quinta-feira, fevereiro 12, 2004
 
:: Mariana Z., 5 anos, dopada e bem destruída.

O castigo vem a galope.

Após um fim de semana regado a álcool, noites mal-dormidas, sexo selvagem e comportamentos excessivos, a providência divina resolveu me punir. Eu agora tenho muita dor, voz de Bozolina, bolas de golf no lugar das amídalas, febre constante e não como há três dias.

Ó Céus. O que fazer?

1- deitar e esperar a morte;
2- tomar Amoxil 3 vezes por dia durante 15 dias (Amoxil = pílulas gigantes, tipo aquelas do Super Mario; engolir aquele troço não é tarefa das mais fáceis, principalmente para alguém incapacitado de engolir até água);
3- tomar uma Benzetacil, sarar em coisa de 20 minutos e sair lépida e saltitante pelas ruas da cidade.

Óbvio, não?

Acontece que eu tenho medo de injeção. E Benzetacil é a injeção mais desgraçadamente doída que o ser humano já inventou.
E nessa hora da crise, na hora de ser madura, responsável e valente, enfim, no momento de separar os homens das crianças, eis que a Mariana de 5 anos vem à tona com olhinhos trêmulos, batendo o pé e fazendo biquinho, não tomo, não tomo, não tomo!

E não tomei mesmo, agora dá-lhe esforço pra engolir o maldito Amoxil, e dá-lhe paciência pra continuar com a garganta fechada por mais uns 4 dias, e dá-lhe serenidade pra enfrentar o carnaval sem bebidinhas carnavalescas e etcetera.

Quer saber? Melhor assim. Quando se tem 5 anos, quem precisa de bebidinhas carnavalescas e etcetera? Me dá um copo de groselha e bexigas d'água e eu já me divirto a valer. Não, bexigas d'água não... melhor confete. Isso, confete! Ou, no máximo, um reco-reco de plástico. *

*(Mariana tenta desesperadamente reencontrar o caminho do Céu pra ver se sara até o Carnaval)