domingo, novembro 27, 2005
 
:: maratonas de shows

essa semana foi para lavar a alma! muitos shows bacanas. vai o meu top5 -- poisé um top5 de shows!

5. nação zumbi
não pude ver o show da nação na época do chico science, mas fiquei impressionado. uma pegada forte, guitarra psicodélica com tambores rústicos. letras muito boas. é uma banda fundamental do rock feito agora e muito bom de palco. confesso que os hits dos dois primeiros discos com chico science me empolgaram mais: "da lama ao caos", "manguetown" e "quando a maré encher".

4. iggy and the stooges
o cara que mudou a história do rock e pai do bastardo punk fez um show fodaço. o cara é um louco, não pára no palco. jogou-se na platéia, cantou, falou um monte de "fuck". um amigo meu leu uma crítica que dizia: sem o iggy pop hoje estaríamos ouvindo dvd´s de áudio para caber as 3 horas de solo de bateria. i wanna be your dog, baby!

3. pato fu
o show do pato fu é um show de ótimo astral. fernanda takai e john são simpatíssimos, inteligentes e humildes. no show eles mostraram o repertório do disco novo, com canja até de um astronauta (um fantoche que fernanda takai manipula durante o show). além disso, tocaram alguns hits fundamentais. quase chorei ao ouvir "perdendo dentes", linda canção que fala sobre perdas. pulei que nem louco ao som de "o filho predileto hajneesh" (é por isso que o filho é mais dela, você traz a comida, mas panela é dela). e fecharam o bis com o clássico "sobre o tempo" que nessa versão que vem do disco ao vivo na pampulha tem uma pegada mais rock - pulei, né?

2. madeleine peyourx
madeleine é uma coisa linda. canta igual do disco. o show intimista apesar da casa ser grande pode mostrar as sutilezas de suas interpretações. ela cantou quase todo disco "careless love", os blues principalmente eram arrasadores. cantou também a animada "don´t wait too long". tímida, ainda fez uma piada sobre o bush. no show, ela trocou alguns metais originais dos discos por uma violino. ficou. ótimo... não é muito difícil de esquecer uma mulher que toca uma stratocaster, tem o timbre da billie holiday e revisita com sofisticação pérolas do blues.

1. the flaming lips
o melhor show da minha vida. a banda é ótima. experimentalismo pop e lúdico. tudo que eu queria fazer. eles consilham isso de forma genial. as guitarras distorcidas estão de lados de pessoas fantasiadas de bichos de pelúcia. o cara começou o show andando sobre a platéia numa bolha! serpentinas e balões sobre a platéia. o guitarrista estava vestido de papai noel! cantaram duas covers fodas: queen e black sabbath. fora as ótimas "yoshimi battles pink robots", "she dont use jelly", "do you realize?" e quase chorei na fodaça "fight test". muito foda.

menções especiais: sonic youth e cachorro grande.
o show do sonic youth foi ótimo também, pena que não tocaram as que eu mais conhecia. acabei só olhando também. e o show do cachorro grande também foi ótimo. rock chiclete de primeira qualidade. para onde eu vou não precisa de dinheiro. para onde onde eu vou é alegria o tempo inteiro.

essa foi minha semana maratona de shows. pena que as meninas não puderem me acompanhar... mas cheguei a conclusão de que tenho que aprender a curtir um show sozinho. é mto dificil concilhar as coisas. e assim penso mais nas experiências sonoras do que no fato de que não sou uma boa companhia para essas coisas. inté!



terça-feira, novembro 22, 2005
 
:: madeleine peyroux : contagem regressiva

yes sir! quarta-feira é dia de show da madeleine peyroux! deixo uma música que não está em nenhum dos discos oficiais dela... é mto cute!



p.s. instruções para baixar:
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5. salve no seu hd e ouça.


sexta-feira, novembro 18, 2005
 
:: vestígios do dia #02

eu assisti hoje cedo aos extras do dvd... os extras transformam o filme original em outro.

há duas semanas fundamentais que foram cortadas. são duas cenas lindíssimas mas que eu também cortaria. basicamente, eles fragilizam a figura do sr. stevens, o mordono inglês super conservador e de cabeça fechada para o seu serviço.

a primeira cena é quando ele pega o carro do patrão -- com o consenso, claro -- e está para partir para encontrar sua amada. o novo chefe do cara quer tirar fotos do seu mordomo com o carro. o sr. stevens, no começo do filme, ficaria com a imagem fragilizada demais, embora a cena seja muito bonita, revelando um pouco de ingenuidade do retratado que não sabe como se portar.

a outra cena é quase no final. basicamente é uma cena em que antony-filha-da-puta-hopkins interpreta seu personagem chorando. cara, é inacreditavel. simplesmente o sr. hopkins faz vc chorar com o brilho umido dos olhos dele. entendo a opção por ter cortado essa cena. acho que não cabe no filme. mas cara, a cena em si é uma pequena obra.

foda.


 
:: vestígios do dia

acabei de chegar em casa e vejo sobre a mesa um pacote dos correios... era o dvd do "vestigios do dia", um dos filmes que mais fuderam minha curta e atrapalhada vida. pouca gente entende porque esse filme me toca tanto o coração. às vezes até entendem, mas não conseguem ver as sutilezas que há entre o filme e minha pessoa. gosto de tudo no filme: a direção, os atores, o roteiro, as músicas. etc... tudo é mto contigo, tudo é mto silencioso e pouco dito. não é desses amores exacerbados e passionais. é uma tensão entre o amor contido -- quase uma dúvida -- e o amor que se quer viver das histórias de amor -- a cena em que a governanta (emma thompson) tenta saber o livro que o mordomo (hopkins) está tentando ler é tão preciosa e diz com muita economia de gestos o quão dificil pode ser o amor.

estou com medo de ver as cenas cortadas -- os extras do dvd -- e, como o sr. stevens, descobrir que o amor escapou pelas mãos.



quinta-feira, novembro 17, 2005
 
:: o futebol

futebol já foi jogo de homem. hoje em dia são uns mercenários que ditam o que é futebol.

tirando todos os escândalos de arbitragem, burocracias e mercado, dentro do campo mesmo o futebol já deixou de ser um jogo de homens.

primeiro que o jogador cai por qq coisa. bate um vento e o jogador manda o juiz dar cartão para a brisa. onde está o jogador classudo que vai aguentando tranco?

segundo que o jogador cai e já sai reclamando. parece criança que deixou cair o doce: "ai, mãe, ele me bateu..."

terceiro que não há mais gentilezas. a maioria é tudo mascarado. uma desumanidade só. o cara caído e o outro louco para encher de ponta-pé.

quarto que empate ganha campeonato e tem gente que joga para empatar. deixa até tomar gol quando tá ganhando.

quinto que a maioria dos jogadores de futebol são muito burros. ficar em impedimento é a maior burrice. o cara treina a vida inteira e tem coragem de ficar em impedimento? tah na cara que o adversário vai se jogar para cavar falta e o jogador ainda dá uma cotoco para fazer o cara cair. jogador de futebol é muito burro para o salário que ganham.

o futebol já foi jogo de homem.


terça-feira, novembro 15, 2005
 
:: atitude

confesso que é muito difícil deixar isso aqui atuliazado, principalmente neste final de ano. quando penso que é uma forma de organizar minha cabeça, até me empolgo em escrever. mas o fato é que eu não sei organizar minhas coisas. aí eu penso nas meninas e o quanto quero estar próximo mesmo em pensamento... aí volto a escrever.

> capital inicial : aborto elétrico, punk e atitude

eu sou fascinado pela cena musical que precedeu o boom das bandas dos anos 80. confesso que sou um grande admirador do trabalho principalmente da legião urbana. letras sacadas e muito sinceras, apesar de bem down. musicalmente não é nada extraordinário, mas quem disse que precisa ser virtuose para tocar o coração?

o que mais me fascina nessa cena é a vontade de querer fazer as coisas: o do it yourself. brasília não foi a única cidade em que floreceu o punk, mas talvez tenha sido o lugar em que esse modo de vida tenha sido mais sutil. o lançamento de "aborto elétrico" do capital traz de volta algumas questões.

o que mais me surpreende no disco -- embora não goste do jeito que o dinho ouro-preto anda cantando -- é a inocência. as músicas são simples; as letras, pretenciosas. mas tudo chega a ser muito inocente. lembra muito o tempo em que eu mesmo achei que poderia, se me esforçasse, fazer alguma diferença no mundo.

nesse semana ainda, passou na gnt o documentário "punk:atitude" que faz um panorama do movimento que mudou a cara do rock. o documentário chega a ser bem didático quando apresenta os principais protagonistas musicais, mas há uma linha de racícinio muito boa que diz respeito ao hiphop e principalmente ao grunge de seatle. segundo o doc, o grunge não foi um boom, mas a conseqüência de um processo que acontecia no underground. o nirvana não fez sucesso do nada, durante os anos 80, um exercito sem rosto batalhou na cena independente formando um público que recebeu o grunge.

eu trabalho indiretamente com música e uma das coisas que mais sinto falta nesse meio é a formação de produtores culturais. é um fato que cada dia fica mais claro para mim é que os músicos não sabem nada de mercado, administração ou marketing e os empresários não entendem nada de cultura. falta informação para ambos. acho que a cena lá fora também demorou para criar uma cultura que se estabelecesse.

mas voltando ao assunto inicial... gosto da idéia de que todos podem praticar sua arte (senão seria dificilimo viver nesse mundo cão)... o que falta é um pouco de atitude.


sábado, novembro 12, 2005
 


sexta-feira, novembro 04, 2005
 
::EU AMO O LAERTE




quinta-feira, novembro 03, 2005
 
:: no.scrubs.02



01. that´s 70´s show - cheap trick - música tema de um dos seriados mais engraçados da tevê. eles surtando com a maconha é hilário!

02. magical colours - jon spencer blues explosion - a banda é maravilhosa. tem uma pegada bluseira-folk e um timbre de voz desbocado.

03. stray dog and the cholocate shake - the grandaddy - melancólica e cheia de graça com seus sonzinhos eletrônicos.

04. little boy blues - badly drawn boy - instrumental. faz parte da trilha sonora de "um grande garoto".

05. 21´s kid - jamie cullum - do disco novo do cara que faz um jazz para lá de pop.

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quarta-feira, novembro 02, 2005
 
:: no.scrubs.01

vou confessar uma coisa: eu conheço mta coisa de música por causa da internet. tenho cerca de 18 dvds com mp3´s (cerca de 800 mp3´s em cada um). tem coisa que me pediram para baixar e acabei gostando e guardando. outras são dicas que me mandam. outras ainda é porque busco conhecer tudo de um artista. bom, sempre que posso, gravo cd´s para os meus amigos porque acho triste que as músicas fiquem ali armazenados. então estou abrindo esse espaço para minhas amadas colunistas (elas não me amam, mas tudo bem) e eu colocarmos, além das usuais dicas de músicas, as músicas propriamente ditas.

é o podcast do no scrubs!

meninas, me mandem as músicas que eu monto os programas e passo o link para vcs publicarem!

aqui vai o primeiro:



1. no scrubs - tlc - a música título desse blog. as meninas são ótimas.

2. kurt. vs. elvis - poléxia - banda bacana do paraná que ando curtindo muito. essa música é uma brincadeira com a industria musical... e é bem pop!

3. juice box - the strokes - música nova dos caras. a linha de baixo inicial lembra muito o clash. bem rrrrrrrrrrrrock!

4. closer - nine inch nails - grupo sombrio que mistura rock com uma batida meio eletrônica. essa música é das profundezas da soberba humana... ahehaehaehaheahehae

5. wicker chair - kings of leon - uma coisa mais light para fechar o programa de hoje. música linda da banda que fez show no tim festival. pena que foi esquema festival, se fosse um show próprio brilhariam.

é isso... meninas, estou esperando! até amanhã.

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terça-feira, novembro 01, 2005
 
:: tim festival parte 04 - mariana zanotto

ok. estava eu lá esperando a troca de palco pro kings of leon. pensando nos amigos que disse que viriam, mas que pela minha imobilidade não iria conseguir encontrar. quando vejo mariana zanotto na área vip!

como assim?!?!!? foi todo mundo de vip?!?!?!? natural born loser! natural born loser!

"mari, cadê a nivão?"

"ah, eles devem estar lá mais pro fundo. a jô também veio."

"caracas, o que você tá fazendo aí?!?!?!"

"ah, ganhei, né?"

nessas eu penso que eu devo explorar na caruda os meus amigos vips. mas como natural born loser que sou, tenho vergonha... ai ai.


 
:: tim festival parte 03 - arcade fire

eu estava mto ansioso pelo show dessa banda. a minha irmã bruna mara já havia me avisado sobre o grupo. baixei o disco, achei bom, mas estranho. e de resto é que faziam um show maluco -- e como "maluco" tem várias interpretações, esperava pelo menos um show energético.

nessa hora, eu tava preso lá na frente. não consiga sair do lugar e tinha duas fichas de cerveja no bolso... paciência. ficava vendo a galerinha vip-famosa. saindo e entrando a hora que quiser... nessa hora, pensei: eu não tenho vocação de vip. sou um natural born loser.

o arcade fire entrou poderoso com a música que eu mais curto dos caras: wake up. quase um coro! e os caras empolgadíssimos! energéticos! dois carinhas faziam batucada de tudo: de uma percursão montada a esquerda do palco, do chão, do capacete. estavam tomados pela música. caralho, eu tb quero baquetas porra!

durante o show os caras revezavam nos instrumentos, era o único momento em que dava uma acalmada, pq o resto foi tudo mto animado. até a mina que tocava acordeon foi para a batera! aliás, muito fofa, me come na hora que quiser.

tocaram aquarela do brasil de um modo totalmente melancólico: que foda ser canadense e gostar do brasil! haehaehaheahehaehaehae fiquei com dó dos caras. o show foi curto, pouco mais de uma hora. e confesso que deve ter sido melhor que os strokes, pq me lembro mto mais de seus detalhes.

virei fã.