![]() Click here to get your own player. colunistas luiza fecarotta links pequeno guia prático para mães sem prática
arquivos
março 2003 abril 2003 maio 2003 junho 2003 julho 2003 agosto 2003 setembro 2003 outubro 2003 novembro 2003 dezembro 2003 janeiro 2004 fevereiro 2004 março 2004 abril 2004 maio 2004 junho 2004 julho 2004 agosto 2004 setembro 2004 outubro 2004 novembro 2004 dezembro 2004 janeiro 2005 fevereiro 2005 março 2005 abril 2005 maio 2005 junho 2005 julho 2005 agosto 2005 setembro 2005 outubro 2005 novembro 2005 dezembro 2005 janeiro 2006 fevereiro 2006 março 2006 abril 2006 maio 2006 junho 2006 julho 2006 agosto 2006 setembro 2006 outubro 2006 novembro 2006 dezembro 2006 janeiro 2007 fevereiro 2007 março 2007 abril 2007 maio 2007 junho 2007 julho 2007 agosto 2007 setembro 2007 outubro 2007 novembro 2007 dezembro 2007 janeiro 2008 fevereiro 2008 março 2008 ![]() |
terça-feira, fevereiro 24, 2004
:: as invasões barbáras e big fish vocês podem achar estranho eu escrever um texto sobre dois filmes que diametralmente tenho simpatia. odiei (e olha que para eu falar de um filme assim é porque a coisa é grave) invasões barbáras e amei (e olha que para eu falar de um filme assim...), por isso resolvi colocá-los em um mesmo texto. é inevitável compará-los mas a vontade é de mostrar coisas em comum. as histórias são parecidas: o reencontro de pai e filho no leito de morte. a primeira coisa é que assisti a ambos num momento descontrol da vida, com teorias sobre o cotidiano e resistência cultural. pode parecer paranóico pq provavelmente é, mas acredito que em ambos o meu estado sentimental influenciou na aceitação ou não do filme. tentei gostar de invasões barbáras, juro. a história de alguém que tenta se encontrar através de uma reconciiação familiar é muito interessante para mim.mas não suportei aquelas conversas rápidas e inteligentes, cheio de academicismo e dizendo que sexo é liberdade. não que eu não concorde com algumas idéias (principalmente relacionados a sexo), mas todas as conversas me soaram fake. sabe aquela sensação de estar ouvindo o que todos querem ouvir? eu prefiro ouvir um padeiro falando de como faz bem o seu pão. claro que chorei quando o cara morreu. essa situação me toca deveras. tenho um medo enorme de morrer só. fiquei feliz pelo cara que teve todos os amigos ao redor. mas não fez sentido algum o resto do filme, não me disse nada. tentei apenas gostar de big fish, juro. mas amei o filme. é claro que tem lá seus defeitos. não achei um roteiro tão bem desenhado e o inicio parece lento demais. mas a partir de um determinado momento não parei mais de chorar. tudo que eu ando pensando nesses dois ultimos anos estavam no filme: a narrativa, a ficção, a invenção e as relações humanas. achei que podiam explorar muito mais coisa, mas é porque eu ando pensando muito nisso. sei que muita coisa que escrevo são grandes mentiras, mas há muito ali de sincero, mesmo que não verdadeiro. acho que big fish é um pouco disso. você pode dizer que nunca amou ninguém ou pode dizer que amou muitas pessoas de várias formas diferentes. não sabia bem porque eu deveria fechar o meu blog parachutes. tinha uma impressão de que ele não se destinava mais ao que propunha originalmente. depois desse filme, posso não ter encontrado o porquê dessa vontade de fechar, mas descobri porque continuar. para terminar, quero dizer que falando com uma amiga, a quelany, tive outra impressão de invasões barbáras. nessa conversa, percebi o quanto fazia sentido para ela todo aquele universo, das frustrações da utopia, marxismo e outros ismos. meus pais não tiveram esse universo cultural dos anos 60, logo eu também respirei pouco desse ar. as frustrações dessa época conheço pela história e não na pele. consegui ver, através dos olhos da quelany, todo sentimento de frustração da época pós-revolução e então consegui enxergar algum sentido no filme. acho que é isso. quero ainda ver o "lost in translation" e o "kill bill". e torçam por cidade de deus. acho que ganha roteiro adaptado. |
|
|