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segunda-feira, dezembro 19, 2005
:: razões para gostar de flaming lips * o flaming lips é uma banda pop que experimenta sons diferentes e/ou é uma banda experimental que flerta com o pop; * suas letras são lúdicas/nonsenses e poderosas; * o lider e vocalista da banda, wayne, de uns anos para cá assumiu a velhice e agora se parece com um tiozinho simpático com terninho e tudo; * nos shows há um telão que passa vídeos surpreendentes que acompanham a música, como o karaoke do bohemia raphsody. * nos shows ainda, há pessoas fantasiadas pulando sem parar, solzinhos dando oi, muita serpentina e o vocal começa dentro de uma bolha de plástico e caminha sob a platéia; * é uma das poucas bandas que toca queen e black sabath e ainda agrada a todos; * os três últimos discos: yoshimi battles pink robots, soft bulletin e transmitions of satellite heart são fodaços. * o flaming lips é tão humilde que mesmo quando o aclamado soft bulletin foi lançado, a banda aceitou o convite do beck de ser banda de apoio; * rice for prize, fight test e she don´t use jelly são algumas das músicas mais fodonas que já ouvi. * a banda fez uma música baseada em um sintetizador de brinquedo que fazia sons de animais e toca ao nos shows e é fodaço também. quarta-feira, dezembro 14, 2005
:: eu amo meu gravador de dvd desde que eu comprei o meu gravador de dvd e instalei o programa shrink, estou num processo de retorno ao cinema. quando entrei na eca, eu amava. mas depois de ver que tem muita coisa podre, falsa, extremamente burocrática e elitista, acabei me afastando. mas hoje estou começando um affair. tenho na minha estante vários filmes comprados e copiados. quase todos os filmes que considero fundamentais a mim estão lá: brilho eterno de uma mente sem lembranças, peixe grande, vestígios do dia, paciente inglês, razão e sensibilidade, o jardim secreto, encontros e desencontros, amelie polain, a trilogia do poderoso chefão, e muitos outros. o mais divertido é descobrir as cenas cortadas da edição final ou, num momento qualquer, ir diretamente na cena que você quer assistir. essa fragmentação está me ajudando a compor um roteiro de filme ou romance, não sei bem. vamos ver o que sai. domingo, novembro 27, 2005
:: maratonas de shows essa semana foi para lavar a alma! muitos shows bacanas. vai o meu top5 -- poisé um top5 de shows! 5. nação zumbi não pude ver o show da nação na época do chico science, mas fiquei impressionado. uma pegada forte, guitarra psicodélica com tambores rústicos. letras muito boas. é uma banda fundamental do rock feito agora e muito bom de palco. confesso que os hits dos dois primeiros discos com chico science me empolgaram mais: "da lama ao caos", "manguetown" e "quando a maré encher". 4. iggy and the stooges o cara que mudou a história do rock e pai do bastardo punk fez um show fodaço. o cara é um louco, não pára no palco. jogou-se na platéia, cantou, falou um monte de "fuck". um amigo meu leu uma crítica que dizia: sem o iggy pop hoje estaríamos ouvindo dvd´s de áudio para caber as 3 horas de solo de bateria. i wanna be your dog, baby! 3. pato fu o show do pato fu é um show de ótimo astral. fernanda takai e john são simpatíssimos, inteligentes e humildes. no show eles mostraram o repertório do disco novo, com canja até de um astronauta (um fantoche que fernanda takai manipula durante o show). além disso, tocaram alguns hits fundamentais. quase chorei ao ouvir "perdendo dentes", linda canção que fala sobre perdas. pulei que nem louco ao som de "o filho predileto hajneesh" (é por isso que o filho é mais dela, você traz a comida, mas panela é dela). e fecharam o bis com o clássico "sobre o tempo" que nessa versão que vem do disco ao vivo na pampulha tem uma pegada mais rock - pulei, né? 2. madeleine peyourx madeleine é uma coisa linda. canta igual do disco. o show intimista apesar da casa ser grande pode mostrar as sutilezas de suas interpretações. ela cantou quase todo disco "careless love", os blues principalmente eram arrasadores. cantou também a animada "don´t wait too long". tímida, ainda fez uma piada sobre o bush. no show, ela trocou alguns metais originais dos discos por uma violino. ficou. ótimo... não é muito difícil de esquecer uma mulher que toca uma stratocaster, tem o timbre da billie holiday e revisita com sofisticação pérolas do blues. 1. the flaming lips o melhor show da minha vida. a banda é ótima. experimentalismo pop e lúdico. tudo que eu queria fazer. eles consilham isso de forma genial. as guitarras distorcidas estão de lados de pessoas fantasiadas de bichos de pelúcia. o cara começou o show andando sobre a platéia numa bolha! serpentinas e balões sobre a platéia. o guitarrista estava vestido de papai noel! cantaram duas covers fodas: queen e black sabbath. fora as ótimas "yoshimi battles pink robots", "she dont use jelly", "do you realize?" e quase chorei na fodaça "fight test". muito foda. menções especiais: sonic youth e cachorro grande. o show do sonic youth foi ótimo também, pena que não tocaram as que eu mais conhecia. acabei só olhando também. e o show do cachorro grande também foi ótimo. rock chiclete de primeira qualidade. para onde eu vou não precisa de dinheiro. para onde onde eu vou é alegria o tempo inteiro. essa foi minha semana maratona de shows. pena que as meninas não puderem me acompanhar... mas cheguei a conclusão de que tenho que aprender a curtir um show sozinho. é mto dificil concilhar as coisas. e assim penso mais nas experiências sonoras do que no fato de que não sou uma boa companhia para essas coisas. inté! terça-feira, novembro 22, 2005
:: madeleine peyroux : contagem regressiva yes sir! quarta-feira é dia de show da madeleine peyroux! deixo uma música que não está em nenhum dos discos oficiais dela... é mto cute! p.s. instruções para baixar: 1. clique no link 2. espere alguns segundos. 3. feche o pop-up que aparecerá 4. clique em "click here to download". 5. salve no seu hd e ouça. sexta-feira, novembro 18, 2005
:: vestígios do dia #02 eu assisti hoje cedo aos extras do dvd... os extras transformam o filme original em outro. há duas semanas fundamentais que foram cortadas. são duas cenas lindíssimas mas que eu também cortaria. basicamente, eles fragilizam a figura do sr. stevens, o mordono inglês super conservador e de cabeça fechada para o seu serviço. a primeira cena é quando ele pega o carro do patrão -- com o consenso, claro -- e está para partir para encontrar sua amada. o novo chefe do cara quer tirar fotos do seu mordomo com o carro. o sr. stevens, no começo do filme, ficaria com a imagem fragilizada demais, embora a cena seja muito bonita, revelando um pouco de ingenuidade do retratado que não sabe como se portar. a outra cena é quase no final. basicamente é uma cena em que antony-filha-da-puta-hopkins interpreta seu personagem chorando. cara, é inacreditavel. simplesmente o sr. hopkins faz vc chorar com o brilho umido dos olhos dele. entendo a opção por ter cortado essa cena. acho que não cabe no filme. mas cara, a cena em si é uma pequena obra. foda. :: vestígios do dia acabei de chegar em casa e vejo sobre a mesa um pacote dos correios... era o dvd do "vestigios do dia", um dos filmes que mais fuderam minha curta e atrapalhada vida. pouca gente entende porque esse filme me toca tanto o coração. às vezes até entendem, mas não conseguem ver as sutilezas que há entre o filme e minha pessoa. gosto de tudo no filme: a direção, os atores, o roteiro, as músicas. etc... tudo é mto contigo, tudo é mto silencioso e pouco dito. não é desses amores exacerbados e passionais. é uma tensão entre o amor contido -- quase uma dúvida -- e o amor que se quer viver das histórias de amor -- a cena em que a governanta (emma thompson) tenta saber o livro que o mordomo (hopkins) está tentando ler é tão preciosa e diz com muita economia de gestos o quão dificil pode ser o amor. estou com medo de ver as cenas cortadas -- os extras do dvd -- e, como o sr. stevens, descobrir que o amor escapou pelas mãos. quinta-feira, novembro 17, 2005
:: o futebol futebol já foi jogo de homem. hoje em dia são uns mercenários que ditam o que é futebol. tirando todos os escândalos de arbitragem, burocracias e mercado, dentro do campo mesmo o futebol já deixou de ser um jogo de homens. primeiro que o jogador cai por qq coisa. bate um vento e o jogador manda o juiz dar cartão para a brisa. onde está o jogador classudo que vai aguentando tranco? segundo que o jogador cai e já sai reclamando. parece criança que deixou cair o doce: "ai, mãe, ele me bateu..." terceiro que não há mais gentilezas. a maioria é tudo mascarado. uma desumanidade só. o cara caído e o outro louco para encher de ponta-pé. quarto que empate ganha campeonato e tem gente que joga para empatar. deixa até tomar gol quando tá ganhando. quinto que a maioria dos jogadores de futebol são muito burros. ficar em impedimento é a maior burrice. o cara treina a vida inteira e tem coragem de ficar em impedimento? tah na cara que o adversário vai se jogar para cavar falta e o jogador ainda dá uma cotoco para fazer o cara cair. jogador de futebol é muito burro para o salário que ganham. o futebol já foi jogo de homem. terça-feira, novembro 15, 2005
:: atitude confesso que é muito difícil deixar isso aqui atuliazado, principalmente neste final de ano. quando penso que é uma forma de organizar minha cabeça, até me empolgo em escrever. mas o fato é que eu não sei organizar minhas coisas. aí eu penso nas meninas e o quanto quero estar próximo mesmo em pensamento... aí volto a escrever. > capital inicial : aborto elétrico, punk e atitude eu sou fascinado pela cena musical que precedeu o boom das bandas dos anos 80. confesso que sou um grande admirador do trabalho principalmente da legião urbana. letras sacadas e muito sinceras, apesar de bem down. musicalmente não é nada extraordinário, mas quem disse que precisa ser virtuose para tocar o coração? o que mais me fascina nessa cena é a vontade de querer fazer as coisas: o do it yourself. brasília não foi a única cidade em que floreceu o punk, mas talvez tenha sido o lugar em que esse modo de vida tenha sido mais sutil. o lançamento de "aborto elétrico" do capital traz de volta algumas questões. o que mais me surpreende no disco -- embora não goste do jeito que o dinho ouro-preto anda cantando -- é a inocência. as músicas são simples; as letras, pretenciosas. mas tudo chega a ser muito inocente. lembra muito o tempo em que eu mesmo achei que poderia, se me esforçasse, fazer alguma diferença no mundo. nesse semana ainda, passou na gnt o documentário "punk:atitude" que faz um panorama do movimento que mudou a cara do rock. o documentário chega a ser bem didático quando apresenta os principais protagonistas musicais, mas há uma linha de racícinio muito boa que diz respeito ao hiphop e principalmente ao grunge de seatle. segundo o doc, o grunge não foi um boom, mas a conseqüência de um processo que acontecia no underground. o nirvana não fez sucesso do nada, durante os anos 80, um exercito sem rosto batalhou na cena independente formando um público que recebeu o grunge. eu trabalho indiretamente com música e uma das coisas que mais sinto falta nesse meio é a formação de produtores culturais. é um fato que cada dia fica mais claro para mim é que os músicos não sabem nada de mercado, administração ou marketing e os empresários não entendem nada de cultura. falta informação para ambos. acho que a cena lá fora também demorou para criar uma cultura que se estabelecesse. mas voltando ao assunto inicial... gosto da idéia de que todos podem praticar sua arte (senão seria dificilimo viver nesse mundo cão)... o que falta é um pouco de atitude. sábado, novembro 12, 2005
sexta-feira, novembro 04, 2005
quinta-feira, novembro 03, 2005
:: no.scrubs.02 [ no.scrubs.02 ] 01. that´s 70´s show - cheap trick - música tema de um dos seriados mais engraçados da tevê. eles surtando com a maconha é hilário! 02. magical colours - jon spencer blues explosion - a banda é maravilhosa. tem uma pegada bluseira-folk e um timbre de voz desbocado. 03. stray dog and the cholocate shake - the grandaddy - melancólica e cheia de graça com seus sonzinhos eletrônicos. 04. little boy blues - badly drawn boy - instrumental. faz parte da trilha sonora de "um grande garoto". 05. 21´s kid - jamie cullum - do disco novo do cara que faz um jazz para lá de pop. p.s. instruções para baixar: 1. clique no link 2. espere alguns segundos. 3. feche o pop-up que aparecerá 4. clique em "click here to download". 5. salve no seu hd e ouça. quarta-feira, novembro 02, 2005
:: no.scrubs.01 vou confessar uma coisa: eu conheço mta coisa de música por causa da internet. tenho cerca de 18 dvds com mp3´s (cerca de 800 mp3´s em cada um). tem coisa que me pediram para baixar e acabei gostando e guardando. outras são dicas que me mandam. outras ainda é porque busco conhecer tudo de um artista. bom, sempre que posso, gravo cd´s para os meus amigos porque acho triste que as músicas fiquem ali armazenados. então estou abrindo esse espaço para minhas amadas colunistas (elas não me amam, mas tudo bem) e eu colocarmos, além das usuais dicas de músicas, as músicas propriamente ditas. é o podcast do no scrubs! meninas, me mandem as músicas que eu monto os programas e passo o link para vcs publicarem! aqui vai o primeiro: 1. no scrubs - tlc - a música título desse blog. as meninas são ótimas. 2. kurt. vs. elvis - poléxia - banda bacana do paraná que ando curtindo muito. essa música é uma brincadeira com a industria musical... e é bem pop! 3. juice box - the strokes - música nova dos caras. a linha de baixo inicial lembra muito o clash. bem rrrrrrrrrrrrock! 4. closer - nine inch nails - grupo sombrio que mistura rock com uma batida meio eletrônica. essa música é das profundezas da soberba humana... ahehaehaehaheahehae 5. wicker chair - kings of leon - uma coisa mais light para fechar o programa de hoje. música linda da banda que fez show no tim festival. pena que foi esquema festival, se fosse um show próprio brilhariam. é isso... meninas, estou esperando! até amanhã. p.s. instruções para baixar: 1. clique no link 2. espere alguns segundos. 3. feche o pop-up que aparecerá 4. clique em "click here to download". 5. salve no seu hd e ouça. terça-feira, novembro 01, 2005
:: tim festival parte 04 - mariana zanotto ok. estava eu lá esperando a troca de palco pro kings of leon. pensando nos amigos que disse que viriam, mas que pela minha imobilidade não iria conseguir encontrar. quando vejo mariana zanotto na área vip! como assim?!?!!? foi todo mundo de vip?!?!?!? natural born loser! natural born loser! "mari, cadê a nivão?" "ah, eles devem estar lá mais pro fundo. a jô também veio." "caracas, o que você tá fazendo aí?!?!?!" "ah, ganhei, né?" nessas eu penso que eu devo explorar na caruda os meus amigos vips. mas como natural born loser que sou, tenho vergonha... ai ai. :: tim festival parte 03 - arcade fire eu estava mto ansioso pelo show dessa banda. a minha irmã bruna mara já havia me avisado sobre o grupo. baixei o disco, achei bom, mas estranho. e de resto é que faziam um show maluco -- e como "maluco" tem várias interpretações, esperava pelo menos um show energético. nessa hora, eu tava preso lá na frente. não consiga sair do lugar e tinha duas fichas de cerveja no bolso... paciência. ficava vendo a galerinha vip-famosa. saindo e entrando a hora que quiser... nessa hora, pensei: eu não tenho vocação de vip. sou um natural born loser. o arcade fire entrou poderoso com a música que eu mais curto dos caras: wake up. quase um coro! e os caras empolgadíssimos! energéticos! dois carinhas faziam batucada de tudo: de uma percursão montada a esquerda do palco, do chão, do capacete. estavam tomados pela música. caralho, eu tb quero baquetas porra! durante o show os caras revezavam nos instrumentos, era o único momento em que dava uma acalmada, pq o resto foi tudo mto animado. até a mina que tocava acordeon foi para a batera! aliás, muito fofa, me come na hora que quiser. tocaram aquarela do brasil de um modo totalmente melancólico: que foda ser canadense e gostar do brasil! haehaehaheahehaehaehae fiquei com dó dos caras. o show foi curto, pouco mais de uma hora. e confesso que deve ter sido melhor que os strokes, pq me lembro mto mais de seus detalhes. virei fã. quinta-feira, outubro 27, 2005
:: tim festival parte 02 - m.i.a. ok, eu estava curioso em ver a mia. pq falam tanto de funk carioca -- não há como negar que eles estão domindo o mundo pelas beiradas -- e no mínimo achei que poderia me divertir dançando de forma desordenada e extremamente rídicula. a merda: eu estava esperando as letras grosseiras! e quando ouvi aquele inglês estranho, me soou somente um bate-estaca... tentei em algum momento me motivar, mas não rolava. eu só entendi o "hey sao paulooooo!" mas gostei da mocinha. tem atitude e a indumentária foi presença. * * * esse foi o momento que fui comprar uma breja. esse tb foi o momento que pensei em abrir minha própria fábrica de cerveja -- tenho receita dada pelo meu professor de sociologia da eca que numa aula totalmente sem naipe ele divalgou a sua falência no ramo de bebidas etilicas. afinal, a breja, aquela garrafinha long neck, custava miseros 4 reais! repito... 4 pilas!!! se eu abrisse uma fábrica eu podia tentar vender breja nesses festivais indies. e colaria listras tipo adidas no copo. e voltava para casa com o dinheiro do pão de amanhã. :: tim festival _ parte 01 o mais estranho quando vc chega no local do tim festival é a quantidade de indies que tem lá. blusa adidas, piercings, tenis all-star. ainda era dia. shows de dia sempre tem clima de que nada ainda tá rolando direito. foi quando entra pontualmente a galera do mundo livre s.a. nunca os tinha visto ao vivo. eu e mais dez gato pingado estávamos realmente a fim de ver o show. começou com um cavaquinho. nunca ouvi um cavaquinho amplificado nesse volume. foi uma emoção, os caras são bons. o foda é que eu não conhecia nenhuma música pq eles tavam lançando um ep. fred 04: então galera, tamo vendendo nosso ep, fala com o carinha ao lado da mesa de som! ducaralho. os indies dormiram... segunda-feira, outubro 24, 2005
:: tim festival - primeiras impressões 1. o mundo livre é bom mesmo. 2. a mia é divertida, mas funk carioca em inglês não tem graça. 3. o arcade fire é tudo de bom. começar com "wake up" é mto chute nas bolas. 4. os caras do kings of leon são legais, mas acho que precisavam de um show próprio. california waiting é ducaralho. 5. os strokes são realmente bons. energia rooooooooooqui ótema. descobri que não sei cantar nada, mas lembro de todos os riffs de guitarra... ridículo. 6. drew barrymore é baixinha. terça-feira, outubro 18, 2005
:: shakeleg polaroids vol. 1 _ para mariana 1. anormal - pato fu 2. veronika - elvis costello 3. are you gonna be my girl - jet 4. que onda guero - beck 5. biggest mistake - rolling stones 6. wicker chair - kings of leon 7. its a hit - rilo kiley 8. de bem com a garota do tempo - poléxia 9. paulo e os livros - casino 10. better together - jack johnson 11. samba do amor - tereza cristina 12. please send me someone to love - fiona apple 13. something to talk about - badly drawn boy 14. 10 rocks - shelby lynne 15. big sur - the thrills 16. aint no easy way - black rebel motorcycle club 17. flowers - cibo matto 18. vrum - grupo rumo 19. juicebox - the strokes 20. processed beats - kasabian 21. get your way - jamie cullum 22. i wish i could shimmy like my sister kate - madeleine peyroux terça-feira, outubro 11, 2005
:: show da bethânia nunca fui a nenhum show dos notáveis da mpb. chico, caetano, gil, gal, etc... minha educação musical começou tarde, só no segundo grau. antes, eu só ouvia rádio rock-pop. nunca tive dinheiro para comprar discos (nunca tive uma pick-up), imaginem shows então. quem me apresentou caetano veloso foi uma menina chamada andréa. ela cantava "um indio" e "o leãozinho". achei bacana e fui procurar mais. depois conheci gil, depois chico buarque e todo resto. nesses momentos percebo que o ambiente é determinante para a formação de uma pessoa. não faço jultgamentos de que tenho uma formação musical sofisticada. em até certo ponto, acho bastante deturpada. gosto de rock e choro. de samba e eletrônico. de rap e soul. por tudo isso, o show da bethânia foi um acontecimento único. foi o primeiro show desses notáveis da mpb em que fui. o convite veio da minha amiga vandreza para quem ser admirador de bethânia é pré-requisito para uma amizade duradora. era aniversário dela também e me senti bastante lisonjeado por ter sido convidado. o tom brasil é uma casa chique. poucas vezes assisti a um show sentado e não me lembro de ter visto garçons em outros shows que fui. me pareceu que iria ver a uma peça de teatro. e era mais ou menos isso que eu ia ver. bethânia entra como se conhecesse aquele palco -- imaginei se todos os palcos eram iguais. sua voz domina a platéia. o show é uma mistura de canções do disco em que gravou vinicius de moraes e outra músicas com a temática amorosa. cita o soneto de separação, o de fidelidade. me arrepio e penso que a arte em versos é isso. quero que as pessoas recitem o que escrevo para ver se fica bom. bethânia recita alberto caeiro: todas as cartas de amor são ridículas... e termina: só os que nunca amaram é que são ridículos. choro, tento esconder. mas é verdade. bethância está celebrando o amor. o amor parece um mar. algo muito maior e confortante. ou é o sol que aquece o mar. ou é o cobertor ou é o abraço, afago. ou é uma canção ou alguém que lhe conta histórias boas. bethânia então começa "gente humilde". penso nas pessoas que tem tanto apesar de aparenter ter pouco. o que tenho não posso carregar em caminhão, é muito se for pensar. mas aqueles que só tem quem lhe acompanhe... penso: não tenho nada. eles tem tudo. olho para minha amiga vandreza. não, não. tenho tudo também. no decorrer do show percebo que bethânia sabe onde vai chegar ou pelo menos sabe como chegar. domina o palco. corre, canta, recita, pede benção e agradece. descem estrelas cênicas no palco e se faz a noite. muitas palmas. muitas. :: a cantina escolar de jamie jamie oliver é um chef que tem um programa de tv sobre culinária. é uma pessoa famosa na inglaterra e seu programa passa aqui no brasil no canal gnt. gosto muito de seu programa. não sou expert em gastronomia (a lu é a especialista nesse assunto), mas o que me chama atenção nos "truques de oliver" é a alegria e o entusiasmo com que jamie prepara a comida. no segundo volume da obra "a invenção do cotidiano", os pesquisadores franceses encabeçados por michel certeau levantam a hipótese de que cozinhar é uma forma de resistência cultural. se há tantas comidas industriais, por que as pessoas continuam a cozinhar, a criar receitas e a criar eventos em torno de uma mesa? certeau diz que é uma das pequenas atitudes das pessoas comum em resistirem ao que lhe são impostos. adoro cozinhar. acho muito mágico misturar poções, experimentar temperos, mudar gostos. perceber o tempo, o cozimento e a suavidade. está passando agora uma série chamada "a cantina escolar de jamie" em que ele tenta criar um cardápio saudável para as escolas públicas inglesas. e poderia ser só um programa denúcia de como o governo negligencia algo tão primordial como a merenda escolar. mas é muito pior. em um dos episódios a mãe de uns meninos nunca comera um abacate (tudo bem, deve ser dificil achar abacates na inglaterra) e nem majericão. a maioria come só junk food. e acho que o pior é o medo das crianças em experimentar o novo. muitas simplesmente fazem greve de fome para que o cardápio volte ao que era. fiquei angustiado em saber que a educação -- que não é só o abc e o 1, 2, 3 -- seja baseado apenas em normas e negligenciam o medo de tentar o novo. e a justificativa para isso é que a merenda não pode passar de tantos centavos de dólares. porra! senti que a invenção está morrendo. que os números são mais importantes que a prática, o processo e a criatividade. e que as crianças, aos poucos, não saberão que é há algo além do que está nas prateleiras. p.s. estou levantando a campanha para que se tenha um novo referendo: voto sim! para 50% do orçamento para educação!!! :: the godfather 3 aluguei a trilogia do poderoso chefão. muitas pessoas dizem que a terceira parte é a mais fraca... não sei dizer, mas é a parte que mais me emociona. a seqüência final é de uma angustia tamanha que toda vez que assisto me perco em sentimentos que não sei dizer. penso numa vida inteira perdida em decisões acertadas e erradas. de como somos levados e vamos mudando segundo o que a vida nos reserva. o grito de michael corleone ao ver a filha morta é de uma dor que me estrangula a alma. o al pacino deveria ganhar o oscar só por essa cena. há outras muito boas: a cena em que ele tem uma crise de diabetes e chupa uma bala prestes a se confessar a um padre ou a cena em que discuti com vincent sobre as mortes que seu sobrinho causou. ao contrário das outras partes em que o roteiro é engenhosamente articulado e com momentos drámaticos soberbos, a terceira parte explora a fragilidade do homem por trás do poderoso chefão. sou um sentimental. segunda-feira, outubro 10, 2005
:: sobre a campanha do desarmamento muitas poucas vezes coloque opiniões políticas nesse espaço, mas considero a política o grande príncipio da humanidade, espaço em que os seres humanos expõe suas idéias, desejos e representações. existe a grande política feito por políticos, mas existe também a política do dia-a-dia. não jogar papel no chão é um ato político. ter uma banda é um ato político. acreditar e ter esperança é um ato político. amar tem suas conseqüências políticas. a ética (a noção do certo e errado) está em todos nós. a ética se transforma, mas o ser humano continua imperfeito. e é na política que exercita sua imperfeição. não acredito que esse referendo tenha algum resultado a curto prazo. mas é muito bom ver as pessoas discutindo. discutir é oxigêncio da política. não acredito que essa simples consulta vá mudar da água para o vinho nossa situação. acredito em educação e políticas públicas eficazes. mas toda essa discussão me fez pensar em uma coisa: eu sou a favor de uma cultura de paz. por isso voto sim para a proibição. sei muito bem que não resolverá nada, mas almejo uma cultura em que não se tenha medo. já tenho muitos. penso nas razões de quem quer votar não. mas não me vêm outro motivo além do medo. respeito pois eu também tenho medo. quero que passe logo essa votação e a revelia do resultado, espero que possamos sentar todos e discutir o medo. sexta-feira, outubro 07, 2005
:: agenda reloaded + 23 de setembro - los hermanos + 25 de outubro - kings of leon, strokes, mundo livre s.a. e arcade fire + 23 de novembro - madeleine peyroux + 25 de novembro - pato fu + 26 de novembro - sonic youth, flaming lips, iggy pop, nin e nação zumbi + 2 de dezembro - pearl jam segunda-feira, outubro 03, 2005
:: COMO SE FUDER NO SHOW DO LOS HERMANOS Voltei para o Brasil há pouco tempo. Vivia com minha família na Inglaterra desde garoto. Estou morando no Rio de Janeiro há uns três meses e agora estou começando a me enturmar na Universidade. Não sei de muita coisa do que está rolando por aqui, então estou querendo entrar em contato com gente nova e saber o que tá acontecendo no meu país e, principalmente, entrar em contato umas garotas legais, né? Mas foi meio por acaso que eu conheci uma garota maneiríssima chamada Tainá. Diferente esse nome, hein? Nunca tinha ouvido. Estava procurando desesperadamente um banheiro no campus quando vi uma porta que parecia ser um. Na verdade, era o C.A. da Antropologia. Uma garota já foi logo me perguntando se eu queria me registrar em algum movimento estudantil de não sei lá o que. Pensei em dizer que estava precisando cagar muito rápido, mas ela era tão gata que eu falei que sim. Tainá: cabelos pretos, baixinha e com uma estrutura rabial nota dez... Aí, acho que ela me deu um certo mole... Conversa vai, conversa vem, ela me chamou para um show de uma banda hoje à noite que eu nunca tinha ouvido falar: Loser Manos. Nome engraçado esse! Estava fazendo uma força sobre-humana para manter a moréia dentro da caverna, mas realmente tava foda. Continuamos conversando e rindo. Ela riu até bastante, mas eu, na verdade, tava mesmo rilhando os dentes porque assim ficava mais fácil disfarçar as contrações faciais que eu estava tendo ao travar o cu para não cagar ali mesmo na frente dela. Pensando bem, eu tinha ouvido falar alguma coisa sim sobre essa banda lá na Europa ainda, mas não me lembro bem o quê. Ah, acho que vi esses caras no noticiário local dando uma entrevista. Achei que fosse uma banda de crentes tradicionalistas tipo Amish.Todos de barba, com umas roupas meio fudidas. Parecia até a Família Buscapé! Dão a impressão de ser uns sujeitos legais, mas o que me chamou a atenção mesmo foi o jeito da repórter, como se fosse a fã nº 1 deles, como se estivesse cobrindo a volta do Beatles ou coisa parecida. Não entendi esse jeito "vibrão" de trabalhar. Bom, mas se eu conseguir ficar com o bicho bom da Tainá hoje à noite, já tô no lucro! Marcamos de nos encontrar na entrada do ginásio. Rapaz, acho que tô dando sorte aqui no Brasil! Ia ser fácil achar essa garota no meio da multidão. Ela se veste de uma maneira estilosa, diferente, bem individual: sandália de dedo, saia indiana, camiseta de alça, uma bolsa a tiracolo e o mais interessante: um óculos fininho, de armação escura, grossa e retangular, engraçados até! Depois de uns mil "Desculpe, achei que você fosse uma amiga minha.", finalmente encontrei Tainá e seu grupo de amigos. Cacete, isso sim é que é moda! Parecia uniforme de escola! Ela me apresentou suas amigas, Janaína e Ana Clara e seus respectivos namorados, Francisco e Bento. Uma mistura de fazendeiros com intelectuais. Uns caras de macacão, óculos e de sandália de pneu e com ar professoral. Pareciam ser legais, "do bem" como eles mesmo falam... Mas que não me deram muita conversa. "Do bem", isso mesmo! Gíria nova... Todos aqui são "do bem". E que nomes tão simples! Janaína, Ana Clara, Francisco, Bento e Tainá. Nada de Rogérios ou Robertos. E eu já tava me sentindo meio culpado por me chamar Washington... Realmente estava no meio de uma nova época da juventude universitária brasileira! Comecei a conversar com a Tainá antes que a banda entrasse no palco. Aí, acho que tá rolando uma condição até! Quem sabe posso me dar bem hoje? Ela começou a falar de música: "Quem você gosta em musica?", perguntou. - Pô, eu me amarro no George..." Ela imediatamente me interrompeu, dizendo alto: "Seu Jorge? Eu também amo o Seu Jorge!" Puxa, que legal! Ela gosta tanto do George Harrison que se refere a ele com uma intimidade única! Chama ele de "Seu"! Seu Jorge! Isso é que é fã! "Legal você já conhecer ele, hein? Eu sabia que ele ia se dar bem na Europa! O Seu Jorge é um gênio!" , ela emendou. Pô, eu morava na Inglaterra. Como eu não ia conhecer o George Harrison? Essa eu não entendi... Depois ela perguntou quais bandas que eu gostava. "Eu curtia aquela banda da Bahia...". "Ah, Os Novos Baianos, né?? Adoro também!" "Não, Camisa de Vênus! "Silvia! Piranha!" cantei, rindo. A cara que ela fez foi de quem tinha bebido um balde de suco de limão com sal. Senti que ela não gostou muito da piada. Tentei consertar: "Achava eles engraçados, mas era coisa de moleque mesmo, sabe?" Óbvio que não funcionou... Aí, acho que dei um fora... Depois, Tainá foi me explicando que o tal Loser Manos é a melhor banda do Brasil, etc., etc., etc., e que eles "promovem um resgate da boa música brasileira". "Tipo Os Raimundos com o forró?", perguntei. "Claro que não!", disse ela meio exaltada! Ela me falou que não se pode comparar os Los Hermanos com nada porque "eles são únicos", apesar de hoje se ter excelentes artistas já reverenciados pela mídia do Rio de Janeiro como Pedro Luis e a Parede, O Rappa, Ed Motta, Paulinho Moska, Orquestra Imperial, Max de Castro, Simoninha e Farofa Carioca. Ela mencionou também "Marginalia" ou coisa parecida. Foi isso mesmo que eu ouvi? Achei que ela estivesse elogiando eles... Esses foram os nomes artísticos mais escrotos que já ouvi, mas fiquei quieto. Fico feliz em saber isso pois quando me mudei o que fazia sucesso no Rio era Neuzinha Brizola e seu hit "Mintchura". Ainda bem que tudo mudou, né? Só depois percebi que o nome da banda é em espanhol: Los Hermanos. Ah bom! Mas se eles são tão brasileiros assim porque não se chamam "Os Irmãos"? Quando saí daqui os nomes de muitas bandas costumavam ser em inglês e até em latim. Ainda bem que essa moda de nomes de bandas em espanhol não pegou por no Brasil! Pelo que me lembro, ao explicar qual é a dos "Hermanos", ela usou a expressão "do bem" umas 37 vezes e disse que eles falam de romantismo, lirismo, samba, brasilidade e circo. Legal, mas circo? Pô, circo é foda! Uma tradição medieval que ganha dinheiro maltratando animais. Onde está a poesia de ver um urso acorrentado pelo pescoço tentando se equilibrar miseravelmente em cima de uma bola enquanto é puxado pelo pescoço por uma corrente e por um cara com um chicote na mão? Rá, rá, rá... Engraçado pra caralho! Na boa, circo é meio deprimente. Palhaço de circo só troca tapão na cara e espirra água nos olhos dos outros com flor de lapela e quando sai do picadeiro, vai chorar no camarim. Que merda! A única coisa legal no circo mesmo é quando ele pega fogo. Isso sim que é um espetáculo de verdade! Aquela correria toda, etc. Senti que essa galera se amarra em circo. Não faz sentido se eles são tão politicamente corretos assim, né? E os pobres animais? E eu querendo não passar em branco com a conversa com a Tainá, mas não conseguia lembrar de jeito nenhum a única coisa que eu sabia sobre a banda... Cacete...! O que era mesmo? De repente, uma gritaria histérica! O show tava começando! O ginásio veio a baixo! Perguntei pra ela: "Eles são todo irmãos, né, tipo o Hanson?" Ela disse um "não" esquisito, como se eu tivesse debochando. Todos eles usam uma barba no estilo Velho Testamento e se chamam "Los Hermanos"! O que ela queria que eu pensasse? Após ouvir a primeira música deu pra ver que os caras são profissionais mesmo, tocam bem e são completamente idolatrados pelo público, para dizer o mínimo. Fiquei prestando atenção ao show. Tem uma influência de Weezer, Beatles e Chico Buarque. Esse aí é fodão, excelente compositor mesmo. Lá na Inglaterra conhecia uns caras que eram ligados ao movimento "Dark", como chamam por aqui. São os sujeitos que gostam de Bauhaus, Sister of Mercy, The Cure, etc. E tem a maior galera aqui no Brasil também que se veste de preto, não toma sol, curte um pessimismo niilista e se amarra nessas bandas. Mas se eles sacassem que o Chico Buarque é o genuíno artista "Dark" brasileiro. Pô, é só ouvir as músicas dele pra perceber: "Morreu na contra-mão atrapalhando o tráfego" ou "O tempo passou na janela é só Carolina não viu". "Pai, afasta de mim esse cálice, de vinho tinto de sangue" ou "Taca pedra na Geni, taca bosta na Geni, ela é boa pra apanhar, ela é boa de cuspir, ela dá pra qualquer um, maldita Geni". Tudo alegrão, né? Se eu fosse dark, só ia ouvir Chico Buarque, brother! Tentei reengatar a conversa dizendo que achava ao baixista o melhor músico dos Los Hermanos. Ela respondeu, meio irritada: "Mas ele não é da banda!" Como eu ia saber?O cara tem barba também! Aí, não tô entendendo mais nada... Adiante ela me disse que o cara que ela mais gostava era um tal de Almirante. Depois de alguns minutos deu pra ver que o camarada imita um pouco os trejeitos do Paul McCartney, só que em altíssima rotação. Ele fica se contorcendo feito um maluco enquanto os outros ficam estáticos. É engraçado até! Parece que ele tem uma micose num lugar difícil de coçar! E fica falando e rindo direto. Ele é o irmão gaiato do cara que canta a maioria das músicas, o tal de Marcelo Campelo, como anunciaram no noticiário local. Isso mesmo, Marcelo e Almirante Campelo: "Os Irmãos"! Legal! Já tava me inteirando! Ah, e tem também dois gordinhos de barba que estão lá também, mas devem ser filhos de outro casamento... Tava um calor desgraçado, coisa que eu realmente não estou acostumado. Fui rapidão ao bar pra beber alguma coisa. Comprei umas quatro latas de refrigerante que era o único troço que tava gelado para oferecer para meus novos amigos: "Aí, trouxe umas Coca-colas pra vocês!" Ouvi a seguinte resposta: "Coca-cola? Isso é muito imperialista... guaraná é que é brasileiro!" Puxa, que pessoal politizado... Isso mesmo, viva o Brasil! "Yankees, go home", rá, rá! Outro fora que eu dei! Mas, pensando bem, eles não usam o Windows e o Word pra fazer trabalhos da universidade? Ou usam o "Janelas"? Dessas coisas gringas não é tão mole de abrir mão, né? Mais fácil não tomar Coca-Cola! Isso sim que é ativismo estudantil consciente! Posicionamentos políticos à parte, tava quente pra caralho, então bebi tudo mesmo sob o olhar meio atravessado de todos eles... fazer o quê? Lá pelas tantas, começou uma música e todo mundo berrou e pulou. Parecia o fim do mundo. Logo nos primeiros acordes, reconheci o som e falei pra Tainá: "Ah, eu sei o que é isso! É um cover do Weezer! Me amarro em Weezer!" Ela olhou pra mim com uma cara indignada e disse: "Que Weezer o quê? O nome dessa música é "Cara Estranho". Já vi que não gostou de novo... Mas quem sou eu pra dizer algum coisa aqui, né? Porra, mas que parece, parece! Mas o que era mesmo que eu não consigo lembrar de jeito nenhum sobre eles? Acho que conheço alguma outra música deles... Só não consigo dizer qual... Sabia que se eu quisesse me dar bem logo com a Tainá teria que ser entre uma música e outra pois parecia que ela estava vendo um disco voador pousar enquanto os caras tocavam. Resolvi fazer uma piada que sempre rola em shows. Quando o Campelo tava falando alguma coisa qualquer, berrei: "Filha da putaaaaaaaaaa!" Pra que? Tainá e sua milícia hermanista me deram uma cutucada na costela que me fez perder o ar! Pô, todo show rola isso! É quase uma tradição até! E é só uma piada! Aí, esse pessoal leva tudo muito a sério! Caralho... Pensei em pegar uma camisinha da minha carteira e fazer um balão e jogar pra cima, como rola em todo show, pra mostrar pra Tainá que eu sou uma cara consciente, tipo: "Aí, Tainasão, se tu quiser, eu tô preparado!", mas depois dessa vi que senso de humor não é o forte dessa galera... O tempo tava passando e nada de eu pegar a minha nova amiguinha. Quando fui tentar falar uma coisa no ouvido dela, foi o exato momento em que começou uma outra música. Foi aí que a louca deu um grito e um pulão tão altos que eu levei uma cabeçada violenta bem no meio do meu queixo! Ela não sentiu nada, óbvio, pois estava em transe hipnótico só por causa de uma canção sobre a beleza de ser palhaço ou lirismo do samba ou qualquer sacanagem do gênero. A porrada foi tão forte que eu mordi um pedaço da minha língua. Minha boca encheu d?água e sangue na hora. Enquanto eu lutava pra não desmaiar, instintivamente enfiei a manga da minha camisa na boca pra estancar o sangue e não cuspir tudo em cima de Ana Claudia e Jandaína or something. Só que estava tão tonto com a cabeçada que tive que me segurar em uma ou outra pessoa pra não cair duro no chão. Foi quando ouvi: "Nossa, que horror! Lança-perfume! Esse playboy tá doidão de lança! Que decadência..." Lança-perfume? Cara, lógico que não! E mesmo que tivesse, todo show tem isso! Mas nesse, não pode. É "do bem". É feio ter alguém cheirando loló!! Pô, todo show que eu fui na vida tinha alguém movido a clorofórmio. Que merda... Babei na minha camisa até o ponto dela ficar ensopada! Fui ao banheiro tentar me recuperar do cacete que tomei. Lavei o rosto e tirei a camisa. Quando voltava passei por uma galera e ouvi resmungarem alguma coisa do tipo: "...e esse mala aí sem camisa..." Porque não se pode tirar a camisa num show? Isso aqui não é só uma apresentação de uma banda? Parecia que eu ainda estava na Europa! Regulões do caralho... E, afinal, o que significa "mala"? Estava enxergando tudo embaçado e notei que minhas lentes de contato tinham saltado pra longe com a cabeça-ariete de Tainá e esmagadas por centenas de sandálias de dedo. Lembrei que sempre levo um par de lentes extras no bolso. É uma parada moderna que eu achei lá em Londres. Um estojo ultrafino com uma película de silicone transparente dentro que mantém as lentes umedecidas e prontas para uso. Abri o estojo e peguei cuidadosamente a película com as duas mãos e elevei-a contra a luz para conseguir achar as lentes. Estiquei os polegares e indicadores, encostando uns nos outros, para abrir a película entre esses dedos. Balançava o negócio levemente, de um lado para o outro, contra a pouca luz que vinha do palco para conseguir localizar as lentes. Não estava enxergando nada direito! Quando tava lá com as mãos pra cima, fazendo uma força do caralho pra achar a porra dessas lentes, um dos caras legais com nomes simples, me deu um puta safanão no ombro. É claro que o silicone voou longe também. Caralho, minhas lentes! Custaram uma fortuna! Que filho da puta! "Que sinal é esse que tu fazendo aí, meu irmão? Tá desrespeitando as meninas? " "Que sinal, que sinal?", respondi, assustado. "Buceta, palhaço!", apertando o meu braço que nem um aparelho de pressão desregulado. "Você tá no show do Los Hermanos, ouviu? Los Hermanos! Ninguém faz sinal de buceta em um show do Los Hermanos, sacou?", gritou o tal hipponga na minha cara. Que viado, eu não tava fazendo nada! Parece uma freira de colégio! Que lance é essa de buceta? Da onde esse prego tirou isso? As meninas... (Perái! Menina? A mais nova aí tem uns 25!) ficaram me olhando com a cara mais escrota do mundo! A essa altura, já tinha percebido que não ia agarrar a Tainá nem que eu fosse o próprio Caetano Veloso! "Bento", que nome mais ridículo... Isso aqui é um show ou uma reunião de alguma seita messiânica escolhida para repovoar a Terra? Caralho, que noite infernal. Tava com a língua sangrando, sem enxergar direito, só de calça, arrotando sem parar e puto da vida porque só tinha aceitado vir aqui por causa de mulher. Estava no meu limite. Isso era um show ou uma convenção do Santo Daime? Que patrulhamento! E, de repente, vejo Tainá e seus amigos olhando pra mim atravessado e cantando a seguinte frase: "Quem se atreve a me dizer do que é feito o samba?" Aí foi demais! Aí, eu me atrevo: Ritmo, melodia e harmonia. Pronto, só isso! Mais nada! Olha só: foda-se o samba, foda-se o circo, foda-se a obsessão por barba da família Campelo e, principalmente, foda-se essa galera "do bem" que está aqui!" Apesar de tudo, a banda é realmente excelente! O que incomoda mesmo é esse público metido a politicamente correto e patrulhador e a imprensa que força a barra pra vender alguma imagem hipertrofiada do que rola de verdade. Esse climão de festival antigo de música popular brasileira, daqueles com imagens em preto e branco, com todo mundo participando, que volta e meia reprisam na tv. "Puxa vida, um novo movimento musical brasileiro?" "Estamos realmente resgatando a nossa cultura!" ? Ei, é só música pop! MÚSICA POP! Caralho, finalmente lembrei! Eu conheço uma música deles! Ouvi em Londres! Numa última tentativa de salvar meu filme com Tainá, na hora do bis, berrei bem alto: "TOCA ANA JULIA!" Só acordei no hospital. Tomei tanta porrada que vou ter que fazer uma plástica pra tirar as marcas de pneu da minha cara! Fui pisoteado! Neguinho ficou puto! Qual é o problema com essa música? Me lembro de estar sendo chutado pela elite dos estudantes universitários brasileiros e da própria Tainá, gritando e me dando um monte de bolsada na cabeça! Que porra louca! Tentaram me linchar! Ofendi todo mundo! Pô, Ana Julia é uma música boa sim! É um pop bem feito! Se não fosse, o "Seu Jorge" Harrison não teria gravado, né? Se ele não entende de música, quem entende? Me disseram depois que o tal Campelo se retirou do palco chorando, magoado, e o outro irmão mais novo dele, o nervosinho que imita o Paul McCartney, pulou do palco pra me chutar também. Do bem? Do bem é o cacete... Aí, sinceramente, ainda prefiro o Camisa de Vênus... Adolar Gangorra tem 65 anos, é editor do periódico humorístico Os Reis da Gambiarra e é filho único. p.s. não resisti, esse email é mto engraçado!!! eu adoro los hermanos, mas tem um público bem xiita... acho que todo artista... ;) sexta-feira, setembro 30, 2005
:: black rebel motorcycle club a banda californiana "black rebel motorcycle club" lançou esse ano o disco "howl". lembro-me que havia ouvido algumas coisas anos atrás, mas como estava essa febre pelo novo rock -- encabeçada pelos strokes -- acho que deixei de lado essa banda para me concentrar em outras. não tenho essa manha de ouvir sempre o novo sem o mínimo de horas de apreciação. mas eis que o disco novo cai na minha mão em um momento em que retorno para as guitarras distorcidas e o bom rock n roll. mas calma: se você espera algo meio strokes ou kings of leon ou killers vai se decepcionar. nesse disco o black rebel calca em seus timbres a boa canção norte-americana: o blues, o folk e aquele country de raiz. algumas vezes me lembra um pouco o spiritualized com sua temática de fé outras vezes me lembra o wilco, grande banda folk -- que estará no tim festival. um grande disco, um dos melhores do ano. aliás que tal um top 5 de discos do ano, meninas? quinta-feira, setembro 29, 2005
:: you can leave your hat on top 5 músicas de sexo -- não propriamente falando de e não propriamente definitivo. 1. you can leave your hat on _ joe cocker 2. erotica _ madonna 3. suck my kiss _ red hot chilli peppers 4. anybody seen my baby _ rolling stones 5. i love you mary jane - cypress hill & sonic youth :: flaming lips _ yoshimi battles the pink robots quem me conhece sabe o quanto eu amo esse disco do flaming lips. e é a banda que mais quero ver no claro que é rock. a minha irmã bruna mara assistiu a um show deles em londres e disse que foi um dos melhores que ela já assistiu. eu gosto muito dessa mistureba lúdica com guitarra distorcida. oh, yoshimi, they donï?½t believe me but you won't let those robots eat me. poemas insólitos, arranjos malucos. por muito tempo esses versos ficaram na minha cabeça, são da música "fight test", a que abre o disco: i don't know where the sun beams end and the star light begins it's all a mystery and i don't know how a man decides what right for his own life it's all a mystery eu não sei o que vai ser da minha vida, baby. é tudo um mistério! :: ética nesses tempos de crise política no país (nem sei se a palavra crise é a mais adequada, gosto mais de enfrentamento) está passando nas madrugadas de segunda-feira a série "ética" na tv cultura. produzida no começo dos anos 90 pelo o2, a série tem um tratamente gráfico e sonoro muito sofisticado para a época e dá um ritmo dramático para os discursos filosóficos de grandes pensadores brasileiros. mas não se trata de meramente "política", pelo menos, não a que conhecemos pela mídia em geral. ética nos deixa numa trama de pensamentos que vão desde a necessidade de ser feliz do homem até a tão conturbada democracia. abro dois momentos que me emocionam: o primeiro é do professor antonio cândido questionando o simplório racicionio da maioria em geral que o que é ético é ultrapassado. ele menciona que conceitos que hoje são éticos foram muitas vezes anti-éticos em outros tempos. e nos alerta para a pratica da boa ética que muitas vezes é subversiva. o segundo momento é a professora marílena chauí discorrendo sobre a busca do ser humano pela felicidade. sempre a vejo como uma professora muito séria no sentido humor. ela abre um sorriso para falar de felicidade. é uma das coisas mais emocionantes na tevê brasileira. p.s. e faça-me o favor, revista veja. sugerir que a marílena chauí está gaga tirou qualquer crédito e consideração que tenho. a reportagem pode ter sua opinião, mas é tão criança, os argumentos tão simplórios que chego a pensar se esses jornalistas sabem o que é filosofia. terça-feira, setembro 27, 2005
:: Climão Me parece que a Lu ainda tá traumatizada, então eu termino de contar a nossa fatídica sexta-feira. (Lu, estou pensando em exagerar um pouco pra ficar mais interessante, não me desmente, tá?) Fomos contratadas por um cara muito bacana que fazia 30 anos e queria boa música. Só que no mesmo dia e local duas gurias faziam uns 20 anos e queriam dance music, "tecnera" (argh)e flashback sem nenhuma classe. Sem falar, é claro, do já citado CHICRETECOMBANANA - pq elas e as amigas tinham essa cara de mina que vai em micareta, sabe como?, e queriam dançar com os bracinhos pra cima e fazendo u-hu! a cada troca de música. Pavor. O aniversariante, coitado, que não sabia de nada disso, chamou a gente e pagou uma certa quantia por 4 horas de som. E as outras duas tinham se acertado com o dj da casa e não sabiam da nossa existência até então. Aconteceu o óbvio: no começo sorrisos e compreensão de ambas as partes, no meio rixa, no fim treta. Não bastasse a diferença de estilos, ainda rolou que as meninas e sua amigas encanaram com 2 djs mulheres (e ainda por cima simpáticas, e ainda por cima dançarinas, e ainda por cima GATAS, haha) chamando a atenção na pista. Sendo assim, a cada entrada nossa elas vaiavam, se aglomeravam num canto de braços cruzados e ficavam encarando com ar de bravinhas e cochichando nos ouvidos uma da outra, tipo escola pré-primária, uma situação engraçada por uns minutos mas que começou a dar gastura e nervoso na gente, pq olhar urubuzento de mulher dá um azar desgraçado e tava rolando um clima "vamos pegar essas djéias de porrada lá fora" um pouco desagrádavel. E então, 3 da manhã, a aniversariante mais barraqueira vem colocar o dedinho na nossa cara e dizer que estamos EXPULSANDO da festa seus amiguinho de mau-gosto que não aguentam mais ouvir "a nossa música". E o cara, que nos contratou à parte e portanto estava pagando, não deixava a gente liberar pro outro dj. Sinuca de bico: o dinheiro ou nossas vidas/nosso dentes/nossas carinhas sem hematomas no dia seguinte? Enfim, a vida não tá fácil pra ninguém, então a gente tocou quase a festa toda e o mocinho e seu amigos legais ficaram muito felizes e dançaram loucamente. Foi bom também porque a tropa de choque não pôde com tanta sofisticação musical e foi-se embora cedo, provavelmente com suas cabeçinhas ocas doendo e pedindo por uma boa noitada no Santa Aldeia para voltarem ao seu estado-ameba-habitual. Mas agora convivemos com a culpa de termos estragado a festa de duas jovens, ainda que elas fossem duas vadiazinhas recalcadas. Porque, no fundo, elas tinham alguma razão. Se o gosto musical era discutível... (Parênteses: ok, eu estou nojenta com essa minha pretensãozinha "elite-cultural que sabe o que é bom". Eu sei que é feio mas não consigo evitar, gosto é gosto e o nosso é sempre melhor que o dos outros, ainda mais num caso evidente em que É MESMO como esse. Então perdoem o tonzinho superior, please, até porque minha autoestima foi muita abalada com essa história toda e eu preciso me recuperar destruindo alguém. Grata pela compreensão, fecha parênteses) ...Se o gosto músical era discutível, o indiscutível é que a festa também era delas e portanto elas podiam ouvir a porcaria que bem entendessem. Tá certo que elas foram PIRRACENTAS e MAL-EDUCADAS, mas aí já não é problema nosso, dj é pago também pra ser surdo-mudo e não brigar com ninguém, por mais que sempre tenha um, ou uns, que mereçam. Enfim, o saldo foi: elas detestaram a festa, nós detestamos tocar na festa, o cara detestou tretar na festa e o dono do bar - o cretino desorganizado que causou toda a treta porque não soube negociar o espaço - encheu o cu de dinheiro às custas de todos. (E o mais triste é que, no fim das contas, eu nem exagerei tanto.) sábado, setembro 24, 2005
::Clímax? Quando parecia que aquele "toca black" seria a coisa mais estranha que eu iria escutar numa festa me vem esse indivíduo e pergunta se temos Jorge Ben, isso no exato instante em que está tocando, adivinhem!, Jorge Ben. Enfim, eu e Lu tocamos juntas numa festa sexta e fomos hostilizadas por uma horda de lolitas quer queriam ouvir Chiclete com Banana e foi tudo muito estranho, a Luiza vai contar com detalhes, né Lu? sexta-feira, setembro 23, 2005
:: tempo tempo tempo tempo fui num show da maria bethânia ontem. nunca tinha assistido a um. fiquei estarrecido. claro que não tenho experiência em shows de mpb, mas fiquei impressionado com essa mulher no palco. ela praticamente parou o tempo dentro do tom brasil. até os seus ruídos são mágicos. até seus erros são acertos. percebi ali a experiência de uma vida dedicada aos palcos. em outro post comento momentos do show. segunda-feira, setembro 19, 2005
quarta-feira, setembro 14, 2005
:: sobre ismael silva ainda e futebol num desses documentários tendenciosos dos canais de esporte para já vender a copa de 2006, ouvi uma história do famoso jogador húngaro puskas. como não podiam receber altos salários, os esportistas de regimes comunistas tinham cargos políticos-militares em troca de representação por seu a país. um dia, vendo seu companheiro de time sofrer com uma tuberculose, puskas que quase nunca usava uniforme militar, vestiu-se adequadamente e foi até o gabinete do ministro da defesa. esperou ser recebido. impaciente, simplesmente entrou no escritório e pediu que seu companheiro recebesse tratamento urgente. no dia seguinte, o doente foi transferido no mais moderno hospital militar. tudo isso para falar sobre "antonico", esse clássico no qual ismael pede para o tal que ajudasse seu amigo nestor, aquele que toca cuíca, surdo e tamborim. dentro das temáticas usuais do samba, essa música é preciosidade porque simplesmente desloca o drama da pobreza para a fala de um terceiro, um amigo, um companheiro de samba-futebol. se tiverem paciência, baixem aqui. :: teresa cristina e grupo semente o samba pede passagem. que sandálias você usa, minha querida, para sambar? nesses últimos dias estava procurando nas lojinhas de discos das rua augusta alguma coisa do ismael silva -- ô, antonico! -- e donga quando ouvi essa moça tocando no som ambiente de uma das lojas. estava passando a vista nos muitos cd´s e aos poucos ela foi me conquistando tal como o samba conquistou o meu gosto. teresa cristina foi revelada nos bares da lapa carioca. tem uma simplicidade na voz e suas interpretações de paulinho da viola são muito boas. recomendo. terça-feira, setembro 13, 2005
:: trânsito lembro-me da bz falando que adora essa música, trânsito, do ludov. pois bem, estou fazendo um videoclipe bacana. assim que a banda aprovar, passo o link. segunda-feira, setembro 12, 2005
:: ironia. é fazer campanha pra reviver o no-scrubs e acontece isso: a vida enlouquece e quando a gente vê tá trabalhando até domingo, setembro 11, 2005
:: tim festival eu vou. você vai? acabei comprando para o único dia em são paulo. strokes, arcade fire, mundo livre e kings of leon -- tem a mia, mas eu não conheço. 23 de outubro. se estou empolgado? laaaaaaaaaaaast night, she saaaaaaaaaaaid... quinta-feira, setembro 01, 2005
:: pato fu - toda cura para todo mal o pato fu é uma das bandas mais divertidas do pop-rock nacional. confesso que numa primeira audição eu não tinha gostado do disco novo. mas como sou uma pessoa influenciável pacas, depois de conhecer a banda, confesso que parei para ouvir melhor. o pato fu é uma banda que mergulha no universo pop, que vai desde snoopy até sepultura. adoram invencionices e é muito interessante acompanhar essa evolução. que banda nacional hoje tem o cacife de usar bateria eletrônica, guitarras distorcidas, ter uma voz doce, cantar em japonês e espanhol e ainda fazer baladas pop de alta nível? no disco novo, atente-se ao pop radiofônico de "anormal" e a homenagem a série "peanuts" em "amendoim". p.s. fernanda takai rules! domingo, agosto 28, 2005
:: nellie mckay (ao som de "sari" de nellie mckay) meninas boas vão para o céu, meninas más vão qualquer lugar. nellie mckay é uma inglesinha arretada. a primeira vez que eu a ouvi foi no programa manhattan connection (que nem gosto muito). ela mora em nova iorque, mas se você espera um rock à lá strokes ou um jazz do harlem, você será surpreendido. essa moça de voz doce flerta pelo jazz sim, mas passa pelos blues, pelo pop e até o hip-hop! com letras irônicas em contraponto a um jeito delicado de cantar, nellie mckay gravou seu primeiro disco em 2004, "get away from me", uma brincadeira com o disco de norah jones, "get me away from here". só agora baixei o disco dessa moça e posso dizer que é maravilhoso. delicado e engraçado. vou deixar aqui para baixar a música "sari", um rap para lá engraçado. sexta-feira, agosto 26, 2005
:: madeleine peyroux (ao som de lonesome road da própria) a primeira vez que ouvi falar de madeleine peyroux foi de um email que a rossana -- grande admiradora de frank sinatra -- me escreveu pedindo que baixasse algumas músicas. com esse nome, pensei que era algo francês romântico -- a rossana tem seus momentos bregas, vide "wham!". qual foi meu espanto ao ouvir o timbre e a suavidade muito próxima de billie holiday. no começo pensei que a moça estava apenas fazendo uma cover da diva, mas não é que o jeito que ela canta mesmo? fiquei fascinado. madeleine peyroux canta com uma suavidade que disfarça a intensidade. como se a boca tratasse bem o microfone enquanto as mãos, pernas e corpo tocassem tensos o pedestal de apoio. os seus dois discos são maravilhosos. o primeiro, "dreamland", tem uma veia mais bluseira e folk indo até pro gospel (dreamland, muddy water e a prayer). o segundo e mais recente, "careless love", já cai para algo mais jazzistico. preferidas: don´t wait too long, dance me to end of love, don´t cry baby e a que dá nome ao disco, careless love. estou ansioso para os shows no brasil. espero que ela não suma de novo antes de passar por aqui... ;) para ouvir : lonesome road quinta-feira, agosto 25, 2005
:: o retorno (ao som de "dance me to end of love" com madeleine peyroux) depois de uma longa pausa, o no-scrubs volta com fôlego novo (eu pelo menos). não sei o que acontece nessa vida que a gente desanima por coisas que nos foge a razão e interesse. tenho impressão que a minha desistência desse espaço era porque as outras colunistas também haviam desistido. dá uma certa tristeza perceber que pouca coisa nos envolve e nos reúne nesses dias tão corridos... a mariana levantou a bola e eu contínuo: vamos puxar uma rima e mandar bala. confesso que me dá alegria esse retorno porque não estava conseguindo falar de coisas mais fúteis no parachutes -- meu outro blog. e além do mais, volto porque é uma declaração de amor para as colunistas que embora tentem, não conseguiram abandonar essa barcaça. é nóis! :: money that´s what i want 23/09 a 25/09 - los hermanos - cie music hall 21,22 e 23 de outubro - tim festival : strokes, arcade fire, wilco, elvis costello 23/11 - madeleine peyroux - via funchal 1/12 e 2/12 - pearl jam - pacaembu p.s. the house is falling down... :: preparando a volta novos tempos. novas frases de guitarra. novos amores. novas terras. novos pensamentos. novos corações. novas dores. novas notas. novos post. e as amigas de sempre para sempre. terça-feira, agosto 23, 2005
::HELLRAISER? (Ando com vontade de ressuscitar isso aqui. Se ela durar mais de uma semana vou começar a botar pilha nos meus irmãos de blog pra ver se rola uma empolgação coletiva) quinta-feira, abril 07, 2005
segunda-feira, março 14, 2005
segunda-feira, fevereiro 28, 2005
:: oscar 2 existe justiça no oscar? bom, o brilho eterno de uma mente sem lembranças ganhou por roteiro (que basicamente é fodaço). e o jorge dexler ganhou melhor canção (que basicamente é fodaço tb). :: oscar tah rolando o oscar e meu desinteresse pela cerimonia me mostra cada vez mais que não nasci para essas coisas. domingo, fevereiro 27, 2005
:: o amigo oculto desculpe, mas o filme é ruim. eu já sabia tudo que ia acontecer antes do meio do filme. prevísivel de mais. a menina está bem. de niro, segura. a jean gray é mto gata. mas eu quis sair no meio. eu só não saí pq sou mto curioso e queria saber se eu estava certo... estava. é ruim. sexta-feira, fevereiro 25, 2005
:: manifesto não assisti ao filme, mas compartilho da opinião. "Dos criadores e amigos de "Diários de Motocicleta" 'Diários de Motocicleta' é um projeto que demorou cinco anos para que se convertesse em realidade. Durante esse período, os atores e a equipe, provenientes principalmente da Argentina, Chile, Perú, México, Uruguai e Brasil, compartilharam o sonho coletivo de explorar as raizes da identidade do nosso continente. Produção independente da companhia produtora de Robert Redford, South Fork, 'Diários de Motocicleta' é baseada nos diários escritos por dois jovens argentinos, Ernesto Guevara e Alberto Granado, que deixaram seu país de origem para descobrir a América do Sul. 'Diários de Motocicleta' já foi visto por 10 milhões de espectadores ao redor do mundo. A película recebeu mais de 40 prêmios internacionais e/ou indicações, incluindo Sete nominações da Academia Britânica de Cinema, como também indicações para o Cesar francês e para o prêmio Goya espanhol, e duas indicações para o Oscar. Recentemente a produção ganhou um prêmio Goya de Melhor Roteiro Adaptado e, dois prêmios BAFTA (Oscar britânico) por, Melhor filme Estrangeiro e Melhor trilha Sonora. Uma das indicações ao Oscar foi dada ao filme por sua canção 'Al Otro Lado del Rio (O Outro Lado do Rio)' ou 'The Other Side of the River'. Composta e interpretada pelo brilhante artista uruguaio Jorge Drexler, 'Al Outro Lado del Río' fala das opções morais e éticas pelas quais o jovem Ernesto Guevara optou quando se viu confrontado com as desigualdades sociais e políticas da América do Sul. É gratificante que a importante contribuição de Drexler ao filme tenha sido honrada desta forma. De fato, é a primeira vez que, uma canção escrita e cantada em espanhol é indicada ao Oscar. Entretanto, para nossa surpresa, nos inteiramos recentemente que Jorge Drexler não seria convidado a interpretar sua canção na cerimônia de entrega do Oscar. Esta decisão unilateral, dos produtores de TV da transmissão do Oscar, foi tomada sem consultar previamente ao artista que criou Al Otro Lado del Río ou aqueles que trabalharam na película durante muitos anos. Fora isso, para substituir Drexler, os mesmos produtores de TV optaram por não considerar nenhum artista oriundo do continente retratado por 'Diários de Motocicleta'. Nós, que estivemos profundamente envolvidos na criação e realização de deste filme durante os últimos cinco anos, gostaríamos de expressar nossa profunda insatisfação por aquilo que nos parece não só eticamente como também esteticamente inaceitável. A decisão que nos há sido imposta de um maneira autocrática não é somente uma falta de respeito pelo artista como autor, como também mostra um profundo desconhecimento das matizes culturais e as diferenças que existem no nosso continente. Durante o processo de realização do filme, nos demos conta de que a ignorância, com relação a quem somos e de onde viemos é no mínimo o centro de nossos problemas estruturais. A maneira como nossa cultura é continuamente distorcida, fora de nossas fronteiras é parte integral desta equação. Tomando decisões baseadas, unicamente em valores de mercado sem nenhuma consideração, pelas diferenças culturais em jogo, os produtores do Prêmios da Academia levaram essa distorção, seja deliberadamente ou inadvertidamente, um pouco mais longe, e o fazendo hão demonstrado, lamentavelmente, uma extrema ignorância e desprezo pela natureza do trabalho, sua voz e o que ela comunica. 'Diarios de Motocicleta' é uma película que trata sobre o respeito a identidade e à cultura de um povo - e não sobre a trivialidade do encobrimento de suas especificidades. É irônico que um aspecto artístico é chave do filme não está sendo respeitado justamente no momento em que se supõe que ela é honrada. Aqueles de nós que temos estado profundamente envolvidos no filme, reprovamos esta decisão." quarta-feira, fevereiro 23, 2005
segunda-feira, fevereiro 21, 2005
:: descoberta vcs se ligaram que mês que vem este blog faz 2 anos? 2 anos e aconteceram tantas coisas... mta coisa foi registrada aqui. mas o que não foi? o que não foi fica para a próxima. domingo, fevereiro 20, 2005
:: finding neverland fui assitir a esse filme em companhia da dani pin. chorei, chorei e chorei. me identifiquei com algumas coisas. é engraçado que nesse final de semana comecei a questionar se toda essa minha tendência em inventar coisas valia a pena. digo: para mim é vital, mas será que prejudica os outros? o filme fala de um pouco disso... estou cheio de dúvdias. estou cheio de emoções. não sei o que quero da vida... só sei que não quero embrutecer... :: paulinho da viola no sesc pinheiros uma emoção tremenda ver aquele que considero o maior sambista vivo. pessoa simples, contador de histórias. paulinho mostrou um repertório com músicas inéditas e as clássicas "foi um rio que passou em minha vida", "dança da solidão", "sentimentos", "pecado capital", "para ver as meninas"... o show do ano para mim. boa companhia dos amigos, boa música para o coração. :: ludov + wonkavision = ccsp o show do ludov e wonkavision foi baum pacas. pulei, cantei, surtei. o wonkavision é uma banda do rio grande do sul que tem canções fofoletes com letras extremamentes deprês. essa estranheza dá um resultado muito diferente e bom. aliado a uma sonoridade própria vinda do sintetizador mug. o ludov amadureceu o show e mostrou um repertório mto bom. o seu disco de estréia "exercício das pequenas coisas" é uma raridade dentro das coisas que lançam por aí. vale a pena. quinta-feira, fevereiro 10, 2005
:: tudo de bom passei na fuvest! uhu! vou ficar no meu trampo por enquanto! uhu! a portela não caiu! uhu! o são paulo é lider! uhu! show do paulinho da viola dia 20! uhu! terça-feira, fevereiro 08, 2005
::Por quê eu desisti da gastronomia - Filha, acho que ainda tem tomate na geladeira de fora, usa pro vinagrete. - Ih, eles tão com uma cor esquisita, acho que estragaram... - Tomate, Mariana. Não caqui. :: rap do real _ pedro luís e a parede a galera do pedro luís e a parede nem são tão novos assim. o pedro luís é um cara que já garimpa a cena independente faz algum tempo. é dele também a genal "miséira s.a." gravada pelo rappa. os caras navegam por vários gêneros e bebem de várias fontes. o "rap do real" está mto mais prum funk. a letra é genial. "eu vendo provas de amores... quanto vai pagar?" um real, é um real aí, é um real eu vendo pilha, bateria, fita cassete, biscoito, paçoca, doce de abóbra, doce do côco, rádio relógio, despertador de sono, não vendo é sonho, mas pode pedir, se eu não tenho sei quem terá. vendo pano para cortina, eu vendo verso, eu vendo rima, carta para o rapaz, carta para a menina, eu vendo provas de amores e minha poesia, minha fantasia quanto vai pagar? quantos reais se faz uma realidade? preciso de muitos sonhos para sobreviver numa cidade grande jogo, você tem que estar esperto, ser honesto há um resto que não é pouca bobagem. p.s. a letra eu tirei de ouvido, se estiver errado é por isso. segunda-feira, fevereiro 07, 2005
:: nobody does it better _ radiohead a versão original dessa música é da carly simon, lá nos anos 80. acho que foi até trilha de james bond. mas essa versão do radiohead é um arrasa quarteirão: thom yorke gritando "baby you´re the best!". Nobody does it better Makes me feel sad for the rest Nobody does it half as good as you Baby you're the best I wasn't looking but somehow you found me I tried to hide from your love light But like heaven above me, the spy who loved me Is keeping all my secrets safe tonight And nobody does it better Sometimes I wish someone would Nobody does it half as good as you Why'd you have to be so good The way that you hold me, whenever you hold me There's some kind of magic inside you That keeps me from running, but just keep it coming How'd you learn to do the things you do And nobody does it better Makes me feel sad for the rest Nobody does it quite the way you do Baby, baby Baby you're the best Baby you're the best Baby you're the best Baby you're the best :: as músicas da minha cabeça a partir de agora vou disponiblizar um mp3 por dia, com sua devida letra (quando tiver). o serviço que estou usando só permite que ele fique 7 dias online. então, não perca tempo! quarta-feira, fevereiro 02, 2005
::Closer (ou: Por que é tão difícil ser psicologicamente saudável nessas horas?) Amor, então, também acaba? Não, que eu saiba. O que eu sei é que se transforma numa matéria-prima que a vida se encarrega de transformar em raiva. Ou em rima. Paulo Leminski (Valeu, Fudge!) sexta-feira, janeiro 21, 2005
:: hoje é dia de maria a série da globo chegou sem muito alarde, ofuscada até pela estréia do big brother brasil, mas já considero uma das melhores obras que a tevê brasileira já fez. não é só pela sua estética muito particular -- cenografia, foto e figurino -- e nem pela sua mise-en-cene -- tão experimental quanto do teatro, mas dirigida para a câmera e microfones -- mas também pelo texto. muitas poucas obras televisivas conseguiram não se preocupar com um "folclore brasileiro", mas a partir dele construir uma história bela e comovente. não que o folclore brasileiro não possua suas histórias comoventes, mas sempre se corre o risco da preocupação do quanto pura ela deixará de ser. "hoje é dia de maria" foge desse medo. não é uma antologia de cantos, cirandas, lendas e histórias do imaginário mais folclórico. acho que é mais que isso: na história de maria está representado boa parte das desilusões e esperanças dos muitos povos que constroem o brasil. é evidente que a cultura do nordeste é mais prepoderante principalmente pelo enredo. mas "hoje é dia de maria" conta a história de muitas marias que há no brasil. marias desiludidas e esperançosas. algumas pessoas podem achar chato a série. e talvez nem seja para esse público seja destinada a série. mas para as pessoas que gostam da construção desses universos lúdicos acaba sendo um prato cheio. p.s. uma dica é visitar a exposição no centro cultural são paulo sobre a missão folclórica que mário de andrade organizou para recolher muito desse imaginário. quarta-feira, janeiro 19, 2005
:: portishead pára tudo que eu quero descer!!!! depois de 8 anos, o portishead vai lançar disco novo! para quem não sabe, o portishead é a banda mais bacana de trip hop que existe. os caras fazem um eletrônico cheio de misturas, mas não pense que soa algo dançante... é totalmente sombrio! a voz tensa e delicada de beth gibbons nos dá uma medida aproximada do que é a dor que deveras sente. os dois discos dos caras -- dummy e portishead -- são verdadeiras obras de arte da música contemporânea e seu "portishead live in new york" é um achado pq além do que se ouve nos cd´s de estúdio há a presença de uma orquestra. fenomenal! o ano já começou bem! :: desencanei do metrô eu moro longe, sabe? na zl. sou quase um mano. para ir para o trampo, preciso pegar várias conduções, tá ligado? mas eis que aumentam o metrô e eu que já estava em concordata, agora que abro minha falência. mas como eu sou amigo da frasca, eu sempre tento ver o lado bom de tudo isso. demorei, frasca, mas descobri: vou desencanar do metrô. ora, por que raios preciso do metrô? para chegar rápido? nem. agora o lance é acordar mais cedo e caminhar mais. meu itinerário agora vai ser: busão de casa até o terminal pq dom pedro 2 e de lá a pé até o centro cultural são paulo. na volta, o contrário. vou queimar uns quilinhos só porque o miserável do alckimim resolveu aumentar o metrones. já falei para o meu contador desencanar da falência e ir lá no banco pedir mais empréstimo que agora eu decolo!!! agora, se o lance do bilhete único entre metrô e ônibus vingar. e o ônibus aumentar, aí o lance é comprar uma bike. vou ter umas pernas grossudas e a mulherada vai cair em cima... pq minha bike é de gasolina! sábado, janeiro 15, 2005
:: bjork a amiga bruna mara é louca por essa doida. e ela é doida mesma. a bruna e a bjork. mas é uma doidera muito sadia, inventiva. tem alguns álbuns que acho meio pesado de ouvir, por isso adotei o seguinte regime que chamarei de "bjork crazy audition". vou tomar como base o último disco dela, o medulla, um disco mto sombrio, experimental, com mais ruidinhos do que instrumentos musicais (dizem que não há nenhum). o lance é ouvir esses discos entrecortados com o disco jazzistico dela: o glin-gló. glin-gló é um disco em que a bjork canta um jazz indo pro cool, em inglês e islandês! o timbre e o jeito de cantar mto pessoal dela adapta-se mto bem ao jazz (ou o contrário?). o disco é lindíssimo, recomendo. quanto a medulla, ao sabor de glin-gló, é mais aprazível. bruna mara, cadê você, eu vim aqui só para te ver... :: a volta fiz um acordo com a mariana. disse que voltaria a escrever aqui se ela postasse um texto muito foda que me convencesse. podem ver pelos posts abaixo que ela não chegou muito perto. quebrando então nosso acordo, vou eu retornar mesmo que a luiza tenha desencanado e a mariana nem ligue muito para isso aqui. aí o caro leitor me pergunta: por que voltaste? primeiro eu digo que usar segunda pessoa do singular é mto style. segundo é que aqui me sinto feliz. posso falar um monte de merda e fazer minhas resenhas sobre discos, filmes, quadrinhos, livros, etc... o parachutes (http://www.parachutes.blogspot.com), o meu outro blog, é um lugar para investigações e declarações de amor. no no-scrubs me proponho a ter alguma graça. e para o retorno já decidi levar o lance com alguma zoeira, com todo respeito às outras colunistas se é que elas vão voltar a escrever aqui. yeah! |
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