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sexta-feira, novembro 16, 2007
:: Do instinto materno e outros mitos Mas confesso que ainda é um pouco esquisito. Às vezes ter uma filha me pega de surpresa. Eu olho pra ela e acho surreal aquela pessoinha deitada na minha cama, batendo as perninhas e rindo banguela pra mim. Como pode, meu bom Deus?, essa perfeição toda (ha-ha!) saiu de mim? Fui eu que fiz? Porque o pai tudo bem, o pai dela é o mais incrível de todos os tempos. Mas EU??? Eu e minha inadequação, eu e minha imaturidade, eu e minhas pernas tortas? Como posso ter tido uma filha? Uma boneca adorável de olhos azuis, ainda por cima? Até a palavra filha ainda soa estranha na minha boca. Minha filha. Céus! É quase inconcebível. Sabe aquele papo de que quando nasce um bebê nasce também uma mãe? Falta dizer que ambos, mãe e bebê, não estão de forma alguma prontos quando nascem. É depois de uns bons meses e muito choro de ambas as partes que a coisa começa a funcionar direitinho. Isso derruba aquele mito do instinto materno no sentido de que somos mães prontinhas, infalíveis e incondicionalmente amorosas no instante em que nasce o filho. O instinto existe sim no sentido de proteção, de você de alguma maneira saber garantir a sobrevivência daquele ser tão pequenininho. Mas aquela aura de mãe , aquele amor instantâneo que eu achava que ia me arrebatar no instante em que olhasse pra Alice, esse não foi bem assim.
Enfim, tudo isso pra dizer que ser mãe é coisa que se aprende. Ser e gostar de ser. A gente chora, se descabela e bate cabeça, até que um belo dia se dá conta, sem dúvida nenhuma, que nasceu pra isso. |
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