece que tem algumas. bjs lá.



quarta-feira, junho 04, 2003
 
::tenho uma dúvida

Marcio, o que exatamente vc quis dizer com "medinho del valle"???


 
:: nanilandic é uma cidade triste
(ao som de a procura da batida perfeita)

já que todos estão falando de cidades e eu fico com a minha boa e velha aguaceira são paulo, acabei inventado essa cidade aqui chamada "nanilandic"( que nem é minha aliás), capital nacional do scanner de mão e do papel higiênico. esperem por relatos!



segunda-feira, junho 02, 2003
 
::O rock e o rap dizem ‘eu sou o samba’
(ao som de a maldição do samba de marcelo d2)

Hugo Sukman

Até lá por meados dos anos 60, a unidade musical brasileira era chamada de samba. “Sambinha novo, Orfeu?” era a pergunta, mesmo se o enamorado de Eurídice tirasse do pinho uma dolente valsa. Hoje, que o samba está exilado do mercado na mão da nobreza (de Luiz Grande e Zeca Pagodinho a Aldir Blanc e Paulinho da Viola, de Moacyr Luz e Monarco a Nei Lopes e Chico Buarque...) ou confinado à vulgarização do samba-de-raiz (este parente do forró universitário), artistas brotados da lama — no sentido chicoscienciano — do pop reivindicam para si a filiação ao samba. Relação de filho com direito a revoltas e má-criações, mas reconhecendo que, ao modelo dos compositores pop de antigamente, o samba continua mãe de todos.

Marcelo Camelo, do Los Hermanos, quer agradar a namorada-fã de Chico Buarque e abre o terceiro disco da banda, “Ventura” (BMG), com “Samba a dois”, levado com guitarras percussivas e melodia cheia de curvas. “Não, eu não sambo mais em vão/O meu samba tem cordão/O meu bloco tem sem ter e ainda assim/Sambo bem a dois por mim/(...) Sambo por gostar de alguém gostar de”. Depois, deixa clara a provocação no refrão: “Quem se atreve a me dizer/Do que é feito o samba?”. É uma provocação à idealizada namorada buarquiana e também uma declaração de amor (e um pouquinho de ódio filial, vá lá) ao próprio samba de um Chico Buarque tão jovem quanto Camelo hoje. Nos anos 60, Chico escreveu o discriminatório (do que é ou não o samba) “Tem mais samba”, citado diversas vezes na canção dos Hermanos: “Deixa haver samba no peito de quem chora”, “Vem que passa o teu sofrer”, “Já que um bom samba não tem lugar nem hora”.

Em seu segundo disco solo, “À procura da batida perfeita” (Sony), o rapper Marcelo D2 é ainda mais explícito na relação que propõe ao samba. No rap-título, a partir de uma base sampleada do violão cheio de balanço de Luiz Bonfá (referência esperta, que já diz tudo), o cantor do Planet Hemp avisa: “Eu vou no samba à procura da batida perfeita então corre/A batida é minha cheguei primeiro/No ruim faz a fezinha que é tudo por dinheiro/solto na Babilônia e lá procuram a paz/Perderam o manual e agora como faz?”

Fica ainda mais explícito no manifesto “A maldição do samba”: “Globalizando ou, não mantenho meus laços/Do hip hop ao samba é compasso por compasso/Nem feliz nem aflito nem no lugar mais bonito/Nada mais interfere no quadro que eu pinto/À benção velha guarda o samba de terreiro/A maldição te pega no Rio de Janeiro”, canta citando “Poder da criação” (João Nogueira e Paulo César Pinheiro). E, ao samplear o “Argumento” de Paulinho da Viola, repetir a relação filial (revoltada e amorosa) do Los Hermanos com Chico Buarque. Quando Paulinho fala em “não me altere o samba tanto assim”, D2 qualifica tal postura como A maldição samba, ao mesmo tempo dando razão ao chamado à razão de Paulinho e o combatendo ao fazer do samba, rap. Ou, como ele mesmo diz no refrão de “Vai vendo”, “Eu vim com o pesadelo do pop/Eu sei, no samba represento o hip hop”.

Tanto “Ventura” quanto “À procura da batida perfeita” são grandes discos, de exceção no comportado pop brasileiro. O quarteto carioca consegue a síntese de sua linguagem muito própria: nem o rock ortodoxo e leve do primeiro disco (que gerou o megassucesso à Beatles “Anna Julia”), nem a melancolia circense e pesada do segundo (mas cuja sonoridade ainda era ortodoxamente roqueira), e sim um disco de rock impregnado de influência brasileira. Além do samba, há influências várias como o Ivan Lins dos anos 70 presente no piano de Bruno Medina e na harmonia de “Conversa de botas batidas” (Camelo).

O fato de os Hermanos chamarem o não-roqueiro Kassin para produzir “Ventura” já revela a intenção. E o produtor conseguiu a justa medida da cara mais lírica e leve da banda (nas composições de Camelo) com a face mais densa (das composições de Rodrigo Amarante, como a ótima “Do sétimo andar”, com versos da estirpe de “Eu via você/E a luz desperdiçada de manhã/No copo de café”); ou da matriz roqueira ao experimentalismo e à influência brasileira.

D2 busca a batida perfeita (no caso dele a incorporação do samba ao rap) auxiliado pelo produtor americano-brasileiro Mario Caldato. Em relação ao disco anterior, “Eu tiro é onda”, o progresso é nítido. Tanto nas referências do samba — sai Bezerra da Silva e entra João Nogueira (sampleado também em “Re:batucada”) — como na maturidade do seu verso. Que diz: “Sorria, meu bloco vem descendo a cidade/Vai haver carnaval de verdade/O samba não se acabou”. Amém.