sexta-feira, julho 30, 2004
 
:: show do ludov ao vivo via web

o show do ludov e autoramas no centro cultural sao paulo (19h, sabado, 31 de julho) serah transmistido ao vivo na web. quem nao mora em sao paulo ou nao estiver por aqui, utilize os links para ouvir.

a transmissao estah em fase de teste, quem puder, por favor, me fale como foi a transmissao (qualidade, drops, etc), desde jah agradeco!



os links estarao disponiveis a partir das 18h30...



domingo, julho 25, 2004
 
:: sobre a vitória do brasil na copa américa

ok, ganhar da argentina é legal. mas esse jogo foi muito mais engraçado do que emocionante. o brasil jogou péssimo. o que é aquele edu? era bolão para frente e bumba meu boi!!! a argentina era bem mais time e merecia ganhar e tal, mas o episódio de hoje foi muito hilário.

primeiro que empatar nos descontos é uma coisa ridícula. o segundo gol do brasil, quando a argentina já tava toda feliz comemorando o campeonato, foi o maior balde de água fria que eu já vi no futebol. fiquei com dó dos argentinos, nossa, muita dó. os caras não ganham nada faz 11 anos e estavam com o time principal. e eram muito mais raçudos que os brasileiros (inclusive, esses brasileiros tiveram a parrocha de usar uma camiseta branca quando ganharam). segundo: puseram o camisa 10 deles chutar o primeiro penalti: ridiculo. o cara pode ser um craque, mas só tem 20 anos e acabou de tomar uma fria com o gol no final. o técnico foi muito burro.

a argentina chorou, pessoal. é uma cena muito triste... eu ri, mas deu vontade de chorar. um grande melodrama. dont cry for us, argentina.

p.s. não esqueçamos que os caras vão para as olímpidas e nós, não.





sábado, julho 24, 2004
 
:: mari do volei


fernada e mari


estava eu ainda empolgado com o volei masculino brasileiro ( com a seriedade e talento, óbvio) quando começo a ler notícias sobre o feminino que também vai muito bem. assisti a um ou outro jogo e estava pensando que o bailado do masculino é bem mais legal ( dar porrada em cima dos italianos, sérvios e montenegrinos é muito divertido) quando deparei-me com a seleção feminina enfrentando o japão. de primeira, tive vontade de torcer para o japão já que a seleção brasileira já está clasificada para as finais e é mais time. foi quando essa jogadora, a mari, me chamou a atenção.

a mari tem um jeito meio de metida, mas não é poser. passa um frieza que dói no coração. e a garota é muito boa atacante. no jogo contra cuba, virou a maioria das bolas. fernanda venturini em apuros: é bola alta na ponta para a mari.

para dizer que não virei paga-pau, vou falar que virei fã. e tenho dito.


 
:: jamie cullum

havia lido qualquer coisa em algum site sobre esse cara. algo como "jamie cullum: pop ou jazz?" como ando mexendo muito com música e principalmente a mistura de gêneros, esse nome ficou guardado em mnha cabeça. há dois meses atrás, assisti à uma apresentação dele no multishow sem saber ao certo que era ele. pensei: caracas, quem é essa cara que tem um piano tão cativante e uma voz com frescor do bom pop? foi uma surpresa ao saber que era o próprio cara que havia lido.

baixei então os dois álbuns: pointeless nostalgic e twentysomething. os dois são muito bons, embora o último seja muito bem mais trabalhado. o piano de cullum não tem vergonha de fazer a "baixaria". normalmente, a gente só ouve do piano as notas agudas enquanto o próprio baixo dá conta do resto. cullum viaja por todas as oitavas e flerta harmoniosamente com todos os instrumentos.

o romantismo de cullum é estranho ao som pop do que é produzido hoje. é mais para a dança a dois do que para o sexo, mas não se enganem: o som de cullum é sensual e não erótico (i could haved dance all night).

nesse momento da minha vida em que o romantismo pop se esvaziava de meu espírito (andava avesso a esses discursos e não estava muito a fim de revisitar os clássicos), jamie cullum dá um novo fôlego e sinto que vou me divertir muito.

p.s. tirando as músicas de trabalho, ouçam "wind cries mary". um canção bem ao bom estilo americano.


domingo, julho 18, 2004
 
:: tetracampeonato na liga mundial de volei masculino

pq não colocam o bernadinho como tecnico da seleção de futebol? eu estava vendo uma matéria sobre o jogo de hoje e o cara sabia tudo dos adversários. sabe quando vc percebe que o cara estudou? e o cara ainda tem pachorra de falar que se comemora só naquele dia pq amanhã a cabeça é nas olimpíadas ! vai ter humildade assim lá na...



 
:: paulinho da viola - meu tempo é hoje



faz um tempo que eu quero escrever uma resenha sobre esse documentário. assisti faz quase um mês e estou encantado.

o documentário tem algumas coisas que me irritam como filme, mas que não estragam o tema que é a obra de paulinho da viola. talvez os mais conhecedores sintam falta de alguns detalhes ( eu não sou conhecedor e senti ), mas o filme é uma ode ao bom samba. conhecer algumas intimidades do compositor dá uma universo maior às músicas que conhecemos. por exemplo, essa mania de arrumar ou reformar coisas antigas nos revela um paulinho da viola artesão, cuidadoso com detalhes práticos e não aquelas firulas estéticas.

há umas coisas estranhas como "posar" para fotos ou as gravações de algumas músicas que soam apenas videoclips. senti falta de uma melhor relação entre esses detalhes intimos e o fazer do compositor.

para mim, o melhor do filme é esse mergulhar em rodas de samba (na verdade, não é qualquer roda de samba). eu não tenho cultura de samba além de discos e leituras. tenho um ou outro conhecido que realmente é do samba. a felicidade é ver que os personagens desse mundo são tão simples e ao mesmo tempo cheios de vida (o que é aquela caixinha de fósforo na mão de elton medeiros ou mesmo as histórias de zé keti ? ). lembro dos feirantes da quarta-feira perto de casa ou da moça da limpeza que conhece todos os sambas do cartola ou da cara de um menino que toca cavaquinho e ficou maravilhado ao ver uma guitarra elétrica ao vivo.

outro ponto alto é quando paulinho da viola fala sobre a portela e "foi um rio que passou em minha vida".

o tempo de hoje nos revela maravilhas.


 
:: wonderfalls

está passando na fox, quinta-feira às 21hs, a ótima série "wonderfalls". o enredo é meio surreal: uma mulher "loser" que trabalha em niagara falls como vendedora do nada começa a falar com objetos inanimados que lhe invocam uma missão (normalmente para ajudar alguém). não tem nada a ver com destino como é sugerido nas chamadas. é uma heroína que tem realizar sua missão. até aí tudo bem. o engraçado da série, no entanto, é que a nossa heroína é uma anti-heroína: chata, ranzinza e de índole duvidosa. aparentemente ela só quer se livrar das vozes e não realizar a missão.

acho que já falei de uma outra série chamada "dead like me" que tem outra personagem interessantíssima. o que gosto nessas séries, apesar do tom adolescente, é o humor duvidoso e uma certa subversão na "saga do herói". no último episódio de "wonderfalls", jaye, a protagonista, deveria fazer com que uma jornalista investigativa escrevesse uma matéria sobre uma geração perdida -- supostamente jaye é um símbolo dessa geração -- e a tal jornalista simplesmente se acomoda como jaye o faz na vida. ao invés de jaye fazer acontecer algo que faça a tal jornalista escrever a matéria e assim prosseguir no jornal, a nossa protagonista simplesmente escreve a matéria e envia. e todos cinicamente continuam suas vidas.

assim parece uma dramaturgia simplória. mas assistam à reprise para ver que nós é que temos a mania de saga do herói. a brincadeira está em frustrar expectativas de forma muito engraçada.

tenho uma queda por personagens assim. podem não vencer na vida, mas se aproximam de nós pela semelhança e pelas imperfeições.

e ela conversando com objetos é muito hilário.


quinta-feira, julho 15, 2004
 
:: aracy de almeida

uma das grandes vantagens de se trabalhar num centro cultural que tem uma discoteca riquíssima é a quantidade de estórias que um lugar desses pode contar. um dos programas que acompanho a produção vai falar de descobertas feitas pelos técnicos que estão digitalizando parte do acervo de disco de 78 rpm, os dois muito jovens.

e ambos concordaram que uma das maiores divas brasileiras injustiçadas era aracy de almeida. para eles, foi uma revelação ouvir aquela jurada do silvio santos -- chata como só ela pode ser -- interpretar as lindas canções de noel rosa. eu ouvi muito pouco ainda, mas estou curiosíssimo.

na minha cabeça há também aquela figura engraçada da televisão, nunca imaginei a aracy de almeida como intérprete do calibre de nora ney, carmem miranda ou mesmo elis regina. talvez o silvio santos tenha feito um deserviço para memória da música brasileira.

fiquei pensando que há muitos injustiçados na história. talvez haja muito mais heróis por aí do que imaginávamos. eles apenas ficaram esquecidos pelas desavenças do tempo. mas uma vez ou outro a história tenta corrigir seus erros dando uma segunda chance. aconteceu com cartola quando foi redescoberto na década de 70. sorte nossa, porque ele pode assim gravar e compor seus sambas. talvez o meu serviço seja uma gota no oceano, mas fico feliz de falar de aracy de almeida como grande intérprete da música brasileira.

na humildade dessas epifânias esparsas a gente vai recuperando a história aos poucos.


 
:: os blogs

saiu na folha de são paulo de segunda-feira, no caderno de informática, uma matéria sobre fotolog, blogs e afins. interesso-me pelo assunto já há algum tempo e tenho pretensões de fazer um mestrado sobre o assunto.

a ferramenta blog é muito prática para quem quer publicar coisas na internet. essa facilidade molda de certa forma a linguagem. tanto é que normalmente os blogs são diários virtuais com linguagem internética. não esqueçamos também que os templates funcionam como linguagem visual própria de cada blog.

quando descobri o email, tinha o hábito de mandar para um grupo de amigos os meus escritos. quando adotei o blog pude abrir para um leque maior de pessoas. mas confesso que o teor dos escritos mudou segundo o público. mas continua sendo extremamente pessoal. através dos arquivos, os leitores podem perceber as mudanças de estilos e temas.

leio blogs tanto quanto os livros. há nos blogs um sentimento de coisa contemporânea. os extremamente literários me irritam um pouco porque soam metalingüísticos demais, mas alguns com um conteúdo mais pessoal são extremamente interessantes e reveladores. não sou ousado o bastante para dizer que é uma nova forma de literatura, mas posso dizer que se há literatura em tudo isso, esse blogs ajudam a trazer a arte de volta para a vida, a arte no fazer cotidiano.

sempre tive a angústia de que os autores que gosto estavam todos mortos. parecia que eram poucos os que vc poderia acompanhar a carreira. hoje acompanho alguns blogueiros que influenciam deveras nos meus projetos. dá uma sensação de incerteza do futuro, mas também dá uma emoção de que o mundo caminha.

alguns autores de quem gosto bastante: roberta tostes, cecília giannetti, ana paula mangeon, priscilla martinelli, cristiane conti, etc...

p.s. tudo isso para dizer que sinto um descompasso meu com o que está sendo produzido...