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terça-feira, dezembro 19, 2006
:: episódio 02 > magnolia electro co + metric + sarah blasko + the night shift lullaby - magnolia electric co. : banda com fortes influências do bom folk americano. aqui uma música inspirada em canções de ninar com ares trágicos. + too little too late - metric : power trio canadense que tem doce emily haines nos vocais. ela tb participa do esquisito "broken social scene". + hammer - sarah blasko : cantora australiana que lembra um pouco cat power. segunda-feira, dezembro 18, 2006
:: móveis + magic numbers + new order inaugurando o podcast, vou postar 3 bandas bacanudas: + móveis coloniais de acajú _ copacabana : galera de brasilia que faz um ska+funk+swing+samba-rock+letras bem humoradas. assisti ao show deles no ccsp e é fenomenal. uns 12 neguinhos pulando no palco, caóticos, se divertindo horrores. + the magic numbers _ take a chance : banda londrina que bebe da parte brega dos anos 70: abba. o primeiro disco tinha umas guitarras distorcidas, mas este segudo é mais calmo. boas baladas a dois. + new order _ age of consent: o show de são paulo foi ótimo! eu achava que os caras iriam fazer uma pose mais blasé um pouco pela imagem que tenho da galera de música eletrônica. não foi nada disso. uns velhinhos, desengonçados, se divertindo muito no palco. na platéia tinha gente de todo tipo. os mais modernosos que gostam das coisas mais novas e a galera que ouvia a banda nos bailinhos da vida. esta música é pouco conhecida, mas é uma das mais bonitas dos caras. quarta-feira, novembro 22, 2006
_ itï?½s all good - el perro del mar o el perro del mar é uma banda sueca que vem fazer show aqui no brasil em dezembro. vai um pouco na linha do cat power, mas a vocalista sarah assbring - aliás ela é a banda - impõe em sua voz uma delicadeza lúdica e infantil. as músicas são melancólicas e tem arranjas retrô muitas vezes lembrando as canções bregas francesas. quando vi a figura da sarah já gostei -- acho que todos sabem do meu gosto por mulheres esquisitas. a música que coloco aqui é a mais alegre do disco. Powered by Castpost terça-feira, novembro 21, 2006
:: a day for music estou começando uma coluna nova: a day for music. eu ia colocar uma música por dia, mas como eu não represento a parcela da população que tem compromisso com uma frequencia exata, resolvi colocar músicas bacanudas que ando ouvindo e que acho que as minhas colunistas também possam gostar. o bom desta coluna - para minha preguiça pós-moderna - é que ela será feita com fonte wiki, isto é, vou chupinhar as informações do last.fm -- outro site bacanudo -- para que as pessoas que tiverem coragem de ouvir possam ter algum background ou como dizem aqui: contexto. a minha educação musical foi via napster. antes de entrar na faculdade quase não tive amigos bacano-musicais. o que eu ouvia era a fm jabá -- para se ter idéia da minha falta de naipe. quando entrei na faculdade conheci a nivão, amiga que me mostrou uns sons estranhos e que gostei. daí então eu fico tendo fases em que necessito ouvir algo novo, diferente, estranho e pulantinho. eu digo fases porque tem época que eu só ouço velharia, chega a ser um porre, mas é fase. descobri esta banda americana lendo um artigo no new music express. depois, dá-lhe emule. abrindo parenteses: o emule é a evolução do napster. no emule você encontra álbuns inteiros e tem gente tão gente boa que coloca até as capinhas e o encarte, tudo muito bem escaneado. já peguei uns arquivos que vinham até as letras! sem falar naqueles comunistas eletrônicos gente fina que colocam discografias. hoje em dia não tem como uma pessoa se educar musicalmente sem um negócio destes. fechando parenteses. _ standing In the way of control - the gossip Powered by Castpost o gossip é uma banda de portland que encarna o power trio punk. bastante vigoroso o que chama atenção é a vocalista beth diddo. a mina é totalmente fora dos padrões. primeiro que é uma branquelona com um vozeirão de negra. segundo que o som é punk com entoadas soul. ao contrário das bandas de minas malucas gritando no microfone (yïïï?½½½s), o gossip tem uma linha melódia bacana e ao invés de ficar se jogando contra paredes e chutando pessoas (que dependendo da situação nem é tão ruim), com gossip a gente dança. segunda-feira, novembro 20, 2006
segunda-feira, setembro 25, 2006
:: paulinho da viola ouvir paulinho da viola cantar "para um amor em recife" deve ser um desses acontecimentos que tornam a vida um pouco melhor. quinta-feira, setembro 21, 2006
::Me Me Me Sou "noiva-do-ano" e "presidente-de-seção-eleitoral" num espaço de apenas 20 dias. Preciso dizer que ando cheia dos DELÍRIOS DE PODER? quarta-feira, setembro 06, 2006
:: só para registro 1.9.2006 - show de teresa cristina. maravilhoso. menina do bem cantando samba de além. 2.9.2006 - show do los hermanos. fiasco. 5.9.2006 - show do jamie cullum. arrebatador. o cara pula, faz scat, toca batera, fala português, convida maria rita, tira beatbox do piano. 6.9.2006 - show do cardigans 9.9.2006 - show do chico buarque 26.9.2006 - show do pato fu 13.11.2006 - show do new order e ainda tem a temporada do paulinho da viola em sampa city. e a garganta que inflama... márcio de cama. quinta-feira, agosto 10, 2006
CARTA ABERTA AO BRADESCO Senhores Diretores do Bradesco, Gostaria de saber se os senhores aceitariam pagar uma taxa, uma pequena taxa mensal, pela existencia da padaria na esquina de sua rua, ou pela existencia do posto de gasolina ou da farmacia ou da feira, ou de qualquer outro desses servicos indispensaveis ao nosso dia-a-dia. Funcionaria assim: todo mes os senhores, e todos os usuarios, pagariam uma pequena taxa para a manutencao dos servicos (padaria, feira, mecanico, costureira, farmacia etc). Uma taxa que nao garantiria nenhum direito extraordinario ao pagante. Existente apenas para enriquecer os proprietarios sob a alegacao de que serviria para manter um servico de alta qualidade. Por qualquer produto adquirido (um paozinho, um remedio, uns litros de combustivel etc) o usuario pagaria os precos de mercado ou, dependendo do produto, ate um pouquinho acima. Que tal? Pois, ontem sai de seu Banco com a certeza que os senhores concordariam com tais taxas. Por uma questao de equidade e de honestidade. Minha certeza deriva de um raciocinio simples. Vamos imaginar a seguinte cena: eu vou a padaria para comprar um paozinho. O padeiro me atende muito gentilmente. Vende o paozinho. Cobra o embrulhar do pao, assim como, todo e qualquer servico. Alem disso, me impoe taxas. Uma "taxa de acesso ao paozinho", outra "taxa por guardar pao quentinho" e ainda uma "taxa de abertura da padaria". Tudo com muita cordialidade e muito profissionalismo, claro. Fazendo uma comparacao que talvez os padeiros nao concordem, foi o que ocorreu comigo em seu Banco. Financiei um carro. Ou seja, comprei um produto de seu negocio. Os senhores me cobraram precos de mercado. Assim como o padeiro me cobra o preco de mercado pelo paozinho. Entretanto, diferentemente do padeiro, os senhores nao se satisfazem me cobrando apenas pelo produto que adquiri. Para ter acesso ao produto de seu negocio, os senhores me cobraram uma "taxa de abertura de credito" - equivalente aquela hipotetica "taxa de acesso ao paozinho", que os senhores certamente achariam um absurdo e se negariam a pagar. Nao satisfeitos, para ter acesso ao paozinho, digo, ao financiamento, fui obrigado a abrir uma conta corrente em seu Banco. Para que isso fosse possivel, os senhores me cobraram uma "taxa de abertura de conta". Como so e possivel fazer negocios com os senhores depois de abrir uma conta, essa "taxa de abertura de conta" se assemelharia a uma "taxa de abertura da padaria", pois, so e possivel fazer negocios com o padeiro depois de abrir a padaria. Antigamente, os emprestimos bancarios eram popularmente conhecidos como "Papagaios". Para liberar o "papagaio", alguns gerentes inescrupulosos cobravam um "por fora", que era devidamente embolsado. Fiquei com a impressao que o Banco resolveu se antecipar aos gerentes inescrupulosos. Agora ao inves de um "por fora" temos muitos "por dentro". Tirei um extrato de minha conta - um unico extrato no mes - os senhores me cobraram uma taxa de R$5,00. Olhando o extrato, descobri uma outra taxa de R$ 7,90 "para a manutencao da conta" - semelhante aquela "taxa pela existencia da padaria na esquina da rua". A surpresa nao acabou: descobri outra taxa de R$ 22,00 a cada trimestre - uma taxa para manter um limite especial que nao me da nenhum direito. Se eu utilizar o limite especial vou pagar os juros (precos) mais altos do mundo. Semelhante aquela "taxa por guardar o pao quentinho". Mas, os senhores sao insaciaveis. A gentil funcionaria que me atendeu, me entregou um caderninho onde sou informado que me cobrarao taxas por toda e qualquer movimentacao que eu fizer. Cordialmente, retribuindo tanta gentileza, gostaria de alertar que os senhores esqueceram de me cobrar o ar que respirei enquanto estive nas instalacoes de seu Banco. Por favor, me esclarecam uma duvida: ate agora nao sei se comprei um financiamento ou se vendi a alma? Depois que eu pagar as taxas correspondentes, talvez os senhores me respondam informando, muito cordial e profissionalmente, que um servico bancario e muito diferente de uma padaria. Que sua responsabilidade e muito grande, que existem inumeras exigencias governamentais, que os riscos do negocio sao muito elevados etc e tal. E, ademais, tudo o que estao cobrando esta devidamente coberto por lei, regulamentado e autorizado pelo Banco Central. Sei disso. Como sei, tambem, que existem seguros e garantias legais que protegem seu negocio de todo e qualquer risco. Presumo que os riscos de uma padaria, que nao conta com o poder de influencia dos senhores, talvez sejam muito mais elevados. Sei que sao legais. Mas, tambem sei que sao imorais. Por mais que estejam garantidas em lei, tais taxas sao uma imoralidade. Brasilia, 30 de maio de 2006. Delman Ferreira quarta-feira, agosto 09, 2006
:: this the end? acho que esse espaço acabou mais uma vez. daqui a pouco renasce, mas cada ano mais sem sentido. sexta-feira, julho 28, 2006
:: agenda de shows + 1 de setembro - teresa cristina e grupo semente no auditório do ibirapuera + 5 de setembro - jamie cullum na via funchal + 6 de setembro - cardigans na via funchal + 9 de setembro - chico buarque no tom brasil + 13 de novembro - new order na via funchal ainda faltam as datas do tim festival e do motomix. tô fudido. segunda-feira, julho 24, 2006
::Que tempo bom que não volta nunca mais Tenho saudades daquela época em que existiam estações do ano, lembram? :: natália brincamar estou num projeto novo que tem me empolgado bastante. chama-se "natália brincamar" e nele posso realizar um antigo sonho: escrever tirinhas como se fosse para os jornais dominicais. o meu autor favorito nesta empreitada é o laerte, mas posso dizer que há qualquer de parachutes nele. =) a tarefa de desenhar eu deixo com a talentosa natacha, artista plástica portuguesa muito talentosa e sensível que conseguiu de uma forma incrível dar vida a uma personagem que vivia entre meus dedos e as nervuras do meu coração. (www.fotolog.com/meninapatchwork) espero que possam acompanhar as desventuras de natália e da sua turma (que logo aparecerão). www.fotolog.com/brincamar sábado, julho 22, 2006
:: revolver dos beatles eu estava lendo na folha de são paulo que o álbum revolver faz 40 anos em agosto. muitos dizem que o stg. peppers é o melhor disco dos beatles. não discordo, mas gosto de pensar que o revolver e o stg. peppers na verdade são duas faces da mesma moeda como o kid a e o amnesiac do radiohead. além das músicas, claro, o que eu gosto nos beatles é a criação de um universo próprio, cheio de personagens e situações. quase uma mitologia. no vídeo de "free as a bird" há uma coleção dessas figuras. para quem gosta, como eu, é um prato cheio. vai um link bacana de um cara que deu uma vasculhada frame a frame. e o revolver tem a minha música favorita dos beatles: eleanor rigby. quinta-feira, julho 13, 2006
:: vanucci em linha reta eu sou fã do vanucci. não pela pinga que o cara esponjou. mas porque ele representa toda aquela classe de malvindos ao mundo. fernando pessoa já dizia em seu poema em linha reta: " Quem me dera ouvir de alguém a voz humana/ Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;/ Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia! / Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam. /Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?". não dá para imaginar alguém como willian bonner ou o casoy ou a white fibe ou aquela padrão fazer coisa semelhante. eu não dou crédito alguma eles! são todos semideuses!!! o que o vanucci não sabia era que, em época pós-moderna, ao vivo é dejavu. quarta-feira, julho 12, 2006
:: lost eu estava assistindo a segunda temporada do lost quando uma cena nada a ver aparece e fico em pânico pois não havia acabado de baixar o próximo capítulo. a cena em questão é das mais surreais possíveis. e eu, ansioso, estava esperando a droga do emule acabar de baixar o próximo. e aí me vem a revelação: flash back:lost é o tipo de seriado que pode fuder uma pessoa, como 24 horas. lembro-me que eu peguei a maratona na fox do 24 horas e quase prejudiquei (fodi) meu tcc. voltando aos dias atuais: simplesmente a cena surreal é a última da temporada. me deu vontade de socar a mariana não sei porquê. talvez porque ela também tenha algum segredo e não queira contar... e aí mariana, o que é esse tal de widford? :: parachutes.radio.station.02 Powered by Castpost + still in love - cat power - a mulher mais sexy e desengonçada que já conheci. + never recover - the cardigans - tem um gente meio sombrio e meio cute, fora o tchutchuru syle. + brand new cadillac - the clash - um clássico dos caras + what?s happened to my rock n roll - black rebel motorcycle club - pegada punk, fico doidão. + freeze the saints - stephen malkmus - bem na linha pavement, boa balada para acabar. terça-feira, julho 11, 2006
Sabe o que é um pouco triste? Reler os arquivos do blog de que a gente tanto se orgulhava e constatar o quanto éramos cretinos. ("Éramos" foi ridículo. Falo por mim, obviamente.) domingo, julho 09, 2006
:: copa do mundo o que será que o zagueiro italiano disse ao zidane, um jogador experientíssimo, para que lhe desse uma cabeçada? 1. eu amo a sua mãe. 2. não, zidane, eu sou seu pai. 3. eu sei o final de lost e não vou te contar. 4. me dá uma cabeçada? quarta-feira, julho 05, 2006
:: parachutes.radio.station.01 Powered by Castpost 1. both sides of the gun - ben harper 2. it hurts see you dance so well - the pippetes 3. croocked teeth - death cab for cutie 4. 11.33 - the gift 5. cash machine - hard-fi segunda-feira, julho 03, 2006
:: a matemática de parreira em entrevista, parreira diz que jogou 5 vezes e perdeu 1. mas em um outra entrevista ele mesmo diz que a copa do mundo começa nas oitavas: logo, parreira jogou 2 e perdeu 1. na matemática do márcio, o brasil teve 4 jogos a partir das oitavas. ganhou contra gana, perdeu para a frança, e foi w.o. nas semi e finais. logo, foram 4 jogos e 3 derrotas... parreira! manipular numeros o maluf faz melhor!!! quarta-feira, junho 28, 2006
:: Mulheres na copa Vocês notaram que o cabeleireiro da Fátima Bernardes voltou pro Brasil mais cedo? :: mulher e futebol como estou de férias, acabo assistindo a todo tipo de programa de tevê. e foi de um que ouvi o questionamento mais sensato sobre futebol, aliás feito por uma mulher: "por que todos os países falam mal do brasil por não jogar bonito se eles mesmos não jogam? inglaterra, frança, alemanha, todos jogam um futebolzinho burocrático e não podem mais que isso." reitero a minha opinião para que as mulheres mandem no mundo. :: copa do mundo os americanos deram a escalação do time campeão. 1 - Did are 2 - Car full 3 - look see you 4 - who one 5 - when mear son 6 - who bear to car loss 7 - add dream an no 8 - car car 9 - Who now do ( Few now mem no ) 10 - Who now dream you gay you show 11 - Zero bear to 12 - who jerry scene 13 - see seen you 14 - Crisis 15 - lowis on 16 - G you bear to 17 - June in you 18 - Mean arrow 19 - G you bear to silver 20 - Rich are dream you 21 - Fried 22 - July seissor 23 - Who bean You terça-feira, junho 27, 2006
:: No-Scrubs na Copa! "Eu considero invasão de privacidade sim. E o pior é que eles sempre erram por incompetência". Com essas palavras, em tom irritado e com fisionomia séria, o técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, expressou sua insatisfação com a leitura labial feita sobre suas falas durante o jogo contra o Japão. O problema nem é tanto a incompetência. O problema é querer fazer leitura labial de um cidadão sem lábios. :: copa do mundo da cartilha básica do futebol: contra defesa em linha, enfiada de bola. o parreira tem 30 anos de carreira e não sabe disso? sábado, junho 24, 2006
:: copa do mundo minha seleção para enfrentar gana: rogério ceni cicinho chris juan gilberto gilberto silva zé roberto juninho pernambucano kaká robinho ronaldinho gaúcho sexta-feira, junho 23, 2006
:: No-Scrubs na Copa! O Zico liga pro Parreira um dia antes de Brasil X Japão: - Pô Parreirão, vocês já tão classificados, dá uma força aí, vai? - Tá bom, Zico, tá bom. Vou colocar o time reserva, ok? - NÃO! O TIME RESERVA NÃO! (Tá, o timing foi péssimo. Mas eu ri muito quando escutei isso - até pq não tinha entendido que era uma piada...) quinta-feira, junho 22, 2006
:: me and you and everyone we know terça-feira de cinema. pensei em assistir ao missão impossível 3 (o primeiro do brian de palma é excelente), mas aí eu vi que já tinha saido de cartaz. pensei: o tom cruise tá zoado. não tinha outro filme que gostaria muito de assistir além desse. estou numa fase que cinema tem que ser algo muito espetacular imageticamente. não tenho tido paciência para filmes simples. mas aí eu dei a chance para esse "eu, você e todos nós". recebi comentários bons e ruins. já fui com o pé atrás achando que ia ser lento e arrastado. sai do filme com lágrimas nos olhos. é o melhor filme que assisti desde "brilho eterno de uma mente sem lembranças" e olha que isso foi há alguns anos. todo o filme me pegou. desde da personagem de mrianda july que também é diretora, até as delicadezas de todos os movimentos internos do filme. sabe quando você tem umas idéias na cabeça mas não consegue conversar com as pessoas porque elas não vão te entender, ou até vão, mas não vão se interessar ou porque elas não querem saber mesmo? o filme conversou comigo de uma forma que poucos fazem. senti-me desnudado. aquele sentimento de ser um cara esquisito me soou bom no fim da sessão. o tempo, o digital, as atitudes, os diálogos, o amor, o sexo, a juventude, a amizade. tudo tecido com uma sensibilidade impressionante. saí com várias idéias novas. e poucas são as situações e pessoas que te provocam o novo. miranda july e seu filme me disseram sim. eu quase assisti de novo na sessão seguinte, senão fosse a tosse. segunda-feira, junho 19, 2006
:: as aventuras de homer simpsons no espaço sideral simpsons é daqueles seriados que poderiam ter um canal próprio. se reprisassem todos os episódios das suas 18 temporadas não incomodaria ninguém. de vez enquando, a gente colocaria no canal x para rir um pouco das contradições desse mundo cão. como a fox nunca pensaria numa idéia dessas e se já pensou, não levou a sério, estou colecionando todas as temporadas na medida que elas saem em dvd. a quarta temporada tem um video que conta um caso interessante. chama-se: os simpons contra bush. nome muito atrativo. nem assisti aos episódios e fui direto ver o que se tratava. ao que parece, a mulher do bush, o pai, enquanto era primeira dama, disse publicamente que não encontrava coisa mais estúpida que os simpsons. os produtores então mandaram uma carta resposta de marge simpson dizendo que os simpsons são uma família americana, com suas qualidades e defeitos, ao qual a própria barbara bush respondeu cordialmente. depois, o presidente bush, o pai, disse em campanha que os eua deveriam lutar para ser menos "simpsons". achei isso bastante curioso e me trouxe uma boa interrogação: há algo parecido com isso no brasil? acho que não. os caras tem sorte e nem sabem... deve fazer parte desse jeito "simpsom" de ser. mas voltando aos simpsons, passou na fox um episódio em que o homer para ter mais respeito de todos decide tornar-se astronauta. claro que dá merda. no meio do episódio, aparece o james taylor cantando para os astronautas enquanto estes últimos são atacados por formigas que o homer acidentalmente libertou com uma cabeça enquanto flutuava e comia batatas fritas (!). bom, tudo para dizer que aindei ouvindo james taylor esses dias. domingo, junho 18, 2006
:: copa do mundo se eu fosse o parreira (talvez a suposição mais comum em época de copa do mundo, muito mais que "se eu fosse rico", "se a gisele bundchen me achasse gostoso" e "se os sushis fossem mais baratos"), se eu fosse o parreira chamaria o bernardinho, o tecnico da seleção nacional de volei, para falar com os jogadores. aliás se fosse legal fazer gol de mão, eu colocaria os jogadores de volei para jogar futebol. :: No-Scrubs na copa! Pensamento do dia (proferido quando o Fenômeno furou a bola): "Quem morreu foi o Ronaldo, o Bussunda tá jogando na seleção." sábado, junho 10, 2006
:: The wonderful world of the rich and famous (haha!) Email que eu recebi 15 minutos depois de agendar um depoimento (com foto - ui!) pruma certa revista de enorme circulação em SP: "Olá Mariana Tudo bem? Meu nome é XXX (não vou revelar o nome porque seria indelicado e, como veremos, ela lê o blog), trabalho na TV Globo. Acabei de ver o seu post, sobre ter "perdido o namorado pra copa do mundo". Estamos fazendo uma matéria para o Jornal HOJE que é justamente sobre isso. Você estaria interessada em dar uma entrevista na segunda-feira? Aguardo um contato, Abs XXX Tv Globo - São Paulo" Gente, tô bombando! L.u.s.h.o! sexta-feira, junho 09, 2006
quinta-feira, junho 08, 2006
:: waking life #004 01. it hurts to see you dance so well - the pipettes 02. whatever happen to my rock n roll - black rebel motorcycle club 03. dancin day - led zeppelin 04. escurinha - cartola 05. house rent stomp - big bill bronzy 06. i?m down - the beatles 07. sexx laws - beck 08. hello, my darling - billie holiday 09. quero alegria - nelson cavaquinho 10. baby astrolab - drugstore 11. they all laughed - ella fitzgerald 12. human nature - madonna 13. o filho predileto de rajneesh 14. sugar kane - sonic youth 15. cash machine - hard-fi 16. não vá se perder por aí - os mutantes 17. 11.33 - the gift 18.freeze the saints - stephen malkmus quarta-feira, junho 07, 2006
:: waking life #003 01. svefn-g-englar - sigur ros 02. still in love - cat power 03. she kissed me - spiritualized 04. l.a. woma - doors 05. stop crying your heart out - oasis 06. gotta get back - shelby lynne 07. reverso da paixão - paulinho da viola 08. aond quer que eu vá - paralamas do sucesso 09. never recover - the cardigans 10. 60mph - new order 11. big exit - pj harvey 12. crush with eyeliner - rem 13. brand new cadillac - the clash 14. body movin - beastie boys 15. maxwell s silver hammer - beatles 16. downhearted blues - bessie smith 17. like a rolling stone - bob dylan 18. the land beyond - british sea power terça-feira, junho 06, 2006
:: walking life #002 01. panic - the smiths 02. nova ilusão - paulinho da viola 03. hello sunshine - super furry animals 04. tecnicolor - os mutantes 05. love me like you - the magic numbers 06. the letter - p. j. harvey 07. 1979 - smashing pumpkins 08. unfair - the pavement 09. just - radiohead 10. up the bracket - the libertines 11. some velvet morning - primal scream 12. vida diet - pato fu 13. angel of harlem - u2 14. navegar impreciso - paralamas do sucesso 15. elderly woman behind the counter in small town - pearl jam 16. aeroplane - red hot chili peppers 17. she don?t use jelly - the flaming lips 18. put a lid on it - squirrel nut zippers segunda-feira, junho 05, 2006
:: walking life #001 vou colocar o que eu ouço enquanto faço caminhadas. assim também eu me disciplino um pouco. 1. xote da navegação - chico buarque 2. rebellion (lies) - arcade fire 3. i get around - beach boys 4. you can?t do that - beatles 5. where it?s at - beck and flaming lips 6. trailerpark - blur 7. subterranean homesick blues - bob dylan 8. cidadão do mundo - chico science e nação zumbi 9. daylight - coldplay 10. suzie q - creedence clearwater revival 11. a little less conversion (remix) - elvis presley 12. san francisco bay blues - eric clapton 13. california waitin - kings of leon 14. don?t wait too long - madeleine peyroux 15. heavy metal drummer - wilco 16. ride - the vines 17. reptilla - the strokes 18. paranoid android - radiohead domingo, maio 28, 2006
:: pra valer o dia confesso que ando desanimado em escrever. talvez seja inferno astral ou qualquer outra coisa passageira. qualquer dia eu volto... assim... como quem canta e não se sente deslocado. sexta-feira, maio 26, 2006
:: Pronto, falei II Quem conhece a Luiza sabe que uma das frases que ela mais usa é "falo mesmo!" (e variações: "compro mesmo!", "reclamo mesmo", "invento mesmo!" e etc). Sempre assim, ultra-bem-resolvida. O que poucos sabem é que a frase veio de uma história verídica que certa vez eu contei pra ela, e prometi que escreveria aqui. Eu achei que ela tinha esquecido dessa promessa idiota, mas ela andou me cobrando, então lá vai. Foi assim: tem essa menina muito engraçada-sem-querer, e tem a mãe, que diz a lenda que é a menina ao cubo. Pois um dia passeavam mãe e filha quando o carro em que estavam toma uma fechada federal (haha, adoro "federal", não faz o menor sentido), o que muito irritou a mãe que ia ao volante. Esbravejando, a mãe seguiu o carro agressor até emparelhar com o motorista, abriu a janela e, com muita raiva e agitando os punhos cerrados no ar, gritou pra ele: seu bobo! (claque de risos, ok?) Depois virou para a filha que a olhava aparvalhada e disse, muito satisfeita: Ah filha, XINGO MESMO! (fim) E é claro que contando ao vivo é mil vezes mais engraçado. Peçam pra Lu que ela sabe imitar direitinho. sábado, maio 13, 2006
Ok, Lu. Cá estou pra dizer em minha defesa: eram os anos 80, baby. Eu estou hypadíssima com o modelón da Zoomp e cabelos à Xororó. É que você era criança nessa época, não tava ligada, não entendia nada da vida ainda. Aliás, e essa sua língua pra fora? Tudo isso era ansiedade e vontade de vencer o barra-manteiga? terça-feira, maio 09, 2006
sexta-feira, abril 28, 2006
quinta-feira, abril 20, 2006
:: o que está no meu mp3 player* * aqueles baratinhos da santa ifigênia, mas que funciona horrrores. + black rebel motorcycle club - os 3 álbuns - já fazendo aquecimento para o curitiba rock festival. rock energético com toques de jesus and mary chain e johnny cash. + adriana calcanhoto - partimpim - não ouço muito, mas fica lá. + pavement - uma coletânea bem bacana que fiz da banda, só filé. + universo ao meu redor - marisa monte - bem mais bacana que o outro disco que ela lançou junto. + invisible tereza - uma coletânea que gravei para uma amiga cheia de musiquinhas para menina: fiona apple, julie delpy, leslie fiest, drugstore, etc... terça-feira, março 21, 2006
:: partimpim eu tardo, mas não falho (na maioria das vezes). ando ouvindo muito esse disco da adriana calcanhoto. não sou muito fã da cantora (muito mais por ignorância do que por gosto), mas esse disco me surpreendeu. a cantora elegeu um playlist ótimo, com nomes consagrados como chico buarque e edu lobo ao lado de gente nova como domenico. mas a sacada do disco é a linha guia que permeia o disco, o conceito como diriam alguns. partimpim é uma personagem, um heterônimo na qual se veste a cantora para atingir, a principio, o mundo lúdico das crianças. até aí você pode pensar que é um disco infantil. mas essa precipitação pode tirar a genialidade desse trabalho. o primeiro acerto é que partimpim não é uma criança, mas alguém que conversa com uma. não se pode subestimar a inteligência delas. e essa sinceridade torna o disco da adriana calcanhotto de uma sensibilidade imensa. o segundo acerto foi o repertório moderno, nada de cantigas do tempo da vó. hoje as crianças são outras, ouvem de tudo que passa na rádio e na tv. a cantora todavia não cai na fácil atração. ela é doce. o terceiro acerto é que a as crianças para quem adriana calcanhotto canta não são apenas aquelas que não desenvolveram seus joelhos ou que possuam os leites da dentição. a cantora fala com pedaços de criança, com resquicios, com tudo que a gente vai deixando para trás na direção quase inevitável do adulto. e por último, considero o disco um dos mais filosóficos que já ouvi. não no sentido acadêmico do termo. mas como visão de mundo. há tantas perguntas nesse disco quanto observações inusitadas. esse disco não dá vontade (ou nostalgia) de querer ser criança de novo. é um exercício para a criança que nunca deixamos de ser. canção da bailarina Powered by Castpost terça-feira, março 14, 2006
sexta-feira, março 10, 2006
:: where it´s at _ beck Powered by Castpost o beck é um desses cantores bacanas norte-americanos que não escondem suas raízes. embora seja bastante eclético -- beck toca de jazz até hip-hop, passando por bossa-nova e rock alternativo -- o cantor tem uma pegada folk muito boa. where it´s at é uma canção em que ele cantou junto com o pessoal do flaming lips numa turnê que fizeram pelos eua. muito boa. quinta-feira, março 09, 2006
:: major leagues _ pavement Powered by Castpost pavement é uma das minhas bandas favoritas. uma guitarra sonsa, cheia de slides toscos. e o vocal, stephen malkus, com uma voz preguiçosa. letras quase sem sentido, mas tudo muito delicado e sensível. e ainda guitarras distorcidas... recomendo! terça-feira, março 07, 2006
:: dvdteca.07.dolls estou começando a perceber que essa lista tem muito de sentimental. a maioria dos filmes que estão na minha estante tem um porque pessoal. kitano é um diretor que eu adoro. ele tem a sensibilidade de colocar uma violência dilacerante com uma ternura contida, típica dos orientais. a câmera de kitano nãos se move. ele quer dar trabalho aos personagens que se deslocam ao longo do plano. a câmera também se posiciona de frente aos persongens, como se os encarrassem. pode parecer grosseira num primeiro momento, mas é uma forma seca de mostrar os trejeitos dos personagens. nesse filme não é diferente. assisti a esse filme com a rê. temos a má (boa) sorte de ver filmes tristes quando combinamos de ir ao cinema. lembro-me que saimos totalmente arrasados. o filme é o enrolar de 3 histórias de amor. um cara que aceita casar com outra pessoa por causa de status. o fã de uma cantora de pop. e um chefe de yakuza que reencontra seu amor antigo. a arte e a fotografia são excepicionais. as roupas chamam muito a atenção. há uma cena linda, apesar de ser extremamente melodramática. é quando a personagem louca olha para o seu amado como quem diz que a loucura não apaga a memória. e ela percebendo que é o homem quem está ficando louco também, desespera-se... lindo. sábado, março 04, 2006
:: dvdteca.06.razão e sensibilidade assisti a esse filme há muito tempo, quase despretenciosamente. qual foi a minha surpresa ao encontrar esse universo inglês de recatos e sentimentos contigos... me indentifiquei prontamente. é um universo em que os sentimentos estão nos movimentos curtos, lentos e quase imperceptíveis. por aí descobri a literatura inglesa: jane austen e logo depois virginia woolf. o filme conta a história de duas irmãs: uma é extremamente racional e esconde seus sentimentos; a outra, ao contrário, é passional e não consegue pensar direito nas coisas. pode ser meio maniqueísta ou simplório. mas o desenrolar da história flui bem. os sentimentos são tensos. é um filme, para mim, que revela a dignifidade que existe no amor. p.s. o livro é ótimo. terça-feira, fevereiro 28, 2006
:: dvdteca.05.a viagem de chihiro uma das coisas estranhas em ser estrangeiro é essa solidão que dá quando evito usar alguns simbolos orientais porque simplesmente não significam muita coisa para a maioria que conheço. as pessoas comem sushi, falam dos mangás e da tecnologia. mas pouca gente se interessa efetivamente pelas culturais orientais a ponto de querer assimilar um pouco em suas vidas. então foi uma surpresa para mim quando ouvi minha irmã bruna mara me dizer: "quando eu vi a viagem de chihiro é como se uma nova perspectiva abrisse para mim". miyazaki é um mitologista. ele cria mundos tanto dramaturgicamente quanto visualmente. é um gênio com uma sensibilidade aguda. a viagem de chihiro é um filme daqueles que faz meu coração achar que está em casa. não são somente os simbolos (porcos, trens, bruxas, yure, espíritos), mas também as relações que cada coisa tem com os personagens e o lugar. quando encontro alguém interessado nesse filme, mas um interesse muito mais cultural do que fílmico, sinto menos solidão. :: dvdteca.04.minha amada imortal confesso a vocês que entendo bulhufas de música erudita. uma ou outra peça posso reconhecer e dizer o nome. mas digo a vocês que a música mais bonita que foi feita é a "nona sinfonia de beethoven" e já tinha isso em mente antes de ver o filme "minha amada imortal". o bacana desse filme não é tanto a relação do criador e obra -- apesar de eu gostar muito mais quando exploram esse tipo de relação nos roteiros dos filmes --, mas os desencontros que vão se seguindo durante o filme. o assistente de beethoven, depois de sua morte, quer saber quem é a amada imortal que citada numa das cartas do compositor. ao entrevistar alguns familiares e amigos, o filme faz um mosaico de visões que nos dá impressão de que beethoven é um cara chato e excêntrico e que isso não condiz com sua obra. no entanto, ao longo da narrativa, percebemos que a mágoa vinha dilacerando sua alma e os desencontros acentuavam isso. até que a seqüência final é de uma redenção surpreendente. enquanto todos tinham como acabado e louco, beethoven apresenta sua nona sinfônia, uma música com uma dramaticidade impar, nuances e que em seu último movimento faz uma celebração da alegria, da felicidade. era como se ele tivesse pego todas as suas felicidades em vida e tivesse tecido uma colcha e exposto aos ouvidos do mundo (no filme, a sequencia é um paralelo entre o compositor sendo aplaudido e um céu de estrelas). ao se virar, beethoven recebe os aplausos com gratidão. um dos personagens diz que a pessoa que compôs aquela música não poderia ser uma pessoa ruim. isso me faz pensar até hoje. :: dvdteca.03.forrest gump este é um dos filmes mais impressionantes que eu já vi. fábula moderna, o filme -- até que inocentemente -- tem esse ar de que os bons de alguma forma vencem. uma das coisas interessantes no filme é que não passamos pela história em vão. mesmo que não tenhamos nossos nomes escritos no livros, somos agentes da história e mesmo que o personagem do filme não queira e não saiba disso, ele tb faz parte (bretch perguntava onde estaria o nome do cozinheiro de napoleão porque ele também fazia parte da história). outra coisa é o relacionamento que forrest tem com sua amada. algo muito puro e de certa forma utópico. mas o interessante dessa relação é como o amor (ou seu representação) de jenny vai se transformando durante o filme até o momento em que ela aceita forrest e abdica de suas angustias. o amor em jenny é visceral. ela vai para o mundo tentar viver, mudar, ser o mundo. mas esbarra em perguntas singelas que vem de forrest: "why don´t you love, jenny? I'm not a smart man, but I know what love is." diz forrest. mas a cena sensacional desse filme é quando forrest encontra seu filho. e num momento dramático ele pergunta a jenny se seu filho tem algum tipo de deficiência mental. até esse momento pensamos que forrest está a revelia de qualquer consciência do mundo, que está sendo levado como uma pena. mas ao revelar que ele tem consciência de suas limitações, somos totalmente desarmados. muitas vezes escondemos nossas fraquezas para sobreviver a esse mundo muitas vezes tão vil. outras vezes simplesmente esquecemos. mas o que fazer quando nossas fraquezas podem prejudicar quem amamos? de uma certa forma, forrest gump é um filme até tolo, ingênuo e que pode errar em muitos detalhes históricos. mas acho que dá para pensar que nossa vida, de alguma forma, é tão extraordinária como de forrest ou mesmo como de drummond ao ver sua mãe coser enquanto ele própria lia as histórias de robson crusoé. :: dvdteca.02.noites de cabíria para mim, fellini é um dos grandes gênios do cinema. me apaixone pelo jeito que ele faz cinema depois de assistir ao seu "amarcord". extremamente sensível e engraçado! noites de cabíria não foge a regra e acho que um dos melhores filmes. a maioria dos cinéfilos gosta do "8 e meio" ou da "doce vida". tenho impressão que esses filmes são mais intelectuais. o amarcord e o noites de cabíria são filmes que tocam mais na emoção. eu assisti a giulietta masina pela primeira vez no filme "a estrada". e foi amor a primeira vista. nunca me ocorreu que a figura femina podia ser sensível em um palhaço. sempre tive o palhaço como o exagero de alguma característica. mas giulietta masina em "a estrada" coloca a delicadeza num tom visceral. as noites de cabíria é um filme divertido. são as peripécias de uma prostituta em busca de um verdadeiro amor numa roma suja e cheia de vícios. mas o que é devastador é o desfecho da história. fellini simplesmente destruiu o meu coração com aquela cena final. sai do cinema (sim! eu vi numa sala de cinema) totalmente destroçado emocionalmente mas também com uma vontade maluca de esperança. não consiga parar de repetir na cabeça: ca.ra.lho. ca.ra.lho.ca.ra.lho... o gravador de dvd é uma grande maravilha da tecnologia. eu tinha o costume de gravar filmes em vhs, mas como a fita era muito cara, eu colocava 3 filmes numa fita no modo ep (aquele q deixa a imagem muito ruim). com o shrink (o programa que copia) eu praticamente tenho o melhor que o dvd pode oferecer numa mídia que custa 2 reais. acabei tendo o costume de gravar filmes ora por que gosto muito, ora para assistir depois (de semana é mais barato alugar e posso assim ver no final de semana). vou começar a deixar uma lista comentada de filmes que gosto muito. :: dvdteca.01.paciente inglês esse dvd que eu tenho é original. comprei numa promoção lá na santa ifigênia. foi o primeiro filme a que assisti da minha tradição de no meu aniversário ir ao cinema. um filme muito sensível com esse clima de época que adoro. a fotografia é belíssima e a direção também. gosto da tensão que há entre os personagens e o fim trágico. pelo filme, acabei comprando o livro num sebo. posso dizer que o filme é tão bom quanto livro apesar deste último ter outras sutilezas. gosto muito da idéia de ter um caderno em que se anota as coisas da nossa vida. um sistema sem muita lógica, mas que vai registrando. no filme, o caderno a que me refiro acaba sendo escrito a quatro mãos e as leituras de um terceiro e quarto personagem dão outra dimensão ao caderno. sexta-feira, fevereiro 17, 2006
:: o preconceito norte-americano tenho medo de cair no preconceito com o norte-americano (não o canadense), mas acho que é um povo bem mal informado em muitas questões. principalmente ao que se refere ao terceiro mundo. eu já havia desencanado do orkut muito por causa das comunidades excessivamente preconceituosas com qualquer forma de cultura que não seja norte-americana. nesses dias, descobri um site bacana chamado youtube.com . lá é possível hospedar vídeos como se fosse blog e o mais interessante é que é possível criar teias de relacionamentos através de palavras-chaves. para assistir os meus clique aqui (tem até coisa estrelando a nossa querida mari). bom, nesse site eu encontrei algumas coisas em video sobre capoeira. quando comecei a ler os comentários me assustei de novo. os norte-americanos simplesmente comentando coisas como "que bosta!", "kung-fu dá um pau neles", etc.. acho que na cultura norte-americana o importante é a classificação. há sempre essa necessidade de ser o melhor. vide as listas top 5 (que são interessantes como curiosidades). por isso, adoro a música do loser manos, o vencedor, uma ode linda aos perdedores ou os que não fazem questão de classificação. e se você gostar menos de mim porque eu perco, então azar o seu, baby. quinta-feira, fevereiro 16, 2006
:: o jardineiro fiel "cidade de deus" é um filme muito bom. o roteiro é sensacional e a direção do fernando meirelles é inventiva, moderna e tensa. fazia tempo que eu não via coisas bacanas em direção no brasil. uma ou outra coisa do beto brant ou da bodansky. fui assistir ao filme "o jardineiro fiel" com a minha irmã bruna mara depois de uma boa conversa para colocar as coisas em dia (ela mora em londres, mas tá fazendo um h por aqui). a bruna é dessas pessoas muito atualizadas nas coisas políticas do mundo. tinha receio de que "o jardineiro fiel" tivesse caído na armadilha de "água negra" do walter salles: entrar na máquina hollywoodiana. estava enganado. o filme é sensacional. apesar do roteiro não ser tão inventivo quanto o de "cidade de deus", meirelles fez um trabalho de direção sensacional. pensei até que poderia ter sido injustiça que não tenha sido indicado novamente ao oscar. o filme é tenso do começo ao fim, mas sem perder a sensibilidade que o fato amoroso pede. eu considero o fernando meirelles o maior diretor em atividade no brasil. p.s. a idéia do filme parece absurda, mas se você for pensar na lógica que o mundo anda tendo, não é nada impossível que o uso da africa como ratos de laboratório seja uma verdade. sexta-feira, fevereiro 10, 2006
quarta-feira, janeiro 25, 2006
sábado, janeiro 21, 2006
::Luto Eu tentei evitar o assunto, realmente tentei. Mas putaquepariu! O meu salsicha morreu. Ele chegou em casa, micro, quando eu tinha 10 anos, e morreu com 16. Façam as contas: mais de metade da minha vida foi com ele do lado. Foda. E olha que ele ainda fez uma baita hora extra nesse mundo, e eu tava me preparando pra isso há um certo tempo, mas mesmo assim é foda. Ainda mais pq quando um ser é tão velhinho você espera que a coisa seja mais serena, que ele durma e simplesmente não acorde mais, e não que ele passe 15 horas tendo ataques epiléticos horrorosos. Muito triste! quarta-feira, janeiro 18, 2006
segunda-feira, janeiro 16, 2006
:: Um Dilema Não sei se vocês já notaram, mas a vida na pós-modernidade é muito, muito complicada. Há muitos caminhos. Muita opção. Imagine um universo infinito de possibilidades e você, perdido ali no meio, tentando fazer a escolha certa. Por exemplo: Qual LUX é mais LUXO? Perfeição Cremosa? Nutrição Radiante? Frescor Irresistível? Sedução do Chocolate? Difícil, né? Imagina se você fosse libriano, então... terça-feira, janeiro 03, 2006
::Sob Encomenda (ao som de CSS: Ele é fodão mas eu sei que eu sou também!) Prometi uma blogada para ele. Ando com preguiça de escrever, sabe quando a vida vai muito bem e você vira um sorriso cor-de-rosa ambulante e a última coisa de que precisa é um blog?, pois então. Mas ele pediu, e ele pode. Porque ele é todo cor de rosa com uns dourados aqui e ali. Porque ele é engraçado e é cheiroso, muito cheiroso, a qualquer hora do dia ou da noite. Porque ele é classudo. Porque ele canta errado. Porque não dá pra ficar perto sem rir: com ele, ou dele, ou da risada dele que é inacreditável e espetaculosa e se um dia você foi ao cinema e ouviu um estrondo dentro da sala pode apostar que era ele gargalhando. Porque, não satisfeito em ser legal e lindo (quando a gente é adolescente e a vida é simples é só isso que espera de um namorado: "legal e lindo", e a gente se faz de madura e diz que é nessa ordem mas em geral é na ordem inversa...), como se isso não fosse o bastante, ele ainda tinha que vir ultra-bem-humorado, fofo e de olhinhos verdes que ficam pequenos e riscadinho quando ele ri, e ele ri muito, eu me sinto uma indiana olhoruda em todas as fotos que tiro ao lado dele, os olhos ocupando a cara inteira. E ele sabe tudo de computadores. E sabe tudo de cozinha. E lê alucinadamente, e fala muitas línguas, e me ensinou a xingar em alemão. É aquele tipo de pessoa que é insuportavelmente inteligente mas topa filme ruim e canta funkão proibidão com as palavras chulas e tudo mais. Multi-homem, saca? Fácil, muito fácil de se gostar. (Fora o corpinho, haha! Fora a carinha de canalha, e mais um bocado de coisas que eu não posso falar aqui sob risco de aparecerem na coluna do Cesar Giobbi amanhã.) Ele é tão multi que às vezes parece que eu não tenho nada a acrescentar. Então eu faço carão e falo algo misterioso e tento ser instigante, mas é sempre um pouco ridículo e ele me desmascara em 15 segundos. Ok, ele pode, porque é divertido. Mesmo me sacaneando ele é divertido, mesmo rindo e falando comigo como se eu tivesse 5 anos ele é divertido, e quando ele tá rindo eu penso que, no fim das contas, alguma coisa eu devo ter acrescentado, e boto mais lenha no riso, e por aí vai. Impossível brigar com esse cara. Mas aí ele fica sério. Se concentra no jornal, ou no computador, e não adianta fazer micagens ou uma dancinha sensual que ele não dá bola, fica naquela quase-indiferença (ele é fino demais pra ficar indiferente) insuportável e só me resta ficar ali olhando, vez ou outra ele ainda lança um sorrisinho pra mostrar que sabe o tempo todo que tá sendo olhado. E ele faz uns passinhos de dança quando tá animado, ele sempre tá animado quando sai do banho, por que será?, então ele fica ali dançando uma música imaginária enquanto pendura a toalha ou fuça as gavetas e eu só fico olhando com cara de boba, faz um ano que eu tô com uma constante cara de boba, e tô ficando cafona e, puxa, é tão legal ser cafona que eu devia ter começado muito antes, quem sabe no colegial, a gente deve ter se trombado muito quando eu tava no colegial mas ele era professor, não ia pegar bem. Enfim, o fato é que é muito legal ser cafona e ter virado um sorriso cor-de-rosa ambulante, então, por tudo isso, e pelo ano incrível, e pelo orgulho enorme de estar do lado dele, e pelos etcs todos que não cabem aqui, por essas e por outras eu acho que, no fim das contas, ele merece sim que eu deixe a preguiça um pouquinho de lado e arrisque uma blogada. Então essa é pra você, baby. ... |
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